O avião estava prestes a decolar. Aquele seria o primeiro de três voos que eu pegaria para chegar em um país da Ásia que eu iria visitar por duas semanas. Após enfrentar alguns percalços para chegar ao aeroporto e para embarcar, dei-me conta de que eu precisava elevar o pensamento a Deus com o intuito de me acalmar e vencer a irritação que de repente me sobreveio.
Ao orar, percebi que subjacente a todos os contratempos ocorridos e à irritação estava um sentimento muito sutil de medo. Eu estava com medo de viajar para um país longínquo sem nenhuma pessoa que estudasse a Ciência Cristã e que pudesse me apoiar em oração com relação a me sentir em segurança durante a viagem.
Mas será que podemos viajar para tão longe a ponto de sairmos, ou cairmos, do Amor divino (que é outro nome para Deus)? Claro que não! Aquela foi uma oportunidade maravilhosa de reconhecer que vivemos no Amor divino, que é infinito e ocupa todo o espaço. Na verdade, nós somos um com o próprio Amor e, por isso, é impossível estarmos separados desse Amor. O Amor constitui a única realidade, o único universo em que todos nós habitamos.
Nosso senso de segurança vem da compreensão de que tudo o que Deus criou é muito bom (ver Gênesis 1:31). Tudo na criação de Deus manifesta somente perfeição, e essa verdade espiritual exclui a possibilidade de algo desarmonioso, como acidentes e doenças, bem como de qualquer mal-entendido ou expressão de desonestidade. Com essa compreensão enxergamos a irrealidade do mal e vencemos o medo. Conforme a autora do artigo da página 13 deste Arauto explica, “Orar para compreender que em realidade vivemos no Amor, o Espírito divino, pode nos despertar para a compreensão espiritual que nos permite vencer os efeitos hipnóticos do medo.”
Foi isso o que aconteceu comigo. Não apenas me livrei do medo, como também me senti fortalecida para tomar decisões sábias e orar a respeito de problemas físicos durante a viagem, que acabou sendo muito harmoniosa. Nesta edição, você verá exemplos de curas que ocorreram quando nossos autores também venceram o medo e superaram a ansiedade.
Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve: “A compreensão, mesmo em pequeno grau, de que Deus é todo o poder que existe, destrói o medo e firma os pés na verdadeira vereda — a vereda que conduz à ‘casa não feita por mãos, eterna, nos céus’ ” (p. 454). Essa habitação, caro leitor, é o Amor divino, a única presença em ação no universo inteiro. Então, de que devemos ter medo?
Com carinho,
Ana Paula Carrubba
