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Original para a Internet

A defesa do Cristo contra o mal

Da edição de fevereiro de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 20 de dezembro de 2017.


Hoje em dia, parece que a própria essência da democracia se encontra em perigo no mundo todo, e os elevados padrões morais necessários para lhe dar suporte estão sendo ameaçados. As qualidades morais da honestidade, lealdade e integridade estão sendo desafiadas pela ingerência de pseudo-valores que parecem atraentes e em voga, mas que solapam a própria liberdade que a democracia torna possível.  

Parece que chegou o momento de tomar posição firme contra tudo aquilo que enfraqueceria os valores morais necessários para assegurar o verdadeiro progresso, tanto para os indivíduos como para a sociedade. As revoltas e protestos por parte dos cidadãos, contra as oligarquias e as leis injustas, certamente manifestam um aumento na coragem de assumir uma posição. Não se pode negar que uma forte defesa contra as alegações do mal é extremamente necessária. Ao mesmo tempo, porém, é evidente que o tradicional chamado às armas, ou seja, o aumento do poderio militar, não é a solução final em resposta ao anseio pela paz, pelo que é certo e bom para todos.

Podemos nos perguntar: O que é necessário para nos defendermos da invasão do mal e garantirmos uma liberdade duradoura? A única resposta viável é a luta espiritual, utilizando como arma o poder do bem onipotente de Deus, a fim de derrotar o mal já na sua concepção, dentro da consciência humana. Isso requer uma argumentação mental convicta em prol da supremacia do bem. Esse é o poder invencível sobre o qual aprendemos na Bíblia e nos ensinamentos da Ciência Cristã.

Levemos em consideração a oportuna advertência de Mary Baker Eddy, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A experiência cristã ensina a fé naquilo que é certo e a descrença naquilo que é errado. Exige que trabalhemos com maior afinco em tempos de perseguição, porque então nosso trabalho é mais necessário” (p. 29).

Para desafiar com êxito o inimigo, ou seja, o mal, devemos compreender que ele não é uma entidade real, poderosa; não é uma pessoa ou pessoas. Ao contrário, o inimigo é a crença no poder do mal, é com frequência uma crença generalizada. Às vezes, ele aparece como uma ameaça à nossa segurança e bem-estar. Outras vezes, ele se disfarça em uma fascinação inebriante que atrai os incautos ao pecado, a praticar a desonestidade, a ganância, a dominação e, até mesmo, a violência.

Seja qual for a forma que o mal assuma, ele sempre começa como uma sugestão no pensamento a qual, quando aceita, se transforma em uma delusão mesmérica que se vangloria de ocasionar resultados destrutivos, tanto para as vítimas como para quem o pratica. Mas as sugestões do mal, para ganhar força, necessitam de alguém que as aceite e acredite nelas pois, sem isso, não têm nem vida nem influência.

O que se faz necessário, portanto, é não acreditar, de forma inteligente, nas espúrias alegações do mal. Para isso precisamos reconhecer que o bem infinito do Amor divino é o único poder verdadeiro e a única realidade do existir. Esse reconhecimento é a essência da oração eficaz, a munição necessária para derrotar as sugestões e impressões agressivas do mal.

Por meio da oração, recorremos às armas corretas, o poder da “fé naquilo que é certo e a descrença naquilo que é errado” como diz a Sra. Eddy na passagem citada acima. Essa oração desarma, na consciência humana, as sugestões agressivas de um poder oposto ao bem.

O inimigo é a crença no poder do mal, com frequência é uma crença generalizada.

Ao compreender isso, podemos erradicar o assim chamado inimigo, as imagens enganosas do mal de um mundo em tumulto. A ameaça da doença, das dificuldades financeiras ou de qualquer outra das inúmeras alegações falsas da crença mortal negativa, devem ser primeiro enfrentadas em nosso próprio pensamento, a fim de promover a cura na sociedade. Em Ciência e Saúde encontramos este animador chamado à ação: “Eleva-te na força do Espírito para resistir a tudo o que é dessemelhante do bem. Deus fez o homem capaz disso, e nada pode invalidar a capacidade e o poder divinamente outorgado ao homem” (p. 393). Essa orientação é reforçada por outra instrução: “Algum dia, aqui ou no além, todo mortal terá de lutar contra a crença mortal em um poder oposto a Deus e vencê-la” (p. 569).

Ao recorrer à Bíblia Sagrada, aprendemos, daqueles que nos precederam, lições fundamentais sobre a onipotência do bem. A história de Davi e Golias nos ensina uma lição desse tipo. Davi era apenas um rapaz ainda muito jovem quando se ofereceu para enfrentar Golias, o gigante filisteu que parecia decidido a varrer os israelitas da face da terra. Davi não estava equipado com a armadura tradicional dos guerreiros de Israel. Ele optou por enfrentar o gigante com a defesa que já havia experimentado, ou seja, sua profunda fé em Deus.

Conhecemos o resultado da história. Davi correu de encontro a Golias e prevaleceu sobre a fanfarronice do chamado poder que alegava ser superior ao Deus dos israelitas, o Deus a quem Davi compreendia como sendo o bem e o amor infinitos. Que exemplo inspirador da disposição de corajosamente pegar em armas contra os poderes ameaçadores das trevas e assim provar a onipotência do bem!

A oração eficaz ajuda a desmascarar as intrincadas pretensões do mal e as refuta com a verdade do poder de Deus e de Seu amor infinito pelo homem. Tal oração científica eleva o pensamento acima da crença na batalha de uma pessoalidade contra outra, de uma facção contra outra, ou de um país contra outro, e reforça a afirmação do bem sobre as asserções do mal. Dessa maneira, a oposição ao bem é destruída no nosso pensamento e a onipotência do bem se torna evidente na cura.

A confiança inabalável na eterna presença protetora de Deus, demonstrada por Davi, está expressa no Salmo 91: “[Deus] cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo” (versículo 4). Mais além, o salmo inclui esta garantia: “Pois disseste: O Senhor é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos” (versículos 9–11). 

Se existe um momento para obedecermos à instrução de nos elevarmos na força do Espírito e lutar contra a crença mortal em um poder oposto a Deus, esse momento é agora. O chamado às armas é um chamado para a oração profunda e convicta, a fim de levantarmos o estandarte da Verdade em nosso pensamento e corajosamente desafiarmos tudo que seja dessemelhante de Deus. Todo coração que ama a Deus, que ora a Deus, deve pegar em armas contra os Golias de hoje e elevar o pensamento à eterna presença do Amor divino que governa tudo perfeitamente. 

Cada um de nós poderia perguntar a si mesmo: Como devo orar em face de ameaças tão agressivas nas quais muitos acreditam e que muitos temem? As palavras de Jesus, conforme foram registradas em Mateus, nos dão esta orientação: “Tu, ... quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (6:6).  

Não há nenhum equívoco ou dúvida nas palavras de Jesus, o que há é a convicção absoluta de que nosso desejo sincero, quando levado ao Pai de todos, será ouvido. Quando oramos, podemos confiar naquilo que Jesus prometeu: “...tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco” (Marcos 11:24). 

Portanto, confiemos no fato de que nossa oração sincera e justa será eficaz. Como lemos em Ciência e Saúde: “O bem que fazes e incorporas te dá o único poder que se pode conseguir. O mal não é poder. É uma imitação da força, que não tarda em trair sua fraqueza e cair, para nunca mais se levantar” (p. 192).

Em nossa oração, podemos reconhecer que é o Amor divino que destrói o ódio e podemos fazer com que esse Amor se reflita na coragem moral que domina as pretensões do mal, no altruísmo que atenua o apego ao ego, e na humildade que dissolve a ambição desmedida e a agressão.

A infinitude do bem divino, compreendido e expressado, destrói a pretensão de que o mal possa ocupar um lugar no universo de Deus. É a utilização das qualidades do Cristo, e a fé absoluta no cuidado todo-abrangente do nosso Pai celestial por Seus filhos, o que pode derrotar toda ameaça à prosperidade e à paz da humanidade.

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