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Original para a Internet

Sua identidade é moldada por Deus, não pela história humana

Da edição de fevereiro de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 22 de dezembro de 2017.


Quando irrompem as tensões raciais, ou os atos terroristas têm como alvo pessoas inocentes, ou ainda, quando crianças e adultos viram alvo de assédio nocivo ou bullying, as discussões gerais passam a ser sobre o que as pessoas pensam a respeito de si mesmas. Cada um de nós deseja sentir-se aceito e não indefeso; respeitado e não marginalizado; e sentir que aquilo que fazemos conta para alguma coisa. Nossa história pessoal — quanto à nossa família, nossa comunidade ou grupos de que fazemos parte, e até mesmo a história do nosso país — tudo isso é um fator significativo que influi naquilo que pensamos a respeito de nós mesmos, em como nos comportamos e no que fazemos para criar um futuro melhor. 

Aqui está uma importante questão a ser considerada: A história humana forma a identidade ou são os pensamentos das pessoas que formam a história humana? 

Por meio do meu estudo e prática da Ciência Cristã, estou me tornando cada vez mais consciente de que aquilo que chamamos de história humana, em todas as suas manifestações, nada mais é do que a manifestação da maneira humana de pensar. E, ao melhorar o próprio senso de identidade, a pessoa melhora sua experiência atual — e, consequentemente, constrói um futuro melhor — para si mesma e para a humanidade como um todo. 

Portanto, o que é que a Ciência Cristã ensina sobre a verdadeira identidade do homem (de todos nós)? Foi uma revelação que veio a Mary Baker Eddy quando seu coração buscou a orientação de Deus. Ela ansiava por saber como os corações humanos, inclusive o seu próprio, poderia obter alívio das terríveis injustiças, doenças, angústias e sofrimentos que, com muita frequência, acompanham a experiência humana. Por meio da sua receptividade à mensagem espiritual da Bíblia e aos ensinamentos e obras de Cristo Jesus, receptividade essa forjada por provações, foi-lhe revelado que a declaração da Bíblia, de que Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26, 27), requer a compreensão da verdadeira natureza de Deus. De que outra forma, a não ser essa, poderemos conhecer a verdadeira identidade de uma semelhança — e vivenciar essa realidade, a não ser por meio do conhecimento da verdadeira natureza do original?

É muito comum, por exemplo, formar conceitos sobre a natureza de Deus e do homem, partindo da observação material da forma, personalidade e comportamento humanos, e concluir que Deus deve ser assim. Mas a Sra. Eddy aprendeu que a identidade de Deus e, portanto, a do homem, não podem ser compreendidas por meio de observações materiais. A identidade espiritual só pode ser aprendida por meio do senso espiritual, que todos têm. (Do contrário, como poderíamos ter qualquer traço de misericórdia, retidão, amor e compaixão, etc?) Logo, qualquer pessoa pode conhecer a Deus como Espírito infinito, e a si mesmo, portanto, como semelhança do Espírito — espiritual, completo e eternamente perfeito — e não material, incompleto e mortal. Certamente, foi isso o que Jesus quis dizer com: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48).

Para conhecermos nossa real e verdadeira identidade devemos, indiscutivelmente, começar por um melhor conhecimento da natureza perfeita de Deus, nosso querido Criador, que é o Espírito infinito, o Amor divino e o bem eterno. Constatei que essa é a maneira mais eficaz de melhorar meu senso de identidade, meus pensamentos e meu comportamento — e contribuir para a construção de uma história melhor para mim mesma e para a humanidade.

Ruminar sobre o passado e julgar a nós mesmos e aos outros com base na história humana, serve apenas para garantir a repetição de erros humanos. A respeito disso, a Sra. Eddy diz: “Um estado mental de autocondenação e de culpa, ou uma confiança vacilante que duvida da Verdade, não são condições adequadas para curar os doentes” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 455). Essas modalidades de pensamento não têm valor nenhum para melhorar alguma coisa. O remédio é compreender que Deus nos ama e nos ajuda a fazer as correções necessárias em nossa maneira de pensar. É tão animador saber que podemos nos libertar do senso material errôneo de identidade — não importa como tenha sido forjado pela história humana. Temos uma identidade espiritual e perfeita outorgada e mantida por Deus. Saber isso nos liberta, nos dá grande alegria e nos capacita a termos uma vida melhor. Realmente, isso dá trabalho; depende de nossa dedicação a compreender a Ciência do Cristo, como foi demonstrada por Jesus, registrada na Bíblia e explicada em Ciência e Saúde. Mas qualquer pessoa pode fazer isso — e ter como resultado uma saúde melhor, um caráter melhor e uma vida melhor na sua caminhada. 

Jesus afirmou isso da seguinte maneira: “...Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24). À medida que aprendemos mais a respeito de nossa verdadeira identidade, dada por Deus, temos a capacidade de “negar” — recusar-nos a dar crédito — a tudo aquilo que nos identificaria como mortais imperfeitos e doentes. Podemos, com êxito, empreender o esforço de colocar em prática as qualidades espirituais que compõem nosso real existir, como o reflexo de Deus, a Verdade e o Amor divinos. 

Aqui está uma verdade viva que me ajuda na minha caminhada. “Deus expressa no homem a ideia infinita que perpetuamente se revela, se expande e se eleva cada vez mais, procedendo de uma base sem limites” (Ciência e Saúde, p. 258). Sim, Deus atua conosco. E, à medida que progredimos, uma nova história é registrada em nossa vida com a cura e a transformação espiritual. E isso não ocorre apenas conosco. Essa identificação correta do homem influi para melhorar o mundo atual, libertando-o dos erros do passado.

Desde 1883, os periódicos da Ciência Cristã publicam exemplos das curas que ocorrem quando as pessoas obtêm um senso mais claro da própria identidade outorgada por Deus, exemplos de curas relacionadas à hereditariedade, ao meio ambiente, às consequências de tragédias históricas, etc.  

A história espiritual é a única história real; é a história de Deus — o homem à semelhança de Deus agora e sempre — demonstrável hoje e todos os dias. O erro humano não tem uma história real; nada mais é do que um erro de pensamento, que pode ser corrigido hoje. As melhorias começam na experiência individual; começam com você. Toda vez que você deixa de dar credibilidade, para si mesmo e para outros, a uma identidade material imperfeita, aceitando e adotando apenas a identidade espiritual do homem à semelhança de Deus, você abre o caminho para uma história humana melhor — para si mesmo e para o mundo.

Barbara Vining
Redatora-Chefe

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