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Original para a Internet

Aquilo que me ajudou a ajudar meu filho

Da edição de setembro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Foi omitido o nome da autora em respeito à privacidade das pessoas mencionadas neste relato.

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 10 de maio de 2019.


Lembro-me claramente da primeira vez em que vimos nosso bebê adotivo, Sean (não é seu verdadeiro nome). Ele prestava atenção a todos os nossos movimentos, com vivo interesse. Para nós, ele era perfeito.

No entanto, quando cresceu, notamos que ele estava sempre pronto a lutar com o mundo. Por exemplo, se alguém por acaso esbarrasse nele, muitas vezes sua reação era violenta. Depois, porém, ele quase não se lembrava do que ocorrera. Além disso, quando nós amorosamente o corrigíamos, ele se ofendia muito, achando que nós estávamos contra ele. A escola também era algo difícil para ele, fazendo com que se sentisse cada vez mais sensível e centrado em si mesmo. Partia meu coração ouvi-lo perguntar por que ele não tinha amigos e nunca era convidado para uma festa de aniversário.

Sempre achei muito bom orar regularmente por todos os meus filhos, mas constatei que eu precisava especialmente de um sólido fundamento espiritual para cuidar de Sean. Uma ideia que significou muito para mim foi o conceito de Deus como o divino Pai de cada um.

Existem inúmeras referências sobre Deus como “Pai”, na Bíblia. Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, também se refere a Deus como Pai e Mãe, em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Com frequência eu pedia em oração a esse Pai divino para me ajudar a lidar com Sean, e a ser mais paciente, quando sentia que não tinha mais paciência.

Quando eu realmente ficava na escuta, sentia o amor e a paz de Deus envolvendo a todos na família e me ajudando a saber o que fazer e dizer em uma determinada situação. Mas, às vezes eu tinha de orar com mais afinco. Um dia, dei-me conta de que estava me sentindo desamparada e sem esperança.

Em meio às lágrimas de frustração, uma pergunta me veio ao pensamento: “Ele é filho de quem?”

Essa pergunta me fez parar. Percebi que, embora não tivesse certeza sobre o histórico da mãe biológica dessa criança, eu me apegara à ideia de que a dependência química da mãe, antes do nascimento de Sean, pudesse ser a causa do seu comportamento. Essa questão fez com que eu me aprofundasse mais na oração, para compreender a verdadeira origem espiritual dele.

Cada um de nós está repleto da luz e do bem de Deus, pronto para brilhar e abençoar a todos ao nosso redor.

Ciência e Saúde explica: “O homem, por ser a reflexão, o reflexo, de seu Criador, não está sujeito a nascimento, crescimento, maturidade e deterioração” (p. 305). Isso se apoia na ideia bíblica de que somos feitos à imagem de Deus, o Espírito, o Amor, a Verdade, o bem. Nossa origem está em Deus e, portanto, temos de ser espirituais e perfeitos, como Ele. Nem Deus nem Seus filhos podem estar sujeitos a condições materiais. Ao se referir ao homem, a todos nós, Ciência e Saúde diz: “O belo, o bom e o puro constituem sua ascendência” (p. 63).

Vi que a resposta direta à pergunta que me viera era esta: Sean é filho de Deus, do Amor divino, é o desdobramento do bem, da inocência e da paz. Cada um de nós está repleto da luz e do bem de Deus, pronto para brilhar e abençoar a todos ao nosso redor. Nenhum de nós é desprovido dessa luz e poder.

Pensei nas muitas maneiras como Sean expressava as qualidades da Mente divina, tal como a inteligência e, de repente, entendi que ninguém está limitado a expressar somente algumas das qualidades de Deus. A força do Espírito, a bem-aventurança do Amor infinito, a atividade da Vida ilimitada, a regularidade do Princípio divino, a graça da Alma divina, isto é, todas essas qualidades estão presentes na verdadeira natureza de todos.

Essas ideias foram extremamente libertadoras! Eu as anotei e continuei a orar com elas, especialmente quando as coisas pareciam bastante difíceis.

Depois de pouco tempo, e de modo tão natural que eu quase não percebi que estava ocorrendo, os dias se passavam sem incidentes. Os dias deram lugar a semanas e as semanas a meses. A professora de Sean entrou em contato conosco a respeito das coisas boas que ele estava fazendo na escola. Ele começou a se reunir com amigos. Suas notas melhoraram. Agora, mais de um ano depois, ele continua feliz, seguro de si e um bom garoto. Quando Sean e eu estávamos entrando no carro para ir, pela primeira vez, à festa de aniversário de um colega de classe, eu sorri e disse em silêncio um sincero “Obrigada” ao nosso divino Pai-Mãe.

Sei que esse não é o final da história. Criar filhos é uma contínua aventura de amor. Mas, sou grata pela crescente compreensão a respeito de que, na realidade, todos nós somos filhos apenas de Deus.

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