Logo depois de me aposentar, há vários anos, comecei a sentir dor no lado esquerdo do quadril. Quando de pé, às vezes eu tinha de me apoiar em algo. Isso geralmente acontecia sempre que descia as escadas, o que eu fazia com cautela. A situação foi ficando cada vez pior.
Às vezes, ficava tentado a procurar motivos para a limitação física, como a idade, o peso ou o equipamento pesado que eu havia manejado durante muitos anos, em minha profissão. Mas, como Cientista Cristão, eu sabia que não era assim que encontraria uma solução. Buscar uma causa para a dor e considerar a matéria como real não é o caminho para a cura. O livro-texto da Ciência Cristã diz: “O Cientista Cristão, compreendendo de modo científico que tudo é a Mente, começa a destruir o erro, tendo como ponto de partida a causalidade mental, a verdade a respeito do existir. Esse corretivo é um alterante, que alcança todas as partes do organismo humano” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 423).
Mantendo na consciência o Espírito, Deus, e não a matéria, compreendemos a verdade sobre quem somos, nossa origem e identidade espirituais. Reconhecemos a Deus, a Mente, como a única causa, e a nós mesmos como o efeito perfeito dessa Mente, como a expressão do ser de Deus. Essa consciência espiritual faz com que nos apropriemos do domínio, que é dado por Deus, sobre a doença e sobre qualquer coisa que não seja boa, isto é, que não advenha dEle.
De posse dessas ideias, comecei a estudar, sob uma perspectiva espiritual, as expressões: posição, apoiar-se e andar, funções que, no meu caso, pareciam estar afetadas. Por exemplo, a oração na Ciência Cristã consiste em tomar “posição” a favor da Verdade divina — afastando-se mentalmente das alegações do corpo e insistindo na verdade de que nossa identidade espiritual, como uma reflexão e reflexo da Mente divina, é isenta de dor e está intacta. Ao ponderar sobre o que significa “apoiar-se”, achei de grande ajuda esta afirmação da Sra. Eddy: “A Mente é suprema; no entanto damos mais importância à matéria e nos apoiamos nela para ter saúde e vida” (A ideia que os homens têm de Deus,p. 8). Isso me ajudou a lembrar que não podemos deixar de ser curados, se confiarmos nossa saúde à Mente divina, porque estaremos nos apoiando na onipotência de Deus. E à medida que “andamos” com Deus e sentimos a presença do Amor divino, progredimos espiritualmente, um passo de cada vez, em direção à compreensão espiritual que abre o caminho para a cura.
À medida que me empenhava em tomar posição, me apoiar eandar, imbuído desse senso espiritual, meus passos foram ganhando mais estabilidade e equilíbrio. Dentro de uns dois meses, a dor no quadril desapareceu e nunca mais voltou. Essa cura continua completa.
Martin Vesely
San José, Califórnia, EUA
