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Original para a Internet

Gratidão inspirada pela Bíblia durante tempos desafiadores

Da edição de março de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 26 de novembro de 2020. 


Este ano tem sido diferente de qualquer outro ano na história recente. Estamos sendo confrontados por uma pandemia global, crises econômicas, eventos climáticos extremos, eleições polarizadas, perda de entes queridos, e muito mais. Parece difícil encontrar coisas pelas quais possamos ser gratos.

No entanto, na minha prática da Ciência Cristã, vejo que a gratidão desempenha um papel importante para ajudar a superar não só a negatividade, a opressão mental e o medo, mas também a doença.

O tipo de ação de graças sobre o qual estou falando é mais do que apenas fazer uma lista de fatos pelos quais somos gratos (por mais útil que essa lista possa ser). É o reconhecimento da supremacia e infinitude de Deus, o Amor divino. Quando minha gratidão flui a partir desse ponto de vista, fico cheia de admiração e humildade a respeito da existência, da presença e do poder de Deus. Uma parte importante desse tipo de agradecimento consiste em expressar gratidão pela continuidade do bem, agora e no futuro.

A Bíblia está repleta de ideias que podem nos ajudar a cultivar essa confiança cheia de gratidão e compreensão, que nos capacita a reconhecer que a fonte do bem, o único Deus, está sempre presente e é inesgotável. A Bíblia descreve a Deus como o Amor, o Espírito, e a Verdade, cuidando ternamente de todos nós.

Essas ideias não são meras banalidades ou promessas vazias. Elas apontam para a realidade espiritual de que não importa quais sejam as circunstâncias ou desafios com que tenhamos de lidar ― doenças físicas, sofrimento emocional ou medo profundo ― nunca podemos ser separados de Deus, o Amor divino.

Tomemos esta passagem do livro de Jeremias: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (29:11). A vontade de Deus para conosco é sempre boa, pois Deus é o bem. Podemos confiar no fato de que, em situações difíceis, mesmo que uma solução não seja evidente, Deus está nos fornecendo exatamente a inspiração de que necessitamos. 

Tudo isso parece esperança e desejo, mais do que gratidão? Na verdade é um reconhecimento vigoroso de que, como Cristo Jesus ensinou: “...para Deus tudo é possível” (Mateus 19:26).

A vida de muitas pessoas que aparecem na narrativa bíblica é um exemplo. O livro de Salmos está cheio de cânticos de louvor e de gratidão pelo poder, majestade, bondade, amor, e ternura de Deus. Muitos desses hinos são atribuídos ao rei Davi, cuja confiança em Deus capacitou-o a vencer o gigante Golias, a encontrar proteção contra pessoas que tentavam matá-lo, e a ser redimido do pecado.

Tomei plena consciência do amor de Deus, que se derramava sobre mim e sobre todos.

Davi escreveu: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia” (Salmos 103:2-5). A poesia de Davi compartilha a gratidão por uma compreensão íntima de Deus como nosso Pai divino, que cuida de nós.

Quando os filhos de Israel foram levados para o cativeiro na Babilônia, quatro jovens hebreus enfrentaram perseguição e discriminação, que culminaram na tentativa malograda de matá-los. No caso de Daniel, sua humildade, e a grata confiança que ele depositava em Deus, o protegeram na cova dos leões. E no caso de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, impelidos pela confiança em Deus, tiveram coragem moral e conseguiram sobreviver quando houve uma tentativa de queimá-los vivos. Nem sequer o cheiro de fumaça permaneceu neles.

Não existe melhor exemplo do poder da onipresença e do amor de Deus, para promover a cura, do que o ministério de Cristo Jesus, que viveu durante uma época de grande tumulto. O Cristo ― a natureza e a essência de Deus que Jesus incorporava ― nos mostra a nossa verdadeira identidade como filhos de Deus, e não como mortais doentios e vulneráveis. Ao ler sobre as obras de Cristo Jesus, começamos a apreciar o quão poderosa pode ser a mais profunda gratidão, quando impelida por uma compreensão de que Deus é a fonte de todo o bem. Quando confrontado com a necessidade de alimentar uma multidão de milhares de pessoas, Jesus juntou os poucos pães e peixes disponíveis e deu graças, antes de distribuir a comida a todos que ali estavam. A comida não se acabou. Na verdade, ainda sobraram alguns cestos cheios.

Esses exemplos bíblicos a respeito do terno cuidado de Deus me inspiraram uma gratidão sanadora durante um fim de semana de Ação de Graças há alguns anos. Nas semanas que antecediam o dia de Ação de Graças, eu não estava sentindo o calor de Deus em minha vida. Estava infeliz com muitas coisas, inclusive sentia-me presa em um fogo cruzado de opiniões contraditórias.

Levando em conta que eu havia vivenciado de forma constante a cura por meio do tratamento pela Ciência Cristã, recorri a Deus e liguei para um Praticista da Ciência Cristã, pedindo-lhe que me ajudasse pela oração. Eu mesma, ao orar, me dei conta de que, como a Bíblia tão poeticamente exemplifica, nunca podemos realmente estar separados de Deus. Embora o tumulto com o qual eu estava lidando parecesse impressionante, não refletia nem podia refletir com precisão a verdade a respeito de Deus e de minha identidade como a filha amada de Deus. Encontrei esta passagem escrita por Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Imperturbada em meio ao testemunho gritante dos sentidos materiais, a Ciência, que permanece soberana, está desdobrando para os mortais o imutável, harmonioso, divino Princípio ― está desdobrando a Vida e o universo, sempre presentes e eternos” (p. 306).

Fiquei muito grata por ter sido levada a essa lei sanadora. Não importava a agitação que acontecia ao meu redor, eu estava firmemente ancorada na Ciência do Cristo, ou seja, a Verdade, no fato inabalável de que, fundamentalmente, nós não existimos em uma frágil circunstância vista como material, mas sim no reino do céu, onde Deus governa em completa ordem e harmonia.

À medida que essas novas percepções espirituais me vinham ao pensamento, minha consciência foi sentindo uma enorme gratidão a Deus e pela Ciência Cristã. Comecei a ter de novo a convicção de que eu não podia estar separada de Deus. Reconheci que eu nunca estivera separada da calidez do Amor divino ou da minha herança legítima do bem espiritual como filha de Deus.

Eu estava escalada para cantar no culto da igreja naquele domingo. Era um solo complexo que me exigia grande esforço. Entretanto, quando acordei naquela manhã, eu estava afônica. Liguei para o praticista, que me perguntou: "Você pode ir cantar?" Essa pergunta me inspirou a perguntar a mim mesma: "Você pode reconhecer que você é a ideia espiritual de Deus e confiar no fato de que Deus está tomando conta de você? Você tem confiança em Deus?" Senti que podia responder que sim a todas essas perguntas.

Quando cheguei à igreja, já conseguia falar. No momento de ensaiar com o organista, minha voz já estava mais forte. Gostei em especial das palavras do solo, que vinham diretamente de Salmos: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (46:1).

Durante a parte do culto que precede ao solo, tomei plena consciência do amor de Deus, que se derramava sobre mim e sobre todos. Quando cantei o solo, minha voz estava forte e clara. Eu estava cheia de gratidão a Deus. E a situação que me fizera sentir tão sobrecarregada foi resolvida harmoniosamente pouco tempo depois.

A Sra. Eddy salienta: “A gratidão e o amor devem reinar em todo coração todos os dias de todos os anos” (Manual dA Igreja Mãe, p. 60). O tempo todo, não apenas no Dia de Ação de Graças, cada um de nós pode deixar que a Bíblia nos inspire com a gratidão, impelida por Deus, a qual traz esperança e cura.

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