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Original para a Internet

Artigos

Confiança com fundamentos sólidos

Da edição de junho de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 14 de fevereiro de 2022.


Antes de Jesus declarar que não é a carne, mas somente o Espírito divino que dá e mantém a vida, as multidões o seguiam. Ele havia manifestado o bem, curando e ensinando. Todavia, até mesmo para um grande número dos alunos que estavam com ele desde o começo, a exigência de Jesus, de que assumissem um compromisso mais profundo para com a espiritualidade, era um desafio. Não levou muito tempo para que esse número de seguidores caísse para apenas um punhado.

A seguir, Jesus continuou a dedicar-se a cuidar dos negócios do Pai, e seus ensinamentos novamente ganharam popularidade. Depois, quando entrou em Jerusalém, as multidões até o receberam com grandes aplausos e acenos com ramos de palmeira. Em uma semana, contudo, sua popularidade evaporou. E todos, incluindo a maioria dos discípulos que haviam permanecido com ele, o abandonaram, e abandonaram a missão que Jesus estava realizando.  

O que Jesus vivenciou ao final daquela semana, durante a noite anterior à crucificação, é esclarecedor. Ali, no jardim do Getsêmani, ele claramente teve de lutar, mas não porque temia por sua própria segurança. Ele sabia muito bem como se livrar daqueles que queriam crucificá-lo. Anteriormente em seu ministério, quando uma multidão furiosa havia tentado atirá-lo abaixo, do alto de um monte, ele calmamente passou caminhando por entre eles, retirando-se.

No Getsêmani, Jesus disse aos discípulos: “...A minha alma está profundamente triste até à morte...” O relato continua: “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:38, 39). 

O que é que lhe estaria causando tamanho sofrimento? Estaria angustiado porque o mundo logo esqueceria sua mensagem, suas ações e tudo o que ele havia dado? Seus adversários queriam matá-lo, mas o que eles realmente desejavam era anular e enterrar todo o amor, sacrifício e paciente ensino que Jesus havia generosamente dado ao mundo.

A vitoriosa ressurreição de Jesus foi o que aconteceu a seguir. Após os três dias que passou orando no túmulo, Jesus saiu com uma perspectiva claramente diferente. As preocupações que antes tinha com sua missão pareciam ter sido deixadas para trás. Quando Jesus ordenou a Pedro: “...Apascenta as minhas ovelhas” (João 21:17), percebia-se uma nova confiança no propósito inevitável de Deus — despertar a todos no mundo inteiro e em todos os tempos para ver o poder sanador, transformador e purificador de Deus. Jesus percebeu que a vontade de Deus, à qual ele estava humildemente cedendo, é tão poderosa, que realmente a ela não é possível resistir ou contestar.

Você e eu podemos nos sentir livres para adotar a elevada visão e perspectiva de Jesus e admitir o inevitável progresso da lei de Deus, a lei do Amor divino. Hoje, como na época de Jesus, pode haver momentos em que o cristianismo científico não esteja ganhando popularidade. Em outras ocasiões, talvez essa popularidade seja evidente. Mas, assim como aconteceu com Jesus, também acontece conosco agora: as opiniões positivas e negativas do mundo não validam nem invalidam a Verdade e seu inevitável triunfo.

Estaria Jesus angustiado porque o mundo logo esqueceria sua mensagem, suas ações e tudo o que ele havia dado?

É animador o fato de que, quando vistos do ponto de vista da autoridade e propósito absolutos de Deus, os fortes ventos da opinião humana servem para realmente fortalecer nossa confiança em Deus, fundamentando-a na compreensão da sabedoria e do todo-poder de Deus. Observe o que acontece com árvores grandes que crescem em um ambiente sem vento. Surpreendentemente, elas se tornam tão fracas que desmoronam com o próprio peso. Mas quando, à medida que crescem, são expostas a ventos entre moderados e fortes, soprando  de diferentes direções, as árvores desenvolvem um sistema de raízes mais profundas, que lhes dão maior sustentação para resistir a essas rajadas de vento.

Esse processo de fortalecimento e para estabelecer fortes fundamentos, ou raízes, coincide com esta importante observação de Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã: “O acotovelar-se da multidão faz com que nossos pés se finquem com mais firmeza. Nas colisões mentais dos mortais e sob a pressão das contendas intelectuais, a tensão moral é posta à prova e, se não ceder, fica mais forte” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 339).

Não é evitando os desafios dos ventos que  alcançamos a verdadeira força e o progresso, mas sim, enfrentando-os. Como? Somos fortalecidos quando, por meio da oração, contemplamos a nós mesmos e aos outros como expressão da perfeição de Deus — nada menos do que isso. Jesus apresenta o fato eterno que identifica com precisão cada um dos filhos de Deus: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48).

Como Pedro, cada um de nós é responsável por apascentar as “ovelhas” do Pai. Para bem realizarmos esse trabalho, temos de conhecer, com muita clareza, qual é a natureza básica dos filhos de Deus. A Ciência Cristã revela que, em vez de estarmos perdidos, sermos ignorantes ou obstinados, cada um de nós é a criação espiritual perfeita de Deus. Quando amamos de todo o coração a natureza perfeita de Deus, a qual se expressa no homem (ou seja, em cada um de nós), principalmente em tempos de “ventania”, somos profundamente fortalecidos e passamos menos tempo acreditando que haja ovelhas perdidas ou imperfeitas. À medida que colocamos em prática essa maneira de pensar, vemos mais claramente que cada indivíduo é a expressão da perfeição de Deus.

“Pela senda rude irei / Sempre a cantar” orou Mary Baker Eddy (“Apascenta minhas ovelhas”, Hinário da Ciência Cristã, 304). Será que é por que a senda é rude e há muito vento, que nos regozijamos? por estarmos orgulhosos de nosso esforço ao longo de toda a senda? Não, não é por isso. Cantamos e nos regozijamos porque podemos vislumbrar em oração que o único estado do existir é realmente a totalidade perfeita de Deus, incluindo Sua criação perfeita. Como verdadeiramente disse Jesus: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita...” (João 6:63). A popularidade e as opiniões negativas são os ventos de oposição que temos de enfrentar hoje. Enxergar a perfeição impecável de Deus nas “ovelhas” de todas as partes do mundo é o que define com lucidez nosso amor pelo mundo, um amor que tem fundamentos sólidos. E isso traz a cura, definitiva e permanente. 

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