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Original para a Internet

Pureza: o padrão de Deus para todas as épocas

Da edição de junho de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 28 de fevereiro de 2022.


Embora seja exaltada na literatura e nos filmes, a sensualidade pode ser um dos estados mentais mais sombrios em que alguém pode estar. Formas extremas de sensualidade, como o vício da pornografia, acabam por ter controle sobre a pessoa, levando-a a trair seu verdadeiro eu e distanciando-a daquilo que seria melhor para ela, distanciando-a dos relacionamentos normais com os outros, principalmente com os entes queridos. Em forma mais trágica, pode até mesmo levar a um comportamento agressivo.

No entanto, a pureza espiritual faz parte da nossa natureza. É a essência da verdadeira individualidade de todos nós. Mary Baker Eddy, a Fundadora da Ciência Cristã, compreendeu o que significava o fato de as mulheres e os homens serem criados à imagem e semelhança de Deus — conceito fundamental contido no primeiro capítulo da Bíblia, o Gênesis.

A compreensão que ela teve desse conceito era de que Deus é o Amor infinito, a única substância, a única Vida e inteligência, e de que cada pessoa, na realidade, brilha eternamente como expressão espiritual, individual e perfeita desse Amor divino. Essa verdade absoluta a respeito de nossa perfeição espiritual nos dá um poderoso ponto de partida para superar o que quer que pareça nos separar de Deus. Mais especificamente, mostra que nenhum pecado faz parte da identidade espiritual de alguém, ao contrário, é uma mentira a respeito do indivíduo perfeito da criação de Deus, aquilo que cada um de nós de fato é.  

Ao detectar e superar as tentações do pecado, como a ganância, a raiva ou a busca do poder, nós ficamos livres para receber as grandes bênçãos provenientes da obediência à vontade de Deus, que é sempre boa. Da mesma maneira, abandonar o pecado da sensualidade permite que nos sintamos em paz a respeito de nós mesmos e olhemos para os outros nos olhos, com sinceridade e honestidade. Pensar e agir mais de acordo com nosso eu verdadeiro e isento de pecado, como reflexo do Amor divino, capacita-nos a exercer o autocontrole que Deus nos deu. E não estamos sozinhos nesse esforço. O amor de Deus nos dá o apoio necessário, quando oramos para sermos despertados da escravidão da sensualidade, e acordamos para nossa verdadeira natureza espiritual. Esse despertar abençoa o mundo todo, capacitando-nos a demonstrar respeito e interesse genuínos pelos outros.

Deus e Seu amor podem nos fortalecer em momentos de tentação e nos tornar mensageiros fiéis de Seu puro amor.

Podemos até achar que vivemos em uma época e cultura sem precedentes, em que as imagens sensuais estão por todo lado, e que vivenciar nossa pureza inata seja impraticável, se não virtualmente impossível. Mas essa dificuldade não é nenhuma novidade. Embora os meios para transmitir esse tipo de imagens fossem muito diferentes, há dois mil anos, sabemos que o sensualismo foi um desafio para os primeiros cristãos, pois dezenas de passagens, nas cartas do Novo Testamento, salientam a necessidade de controlar os próprios pensamentos e ações quanto ao sensualismo (ver, por exemplo, Romanos 13:13, Gálatas 5:24 e 1 Tessalonicenses 4:7, 8).

A grande ênfase na santidade, na pureza e na maneira espiritual de pensar, apresentada nessas cartas, era devida às reais necessidades das comunidades às quais estavam endereçadas. Essa ênfase indica que as comunidades cristãs primitivas precisavam se libertar da imoralidade do mundo que as cercava, precisavam vencer o pensamento pagão no qual o Cristianismo incipiente se encontrava. Mas as cartas também mostram como se libertar da sensualidade — como retornar para nossa verdadeira natureza espiritual. A Bíblia chama isso de revestir-se “do novo homem” (Efésios 4:24), que vai ganhando um senso de identidade pura e santa.

Um relato histórico, no livro de Atos, ilustra as dificuldades práticas que os cristãos enfrentavam, por reconhecer um único Deus, o Espírito (ver Atos 19:21–41). Muitos habitantes da cidade de Éfeso, centro de um difundido culto relacionado à fertilidade, adoravam uma deusa chamada Diana. Os cristãos entraram em conflito com esses adoradores, porque afirmavam que os ídolos feitos por homens não eram de modo algum Deus, declaração essa que colocava em risco o sustento dos ourives que construíam as estatuetas de prata da deusa Diana.

Dei-me conta de que segmentos da indústria global do entretenimento contemporâneo podem ser vistos como casos paralelos ao culto de Diana, ao deificar a sensualidade e a aparência física, visando ao ganho monetário. A pornografia é apenas o exemplo mais óbvio na gama de produtos de uma indústria que enaltece a sensualidade — desde filmes de sucesso e conteúdo de vídeo sob demanda, até videoclipes, videogames, publicidade e histórias em quadrinhos.

Felizmente, por meio da ajuda divina, temos o poder de nos libertar de tais influências corrosivas. Então, como exatamente podemos nos libertar e mostrar quem de fato somos, eternamente, e assim desfrutarmos de nossa própria inocência?

A decepção gerada por aquilo que parece ser nosso próprio pensamento e procedimento impuro pode resultar em angústia e sofrimento, e estes nos estimulam a buscar a força para agirmos melhor. Mas muitas vezes o sofrimento por si só não é suficiente para nos despertar para nossa verdadeira pureza. Para chegarmos a isso, precisamos estar receptivos ao grande amor de Deus por nós, amando mais a Ele do que a sensualidade, e permitindo que o amor a Deus nos impulsione. Quer nosso progresso seja rápido ou lento, precisamos desmascarar a falsa promessa do pecado de nos proporcionar algum prazer, até mesmo temporário. Ao mesmo tempo em que reconhecemos que determinado pecado é nocivo, e oramos com o intuito de parar de pecar, podemos afirmar que, como filhos e filhas de Deus, merecemos superar o pecado e a angústia devida à perda do respeito próprio, que ele acarreta. Por fim, a alegria isenta de pecado, que faz parte de nossa verdadeira natureza, triunfará sobre a sugestão de que a impureza possa controlar nossos pensamentos e governar nossas ações.

Mary Baker Eddy escreveu a respeito de Jesus: “Quando o elemento humano nele lutou com o divino, nosso grande Professor disse: ‘Não se faça a minha vontade, e sim a Tua!’ — isto é: Não a carne, mas o Espírito, seja representado em mim” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 33).

Nos momentos em que nos sentimos tentados a ceder aos impulsos sensuais, podemos, em vez disso, pensar em abençoar os outros por meio de pensamentos e atitudes espirituais e altruístas. Conseguimos fazer isso rejeitando imagens e impulsos impuros, determinando que estes não fazem parte do nosso pensamento e do nosso existir, mas são apenas sugestões mentais que nos privariam da profunda satisfação que sentimos em expressar nossa pureza inata.

Em última análise, a pureza é uma questão de qualidade de vida, para cada um de nós e para as sociedades ao redor do mundo, principalmente no que tange às suas lutas para erradicar abusos. Não é possível termos felicidade, paz ou alegria, sem a pureza. Tampouco uma sociedade pode avançar, sem que homens e mulheres sintam respeito genuíno por si mesmos e demonstrem respeito genuíno uns pelos outros.

A pureza, não é antiquada nem ultrapassada, é o padrão de Deus em todas as épocas. Aspirar a esse padrão e atingi-lo cada vez mais é a vanguarda indispensável do progresso. A liberdade é a vontade de Deus para cada um de nós; Deus e Seu amor podem nos fortalecer em momentos de tentação e nos tornar mensageiros fiéis de Seu puro amor e bondade, expressos por todos.

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