Há alguns anos, eu estava muito chateada no trabalho. Tinha havido uma mudança na gerência, e eu não estava feliz com a forma como o trabalho estava sendo administrado. Depois de um dia especialmente difícil, quando eu senti que a única coisa que tinha feito era ter desavenças com minha gerente, telefonei para um praticista da Ciência Cristã e pedi que ele me apoiasse em oração. Eu lhe disse que odiava meu trabalho. Não me lembro da resposta dele, mas certamente me lembro do que aconteceu depois que desliguei o telefone.
Pensei imediatamente nas palavras de Gamaliel no livro de Atos, na Bíblia. Gamaliel, um fariseu respeitado, participava de uma reunião tumultuada em que se discutia o que fazer a respeito dos seguidores de Cristo Jesus. Sua sábia recomendação foi: “…dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus” (Atos 5:38–39).
Será que eu queria lutar contra Deus, que é bom? Definitivamente não! E será que eu podia esperar para ver como as questões do trabalho seriam resolvidas, confiando em que, se alguma coisa não estivesse certa, ela seria ajustada, porque Deus é que estava no comando? Sim! Meu trabalho consistia em confiar em Deus e ser fiel a Ele. Com isso, o ressentimento, a raiva e o descontentamento com a gerente desapareceram.
Fui trabalhar no dia seguinte conseguindo enxergar as coisas do ponto de vista da gerente e apoiá-la com naturalidade. E agi assim até a conclusão do trabalho dela no departamento. Mantenho essa postura no pensamento quando sinto dificuldades para entender os rumos de um projeto ou de uma proposta, seja no trabalho, na igreja ou no dia a dia, e percebo que o trabalho fica muito mais agradável com essa atitude.
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