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Original para a Internet

Viver sob o governo de Deus

Da edição de abril de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 13 de novembro de 2023.


“Temo por meu país”, lamentou uma vizinha. Ela estava descontente com as autoridades eleitas e irritada com as políticas promulgadas. Via um país dividido, um eleitorado também dividido e nenhuma esperança de que os partidos políticos trabalhassem juntos. Estava deprimida e desanimada.

Eu disse a ela que encontro conforto em saber que existe um governo em ação no mundo, o qual é mais elevado do que os olhos conseguem ver. Como a Bíblia declara: “Porque o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; ele nos salvará” (Isaías 33:22). 

Os governantes humanos vêm e vão. Os funcionários são substituídos. As dinastias chegam ao fim. Mas o Princípio divino, Deus, reina e governa para sempre. Se estivermos preocupados com as políticas e os líderes do governo temporal, podemos apelar para a lei suprema desse Princípio e confiar no poder dessa lei para defender a equidade e a justiça. Quando compreendidos, o reinado e o governo de Deus podem nos salvar das deficiências do governo humano.

Cristo Jesus compreendia a superioridade do governo de Deus sobre o governo humano. Quando seus seguidores o viram como o Messias prometido, presumiram que ele os libertaria do domínio do Império Romano. Na opinião deles, os romanos eram o inimigo público número um. A opressão e a tirania que eles vivenciaram sob a lei romana eram muito severas. Mas Jesus tinha outra visão. Ele não via os romanos ou qualquer governante humano ou funcionário do governo como a principal causa do sofrimento geral. Para Jesus, o inimigo público número um era o pecado. Jesus veio para nos salvar do pecado.

Pecar é pensar e agir mal. É egoísmo, ganância, desejo de poder e qualquer outra atitude ou ponto de vista que leva ao caos, ao conflito e ao sofrimento. O pecado está por trás de muito sofrimento humano. Jesus concentrou seus esforços de reforma não na remoção de funcionários públicos, que poderiam ser rapidamente substituídos por indivíduos com ideias semelhantes, mas sim na eliminação do pecado — a causa raiz do sofrimento resultante da má governança. 

Jesus venceu o pecado para demonstrar o domínio que o homem tem sobre esse mal, e fazia isso vivendo o governo de Deus — o reino e o governo da Vida, da Verdade e do Amor. Ele reconhecia que Deus é o poder supremo e não se curvava a nenhum outro. Vencia o ódio com o amor, o egoísmo com a compaixão, a doença com a saúde e a morte com a vida. Não tinha medo do futuro, não cedia ao desespero ou à decepção, nem imaginava cenários sombrios e deprimentes. Por compreender o controle absoluto de Deus, ele enfrentava destemidamente todas as formas de mal e as superava por meio do poder da Verdade e do Amor divinos. Sabia que o mal é uma mentira, sem nenhum suporte na verdade (ver João 8:44). Ele compreendia a Deus como o governante supremo que tem a palavra final em todos os assuntos.

Se alguma vez formos tentados a pensar que os esforços para melhorar o governo são inúteis, podemos olhar para a vida de Jesus em busca de esperança. Jesus não concorreu a um cargo político nem procurou se projetar no mundo para obter influência sobre os assuntos da humanidade. No entanto, seu exemplo tem exercido enorme influência durante mais de dois mil anos ao longo da vida de pessoas que adotaram seus ensinamentos cristãos e os colocaram em prática na política, na sociedade, na religião e na economia.

As admoestações de Jesus para que amemos nosso próximo como a nós mesmos, e as explicações sobre como fazer isso, têm guiado a tomada de decisões de inúmeras pessoas em todos os aspectos da vida quotidiana. Quando seguimos o exemplo de Jesus, ao honrar um Deus único e viver sem se prender ao ego, podemos confiar no fato de que, independentemente de nossa posição no mundo, a moralidade e a espiritualidade que demonstramos repercutem nos governos locais, nacionais e até globais, com bons resultados. O governo de Deus vivido por uma pessoa ajuda outras pessoas a vivenciá-lo também.

Sim, bilhões de pessoas sofrem sob governos repressivos, que muitas vezes parecem gigantescos. Mas a humanidade não está indefesa. O mal por trás do autoritarismo e da tirania já está condenado. À medida que o governo de Deus é compreendido e demonstrado por pessoas que realmente se importam com o próximo, dissolvem-se o ódio, a ganância e o egoísmo que perpetuam a liderança malévola, e os líderes se reformam, ou novos líderes com ideais melhores tomam seu lugar. Então, a justiça prevalece.

Jesus não tinha medo dos governantes humanos, porque compreendia que Deus governava acima de toda autoridade humana. Ao governador romano Pilatos, que o ameaçou dizendo: “Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar”? Respondeu Jesus: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada…” (João 19:10, 11). Parecia que Pilatos estava em vantagem, quando entregou Jesus para ser crucificado, mas o Mestre sabia que o único Deus tinha todo o poder. Não teve medo de Pilatos. Ele saiu vivo do túmulo três dias depois, provando a nulidade da ameaça de Pilatos. A compreensão da supremacia do governo de Deus permitiu que Jesus transcendesse as ameaças vindas do governo humano. Ele provou que as más decisões de tais governantes não poderiam impedir que o reino superior de Deus atuasse em sua vida. O governo de Deus teve a palavra final.

Nós podemos seguir o exemplo de Jesus nos dias de hoje. Ao invés de reclamar, de se desesperar ou temer as ações do governo, podemos melhorar o mundo em que vivemos, vencendo a tentação pecaminosa de acreditar em um poder que não seja o de Deus. Podemos viver o governo divino, o governo da Vida, da Verdade e do Amor. Podemos examinar nosso pensamento e assegurar-nos de que não estamos sendo usados ​​pelo pecado, em nossa avaliação de funcionários públicos e líderes governamentais. Poderíamos nos perguntar: “Estou demonstrando em minha própria vida a justiça, a integridade e o respeito pelos quais estou orando a fim de vê-los praticados no governo? Estou demonstrando o amor inclusivo e abrangente que constrói pontes, encontra pontos em comum e forma relacionamentos saudáveis ​​com meus vizinhos?” O Sermão do Monte, inclusive a Regra Áurea e os Dez Mandamentos, fornecem sólidas orientações sobre como viver em fidelidade ao governo de Deus. O sermão de Jesus ensina as qualidades que vencem o orgulho, o ego, o ódio e o amor ao ego. Os Mandamentos nos lembram que devemos honrar um único Deus e viver uma vida honesta e saudável, cheia de gratidão, que nos mantenha a salvo do pecado. Os ideais morais e espirituais dessas instruções destroem o pecado e trazem à tona a harmonia, a ordem e a paz de Deus que estão sempre em ação e constituem o governo de Deus. 

Mary Baker Eddy escreve: “O Cientista Cristão se alistou para minorar o mal, a doença e a morte; e os vencerá por compreender que eles são o nada, e que Deus, o bem, é Tudo” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 450). Cada vez que vencemos o pecado por meio da compreensão de que Deus é o bem e é Tudo-em-tudo, estamos ajudando nossa comunidade a fazer o mesmo. Ajudamos todos a vivenciar mais o governo de Deus e sofrer menos o chamado poder do mal.

Em vez de ficarmos à margem, apontando a culpa de funcionários e líderes do governo, podemos contribuir para um bom governo, vivendo de maneira fiel e elevada segundo padrões morais e espirituais. Podemos ser o bom governo pelo qual esperamos e oramos. Podemos demonstrar o governo de Deus em ação e ajudar nosso próximo a fazer o mesmo.

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