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Original para a Internet

A Ciência do Cristo

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 13 de fevereiro de 2015

Tradução do original em inglês publicado na edição de junho de 1956 de The Christian Science Journal.


Na segunda metade do Século XIX, a Ciência Cristã foi descoberta por Mary Baker Eddy. Durante a primeira metade do Século XX, eminentes pesquisadores das ciências físicas romperam as amarras dos antigos conceitos sobre a matéria e o chamado universo material; o pensamento humano estava cedendo ao ímpeto eterno da Verdade. A descoberta inspirada da Sra. Eddy foi a Ciência pura, pois nela estavam as evidências da verdadeira sabedoria, simplicidade e possibilidade de comprovação – foi a Ciência do Cristo, praticada na Galileia há quase dois mil anos, pelo maior Cientista que já viveu.

O Evangelho de São João diz que, se fossem escritas todas as coisas que Cristo Jesus fez, o mundo inteiro não poderia conter os livros necessários para registrá-las. Que riqueza de sabedoria caiu em ouvidos moucos e quanto tempo demorou até que as pesquisas dos estudiosos se volvessem às palavras do Mestre! Mas agora, o mundo chegou a tal ponto de progresso espiritual que pode conhecer e comprovar a Ciência pura, a verdadeira ideia de Deus, o homem e o universo.  A seguinte declaração de Jesus aos discípulos surgiu, sem dúvida, do vasto horizonte da visão espiritual: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (João16:12,13). Aqui está a profecia de que a sabedoria completa tem de ser a Ciência do Espírito, não da matéria.

Somente na medida em que os homens apreendem os ensinamentos do Mestre metafísico é que eles conseguem compreender a verdadeira Ciência e sustentar sua compreensão com evidências práticas. Jesus trouxe à terra o conhecimento de que o universo é criado espiritualmente, conhecimento esse que existia antes do início dos tempos e que descortinou uma visão da existência para além do horizonte físico. O Mestre não explorou o chamado reino da matéria na terra ou no céu, para explicar as leis da criação, mas falou e trabalhou a partir do conhecimento vindo de Deus, o qual ele possuía antes de o mundo existir. Ele compreendia a obra de Deus por meio da sabedoria divina.

A Ciência do Mestre é, sem dúvida, a Ciência da eternidade e da infinitude. Portanto, não tem origem humana. Ela surge da realidade espiritual existente desde a fundação do mundo. Não é o resultado da razão humana, mas do decreto divino. Portanto, o entendimento dessa Ciência tem de começar pela aceitação, seguida de demonstração, ao invés de começar pela dúvida e pela crítica, como faz a mente humana, quando analisa as teorias das crenças materiais. A completa aceitação da Ciência divina não é uma ofensa à razão, nem uma restrição arbitrária imposta ao livre pensamento. É o abrir-se da janela mental através da qual a iluminação da Verdade preenche a consciência humana com a compreensão perfeita e o poder da demonstração.

As chamadas ciências de origem humana são imperfeitas, mutáveis e submissas à matéria. Elas precisam partir do ceticismo e da crítica para eliminar a confiança radical naquilo que não é eternamente verdadeiro. A Ciência de Deus e do Seu universo não deve ser questionada, mas sim praticada. Não é algo a ser debatido nem está sujeita a experimentos, não é raciocínio convencional, nem suposição. É o pulsar da presença do Amor divino, desdobrando os recursos daquilo que é imensurável. É a Palavra de Deus, pela qual a criação veio a existir e por meio da qual ela se desdobra eternamente. Abrasada do poder da santidade, ela revela a causalidade divina.

Essa Ciência pura demonstra que o reino de Deus está presente com os homens, levando assim a humanidade ao caminho do infinito. À medida que a verdadeira ideia a respeito de tudo o que existe é incorporada pela humanidade, esta é a única direção em que a humanidade pode mover-se: para o infinito e não para o fim de tudo; tendo como ponto de partida o infinito e não um início. A Descobridora e Fundadora da Ciência do Cristo escreve em seu livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], pp. 229, 230: “A Verdade é a força que leva tudo a seu destino; dá profundo significado à vida; revela a dimensão do infinito em contraste com o finito”. Que claro exemplo temos disso na vida do perfeito Metafísico, cuja prática da Ciência divina o levou do desamparo simbolizado pela manjedoura até o domínio demonstrado na ascensão -- do finito ao infinito!

O estudo consagrado da Ciência do Cristo, conforme ela foi exemplificada na vida do justo Galileu, indica que essa Ciência é o meio pelo qual o Princípio, Deus, Se expressa em todo o Seu universo de ideias. Atuando com a energia espiritual, a Ciência trata da perfeição; ela é exata, imperativa, suprema, e desdobra perpetuamente os fatos da existência imortal. Todas as leis da substância, da Vida e da inteligência pertencem à Ciência, e todos os elementos, toda a essência e a natureza inteira do existir agem de acordo com ela. Esse conhecimento, que foi sistematizado por inspiração divina, se desdobra de maneira gradual à pessoa que busca a Verdade e, à medida que isso acontece, essa Ciência é reconhecida como a única que realmente pode existir, porque é a Ciência de Deus, o Tudo-em-tudo. Ela é compreendida como a ordem divina do Criador e da criação, e inclui a totalidade da sabedoria e da demonstração.

Na medida em que o estudante da Ciência divina passa do estudo à comprovação da sabedoria espiritual, ele se dá conta de que a Ciência da Vida é também a Ciência do Amor, porque passa de imediato a sentir suas bênçãos. Não existe na Ciência nenhum elemento destrutivo. Ela corrige as crenças errôneas, aquilo que parecia ser uma lei do mal é anulada, aquilo de que falsamente dependíamos já não parece desejável, barreiras ao progresso são removidas; e diariamente descobrimos soluções para os problemas da experiência humana. A Ciência de se viver e amar como o Mestre ensinou, repete agora as maravilhas celestiais para quem obedece à lei divina.

Os Cientistas Cristãos estão progredindo na compreensão das energias da Vida eterna e na demonstração da utilidade dessa sabedoria para proteger e salvar a humanidade. À medida que eles percebem na própria vida o vasto potencial de descobertas espirituais, sua pesquisa e prática preenchem mais e mais seu tempo. Dessa maneira, o conhecimento da realidade divina se irradia com mais rapidez para todo o gênero humano. Essa sabedoria tem mais poder do que pode ser explicado humanamente; assim como no átomo, seus elementos estão sempre em movimento, da mesma forma a Mente está sempre em ação, salvando a terra toda da aparente força destrutiva da crença mortal. Cristo Jesus deu o exemplo dessa verdade, quando o sepulcro se abriue assim foi revelado que o homem não havia morrido e tinha autoridade sobre a morte e o túmulo.

No livro Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896, da Sra. Eddy, à página 190, encontramos um parágrafo que aborda em profundidade o tema da verdadeira força atômica, como parte da Ciência divina que serviu de base às obras de Jesus: “A ação atômica é a Mente, não a matéria. Não é nem a energia da matéria, ou seja, o resultado de uma organização, nem é o resultado de uma vida introduzida na matéria; ela é o Espírito infinito, a Verdade, a Vida, em desafio ao erro, isto é, à matéria. A Ciência divina demonstra que a Mente dissipa o senso errôneo e revela o senso verdadeiro dela mesma, que é Deus, e do universo; onde o mortal não dá origem ao imortal, nem o material desemboca no espiritual; onde o homem coexiste com a Mente, e é reconhecido como o reflexo da Vida infinita e do infinito Amor”.

A pessoa que estuda matemática começa com a tabuada e alcança vislumbres de grandezas e cálculos sem fim. Mesmo a mais simples operação aritmética profetiza sempre o estupendo todo. Ao utilizar os elementos matemáticos com infalível obediência às regras, a pessoa chega à solução de qualquer problema, do mais simples ao mais complexo. Da mesma maneira, o Cientista Cristão, submetendo-se ao desdobramento do existir proveniente de Deus, demonstrará constantemente uma compreensão mais profunda desse existir. A Sra. Eddy escreve em Message to the Mother Church for 1901 [Mensagem À Igreja Mãe para 1901], p. 22: “Eu começo aos pés do Cristo e com a tabuada da Ciência Cristã”. E prossegue, dizendo: “Obedeço ao fundamento de que um mais um são dois, e faço isso o caminho todo, até o cálculo infinito do Deus infinito”.

Visto que o Mestre da metafísica utilizou os conceitos básicos da Ciência do Cristo em perfeita obediência à lei divina, ele chegou, pela ascensão, à solução suprema do existir eterno. A ordem primordial da filiação espiritual do homem com Deus foi demonstrada como um fato imutável, e a aparente desordem temporária do materialismo deu lugar à realidade de forma permanente. Ele pôde transmitir somente a uns poucos, certa medida da compreensão do domínio que o homem tem sobre toda a terra, mas ele confiou que chegaria a época em que os ouvidos da humanidade já não teriam bloqueios para a voz da Verdade, que explicaria o caminho para a harmonia eterna. Ele disse que suas palavras jamais passariam, e essa profecia é cumprida de forma renovada com a chegada da Ciência Cristã.

A Ciência pura está igualmente disponível a todos, por revelação. A comunhão com Deus, não o estudo acadêmico, é o canal pelo qual a Ciência flui à humanidade. À medida que a Ciência pura desdobra a realidade para o gênero humano, cada passo de progresso obedece à lei dessa Ciência, fazendo com que as atitudes do homem mudem da revolução para a revelação. A Ciência do Cristo ainda é o caminho para a ressurreição, a ascensão e a imortalidade.

A prática da Ciência divina por parte de Cristo Jesus era o reflexo da inteligência de Deus. Essa é a única maneira pela qual o homem pode conhecer e demonstrar o domínio que ele tem sobre a terra. As descobertas dos sábios deste mundo levaram a um aparente aumento do mal, como também ao bem. Ao pesquisar o efêmero reino da matéria, surgem os perigos, e os homens podem se tornar vítimas de seus próprios esforços. Ao mergulhar no reino espiritual, a pessoa que está em busca do bem encontra somente a Ciência infinita da harmonia divina. Essa experiência a liberta completamente dos limites e perigos do senso material de existência, e abre as portas do progresso que leva à Vida eterna.

A Ciência do Cristo constata a irrealidade do mal e a infinitude da realidade divina. Essa Ciência remove permanentemente da consciência humana a crença errônea de que haja vida na matéria, ao explicar a natureza espiritual do universo. Ela declara e prova que todo o poder pertence a Deus – o Espírito, a Mente, a Verdade, o Amor, o Princípio -- e o reino dos céus consiste na atuação desse poder.

A Ciência divina conduz os homens para além da crença mortal em planetas e estrelas materiais, e os leva ao reconhecimento do reino de Deus dentro do homem e por toda a vastidão da Mente. Pela descoberta da Ciência Cristã, foi entregue ao mundo a solução para o que tem sido o enigma do universo.

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