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Original para a Internet

Para jovens

Nem preto nem branco, mas irmãos

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 17 de setembro de 2018


Era minha primeira semana em uma faculdade nos Estados Unidos e eu não conseguia entender o que estava acontecendo com o meu colega de quarto. Primeiro eu quis ser seu amigo, mas ele não parecia muito receptivo. Então eu desisti, isto é, pensei que ele precisava de espaço. Entretanto, logo notei que, se bem que ele não quisesse falar comigo, fora do nosso quarto ele se dava bem com os outros.

Eu nunca havia passado por uma situação como essa, de estar perto de alguém, de ter de conviver com alguém que fingia que eu não existia. A atmosfera em nosso quarto era tensa e em nossas poucas conversas ele sempre era hostil e grosseiro.

Certo dia, um colega, cujo quarto ficava em frente ao nosso, me disse que sabia o que estava acontecendo. Meu companheiro tinha a fama de ser racista. O problema não era eu, mas a côr da minha pele.

Eu nunca me havia deparado com semelhante situação e não sabia o que fazer. Eu estava tentando orar, mas também estava lutando com um sentimento de confusão e mágoa.

No dia seguinte, quando acordei, não estava me sentindo muito bem. Essa pesada carga parecia estar me pressionando a ponto de eu quase não conseguir sair da cama. Nem mesmo pude ir às aulas.

Falei com minha mãe e com a família que cuidava dos estudantes, a respeito do que estava ocorrendo, e oramos. Trabalhamos a partir do ponto de vista de que Deus é Um e Uno, e de que o homem, o que quer dizer todos, também têm de ser um. Qualquer sugestão de divisão ou animosidade só poderia ser uma maneira errada de pensar no que é o homem, e esse conceito errado é impotente para agir, influenciar ou causar divisão entre os inocentes filhos de Deus.

Eu também, estava lendo o livro Uma Vida Dedicada à Cura, de Yvonne Caché von Fettweis e Robert Townsend Warneck, e vinha pensando sobre o que Mary Baker Eddy realmente queria dizer quando se referia ao nosso afeto pelo próximo. Ficou claro para mim que esse tipo de amor puro, que cura, inclui não criticar, isto é, não pensar de maneira crítica a respeito do meu colega de quarto. Sim, eu me dei conta de que eu o estava criticando ao colocar-lhe o rótulo de racista. Embora eu estivesse pensando que o problema era apenas o fato de ele ter identificado a mim de modo incorreto, passei a perceber que eu também estava identificando a ele erroneamente. Em algum ponto, essa maneira errada de nos identificarmos se transformara em um sentimento de ódio. Mas agora, o Amor divino estava purificando os meus afetos, permitindo que eu visse meu colega de forma diferente, ou seja, que eu verdadeiramente o amasse como meu irmão.

Depois disso, logo me senti melhor e voltei a assistir às aulas. Durante as semanas seguintes, minhas contínuas orações também trouxeram mais luz ao meu pensamento e comecei a ver o meu colega de quarto mais claramente como filho de Deus. Pude admitir e até ficar feliz com a ideia de que nós dois tínhamos o mesmo Pai. Visto que nós dois éramos criados por Deus, não havia nada que ele tinha, e que eu não tivesse, e vice-versa. Ter o mesmo Pai-Mãe Deus significava que nós vivíamos sob as mesmas leis divinas da harmonia. Os rótulos que eu havia posto no meu colega começaram a desaparecer e fui capaz de pensar a respeito dele sem crítica.

No final da terceira semana de aulas, meu colega fez anos. Fiquei surpreso quando entrei no quarto e vi que ele queria que desfrutássemos juntos os biscoitos feitos por sua mãe, e que ele havia recebido. Francamente, embora eu estivesse contando com a cura, visto que eu havia orado, essa eu não esperava! Ele disse que desejava que esse momento fosse só para nós dois.

Quando estávamos ali sentados comendo biscoitos, ele começou a dizer coisas que mostraram ainda mais claramente como o Amor divino estivera agindo em nosso coração. Reconheceu que havia muitas pessoas que ele não tinha tratado corretamente, inclusive eu, e que ele estava orando para superar isso. Ele disse que também estava tendo ajuda pela oração, por parte de um amigo.

“Realmente sinto muito por qualquer grosseria que eu lhe tenha feito”, disse ele. “Na verdade, eu não queria magoar você.”

Depois disso, realmente ficamos amigos. Foi incrível ver a mudança ocorrida nele e o modo como ele continuou a progredir nesse semestre. Eu nunca tive nenhum resquício de ressentimento para com ele. Aliás, até hoje somos amigos. Todas as diferenças que antes pareciam tão evidentes, se desvaneceram diante da luz da verdade a respeito do que nós dois somos: filhos do mesmo Deus, portanto, irmãos.

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