Quando olhou pela janela, minha amiga viu a trilha que penetrava o escuro bosque. Sentiu-se atraída. A trilha parecia dizer: “Venha por aqui, se você vier por aqui, irá ver novamente aquela pessoa querida”. Ela recentemente perdera alguém muito querido e esse caminho no bosque era tentador, porque parecia oferecer uma solução. Se ela também morresse, poderia reencontrar seu ente querido.
“Eu vi que podia fazer a escolha”, disse minha amiga. “Optei por não ir por aquele caminho. Eu percebi que queria viver”. Ela fez questão de nem mesmo olhar pela janela para aquela trilha, porque queria ficar firme no compromisso de escolher a vida. Umas duas semanas depois, entretanto, aconteceu que ela olhou novamente pela mesma janela e ficou surpresa. Havia brotado tanta vegetação naquela trilha, que ela desaparecera quase completamente. Minha amiga seguiu em frente com sua vida, envolvendo-se com novas oportunidades de amizades e crescimento espiritual.
Essa foi uma experiência real, e nossa capacidade de decidir por não seguir o caminho da escuridão é também uma útil metáfora para lidarmos com questões de saúde mental. Qualquer que seja o rótulo para o caso: depressão, ansiedade, comportamentos compulsivos ou alguma outra coisa, é possível que você mesmo tenha enfrentado o problema ou conheça alguém que já tenha passado por algo assim. Se nós mesmos formos atraídos por um desses caminhos, pode até parecer que não temos forças para resistir.
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