No palco dos eventos humanos, é frequente surgirem personagens nos papéis de vilões e vítimas. O farsante enganando o crédulo, o ladrão furtando do desatento, o ambicioso desleal conspirando para tomar o lugar do outro, o marido dominador e a esposa submissa, o imoral tramando a queda do inocente, o mal-intencionado tentando minar e destruir o próximo, o governante inescrupuloso oprimindo os povos conquistados. É um triste cortejo da mente mortal, ou seja, de mortais, com motivos maldosos e cegos, aproveitando-se de outras mentes mortais; exemplos concretos da declaração da Sra. Eddy: “Esse senso errôneo de existência é fratricida” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 539).
O que podemos fazer a respeito disso? Podemos fazer muito, muito mesmo. Todo esse cenário, essas situações podem, e devem, ser eliminadas, destruídas, aniquiladas. Mas como? Por meio da Mente do Cristo, a consciência dada por Deus, a qual sabe que não existe nenhuma causa exceto Deus, o bem infinito, e que não há nenhum outro efeito a não ser as ideias e identidades criadas por Deus. A menos que essas situações trágicas sejam conhecidas à Mente que tudo sabe, elas não podem ter substância, nem serem reais, e não podem opor-se ao pensamento fortalecido por Deus, que reconhece que tais atos não têm a força divina, não têm nenhuma substância, não têm nenhuma verdade.
O que parece torná-las tão reais é a profunda crença dos mortais de que exista uma mente mortal e material, identificada como mortais tendo pensamentos, visão e atitudes materiais, e que essa suposta mente com seus fantoches mortais seja tão real quanto a Mente divina única e suas identidades espirituais. Essa crença errônea pode ser destruída, assim como todo e qualquer erro, à medida que chegamos ao conhecimento do fato real. O fato real, que destrói o erro, é revelado na Bíblia e em Ciência e Saúde. Consiste em que a realidade é o Espírito, a Mente, Deus, que inclui em Si mesmo a única consciência verdadeira, a única visão, audição e sentimento de todos os homens. Ele faz com que os homens, como ideias e testemunhas dEle, expressem somente o bem uns para com os outros. Para Deus e para os filhos dEle, não existe mente mortal, não existe nenhum vilão nem mortais mal-intencionados, nenhum fantoche do mal, nenhuma espécie de mortal chamada de vítima, capaz de ser enganada e afetada pelo mal. A inteligência infinita não conhece nada disso. Nela não existem tais conceitos, nela nenhum desses personagens é conhecido.
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