Uma das declarações concisas de Jesus, repleta, porém, de significado e possibilidades, é esta: “...Ninguém conhece o Filho, senão o Pai” (Mateus 11:27). O “Filho” a quem o Mestre se refere é, nas palavras de Mary Baker Eddy, “O Filho de Deus, o Messias ou o Cristo”, como consta na primeira linha da definição de "Filho", na página 594 de Ciência e Saúde com Chave das Escrituras. Visto que o homem individual está para sempre "oculto com Cristo em Deus", a afirmação de Jesus quer dizer que nenhum mortal pode conhecer a verdadeira individualidade, nem a tua, nem a minha, pois o mortal pensa materialmente, e a identidade, tua ou minha, é a de filho de Deus. E é somente o Pai que conhece o filho.
Alguns mortais têm medo do que talvez pensem outros mortais. Eles temem aqueles que talvez tenham ódio, ciúmes, façam intrigas ou sejam críticos. Não há razão para esse medo. Nenhum mortal, com o pensamento materialmente fundamentado, pode conhecer, entender ou perceber a verdadeira identidade, nem a tua, nem a minha. Que maravilhosa libertação do medo à prática mental errônea esse fato nos proporciona! É a substância do Espírito o que constitui tanto o teu verdadeiro existir, quanto o meu, e o pensamento material não consegue reconhecer essa substância. Somente o Pai, a Mente que tudo sabe, pode conhecer e realmente conhece esse verdadeiro existir, essa individualidade, ou seja, a ideia que Ele tem do homem. É claro que a verdadeira consciência do nosso irmão, por refletir a consciência do Pai, a consciência da Mente, conhece corretamente seu irmão. Como reflexo de Deus, ele reflete o conhecimento que o Pai tem do filho. Mas permanece para sempre o fato de que nenhum estado da mentalidade material, animada pela vontade humana e por motivos malévolos, pode jamais conhecer, discernir ou fazer contato com a individualidade que Deus constitui e mantém sã e salva, nesse infinito Tudo que é Deus, e que é impenetrável. A segurança do homem é tão grande quanto a segurança de Deus.
Por que então alguns mortais temem o que é chamado de prática mental errônea? Porque eles ignorantemente atribuem mais poder à mente mortal, o mal único, do que atribuem à Mente imortal, Deus. Eles acreditam que a mente material negativa, que se autoafirma por meio de mortais imbuídos de pensamentos errôneos, de alguma maneira inexplicável tomou para si parte da onipotência de Deus, perverteu-a e a dirigiu contra o filho de Deus. Eles acreditam não somente que o pensamento maligno, a mente mortal, tenha algum poder, mas que tenha mais poder do que Deus, a Mente imortal, a quem eles teoricamente declaram que é onipotente. Sentem-se como o salmista, quando disse: "Acha-se a minha alma entre leões, ávidos de devorar os filhos dos homens; lanças e flechas são os seus dentes, espada afiada, a sua língua" (Salmos 57:4). Mas, se Deus é verdadeiramente onipotente, quanto poder resta para o mal? Sim, exatamente quanto?
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