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Original para a Internet

“A Mente imortal… suprema no reino físico”

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 9 de novembro de 2020


Quando eu estava começando a estudar a Ciência Cristã, eu tinha dificuldade em conciliar a “declaração científica sobre o existir”, que inclui a declaração de que “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 468), com esta outra de suas declarações: “A Mente imortal, que tudo governa, tem de ser reconhecida como suprema, tanto no reino físico, assim chamado, como no espiritual” (Ibidem, p. 427). Fiquei intrigada, imaginando como eu poderia aplicar a problemas físicos uma Ciência que nega a existência da matéria.

Essa pergunta me foi respondida em outra declaração da Sra. Eddy: “A metafísica explica que as coisas são pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas ideias da Alma” (Ciência e Saúde, p. 269). Foi então que comecei a compreender que, mesmo no reino físico, todas as coisas são realmente pensamentos. Os bons pensamentos são derivados do Princípio divino, a Mente, e os maus pensamentos não possuem vida, substância, nem inteligência.

A declaração de que 2 + 2 = 3 não faz parte nem tem lugar no nosso sistema numérico normal, contudo, está sujeita ao caráter corretivo desse sistema. Essa declaração de fato envolve quantidades válidas, mas como sua relação não está de acordo com os fatos, temos uma declaração daquilo que não é verdadeiro a respeito das quantidades envolvidas. Na música, os quintos consecutivos não fazem parte de um coral normal de quatro partes e, no entanto, esse erro está sujeito às regras que regem essa forma musical.

Da mesma maneira, os elementos ou partes da anatomia humana são todos pensamentos. Os distúrbios e os sintomas de doença não fazem parte do Princípio divino, que governa o corpo. Ainda assim, eles estão sob o regime corretivo da lei divina. O pecado, a doença e a morte não são naturais no homem, assim como os erros não fazem parte da música ou da aritmética.

Esse ponto constitui uma grande ajuda no aprendizado de como aplicar a Ciência Cristã absoluta a problemas físicos. Compreender o controle divino da Mente infinita e a natureza mental da anatomia humana não só ajuda na cura dos doentes, mas em todas as atividades que envolvem o corpo humano, tais como: arte, dança, atletismo, casamento etc. A jurisdição da Mente divina, que é o Amor, tem o efeito de sustentar esses pensamentos humanos que simbolizam e representam conceitos, qualidades e funções espirituais — e de dissolver os pensamentos humanos que não representam a presença de Deus, o bem, e que são, portanto, pensamentos errôneos.

Essa abordagem pode ser levada ainda mais longe. Se a metafísica explica que todas as coisas são pensamentos, então as pessoas são pensamentos e os lugares são pensamentos. Dólares, euros e reais — todos são pensamentos. Bolsas de valores, empresas, sindicatos, conglomerados, e igrejas — todos são pensamentos compostos.

Qual é a relação entre esses pensamentos e o homem? O homem real é a expressão, o reflexo, da Mente divina. Por conseguinte, ele reflete a jurisdição que a Mente divina, ou o Ego, tem sobre todos os pensamentos. É assim que o homem individual tem domínio sobre a terra: refletindo o poder infinito da Mente, que tudo sabe, sobre suas ideias. Quando o ser humano reflete em seu pensamento a verdade de que a vida, a substância e a inteligência são espirituais e boas, sua experiência reflete, em termos de coisas e pensamentos humanos, a harmonia, a saúde, a riqueza, a força e a inteligência que são naturais ao seu existir espiritual original.

A prática da Ciência Cristã toma as qualidades do Amor divino e os conceitos do Espírito, e com eles abraça todos os pensamentos complexos que a humanidade enfrenta, incluindo os de natureza política, econômica, financeira e social. É assim que o Cientista Cristão individual pode, por meio de sua oração, ter influência nos assuntos mundiais. Quando deixamos de lado nosso senso humano de ego e compreendemos em certa medida que a Mente divina é una e única, e humildemente procuramos refletir a vontade e a ação dessa Mente, constatamos que refletimos uma vasta influência mental e poder em prol do bem nos assuntos mundiais. É assim que os mansos podem herdar a terra.

Quando o senso pessoal de ego tenta herdar ou dominar a terra material, torna-se tirânico e ganancioso, e se expressa talvez por meio de um regime ditatorial. O senso pessoal pretenderia conquistar o mundo ao subjugar pessoas e nações. Mas quando o Cristo, como a manifestação da Mente inteligente e divina, abraça e abrange totalmente nosso senso da criação, deixamos que a vontade de Deus seja feita e temos plena fé de que é Deus quem vai dispor espiritualmente dos acontecimentos. O senso espiritual não subjuga pessoas e nações, mas sim domina a crença em um universo físico autocriado, que age de maneira independente. O cristão científico torna-se um conquistador do mundo quando deixa que a Verdade e o Amor dominem suas crenças a respeito do mundo, e ao permitir que a santidade, ou seja, sua natureza semelhante à do Cristo, impulsione seus motivos e seus esforços. Ele subjuga o senso pessoal do ego ao compreender que a Mente divina, o Ego infinito, é sua Mente.

Essa oração não é uma afirmação generalizada do bem abstrato. A oração na Ciência Cristã trata de pensamentos específicos e os coloca sob a jurisdição corretiva da Verdade divina, o Princípio sobre o qual se apoia o Cristo. Essa é uma das razões por que, na Ciência Cristã, a oração que cura é chamada de tratamento pela Ciência Cristã.

Ao exercer essa poderosa influência individual nos assuntos mundiais, por meio da oração, é importante compreender estes pontos: que o conceito de um ego pessoal é errôneo; que todos os homens têm uma única Mente divina infinita; que cada um é, em seu existir real, um reflexo espiritual — uma identidade consciente — nessa Mente; e que todo pensamento humano, seja legítimo ou errôneo, está sob a jurisdição dessa Mente, fazendo com que os erros sejam eliminados e desdobrando a própria manifestação e expressão individual da Mente.

A aplicação dessas verdades a problemas específicos tornará o erro impotente e tornará evidente o poder e o efeito do Cristo nos assuntos humanos. Guerra, crime organizado, epidemias, fome, o contágio da animalidade e do pecado complacente — todos são declarações daquilo que não é verdadeiro sobre a vida, o homem, o existir, o relacionamento, e assim por diante.

Assim, até mesmo a matéria e o erro estão sujeitos à presença corretiva da Mente, o Princípio divino, porque todas as coisas, desde as partículas moleculares até as enormes montanhas, são realmente pensamentos. Essa compreensão torna prática para nós a oração de Cristo Jesus: “…faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu…” (Mateus 6:10) e a de Davi: “Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos” (1 Crônicas 29:11).

A cura pela Ciência Cristã é o processo de modificar as crenças humanas, tendo por base a jurisdição divina, para que estejam em conformidade com os fatos espirituais verdadeiros.

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