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Original para a Internet

Nossas armas poderosas

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 17 de fevereiro de 2020


Hoje em dia, o uso de armas está recebendo muita atenção. A controvérsia política sobre esse assunto é constantemente mencionada pela mídia. Os filmes incluem frequentes cenas em que aparecem armas violentas; a indústria dos jogos eletrônicos acrescenta uma interatividade excessiva com uma série de armas imaginárias; e recebemos mais e mais informação a respeito do desenvolvimento de novas armas, com maior poder de destruição.

Parece um cenário muito desanimador dos tempos em que vivemos, mas, felizmente, há outra forma de ver as coisas. Podemos encarar a situação com uma visão mais espiritual. A melhor maneira que encontrei para isso é estudar a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. Esses livros nos instruem espiritualmente, e nos oferecem uma nova perspectiva de confiança e esperança. 

Nas Escrituras, o apóstolo Paulo nos assegura: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne: (porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas), anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo...” (2 Coríntios 10:3–5).

A parte que está entre parênteses na citação acima foi escolhida pela Sra. Eddy para ser o lema, desde o começo, do The Christian Science Journal, revista por ela fundada em 1883. Mas quais são essas armas da nossa milícia, se não são carnais? E quais são as fortalezas que devem ser destruídas?

Obviamente, Paulo estava se referindo a algo mais do que simplesmente armas materiais; ele devia estar se referindo às armas espirituais, que a Ciência Cristã nos ensina a usar. Para compreender quais são, é vital entender a diferença entre a mente carnal, ou seja, a mente mortal, e a Mente divina, que é Deus.   

Paulo fala sobre a mente carnal como “inimizade contra Deus, pois não está sujeit[a] à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Romanos 8:7). Então, parece que as “fortalezas” que precisam ser destruídas são compostas por pensamentos que não representam a lei de Deus, lei essa que a Ciência Cristã mostra ser inteiramente boa.

Ciência e Saúde explica a diferença entre a mente mortal e a Mente divina e esclarece que, em realidade, tudo é de fato a Mente divina: “Aquilo que denominamos mente mortal ou mente carnal, e que depende da matéria para se manifestar, não é a Mente. Deus é a Mente: tudo o que a Mente, Deus, é, ou fez, é bom, e Ele fez tudo” (p. 311). Então, a mente mortal, manifestando-se como matéria, inclui todo o mal, a doença e a morte; ao passo que “A Mente imortal é Deus; e essa Mente se manifesta em todos os pensamentos e desejos que atraem a humanidade à pureza, à saúde, à santidade e aos fatos espirituais do existir” (Mary Baker Eddy, Miscellaneous Writings [Escritos diversos] 1883–1896, p. 37).

À medida que compreendemos melhor os “fatos espirituais do existir” e a verdadeira criação, e permitimos que nosso pensamento seja preenchido pela Mente divina — e à medida que expressamos qualidades tais como: o amor, a coragem, a força, a honestidade e a confiança em Deus — estamos mentalmente tomando posição em prol da Verdade. Essas verdades espirituais e qualidades derivadas de Deus são armas espirituais, que finalmente acabam por destruir as fortalezas da mente mortal — tais como: o medo, o ódio, a desonestidade, a vontade do ego, a agressão, o sensualismo etc.

A história inspiradora de Davi e Golias serve como exemplo de como empregar as armas espirituais. Por meio do discernimento espiritual compreendemos que, muito embora Davi tenha realmente matado Golias com uma pedra, foi o seu destemor com relação ao que parecia ser um mal gigantesco, e a sua confiança em Deus, que obtiveram a vitória. Ele saiu para o combate com uma funda e cinco pedras lisas, que levava em seu alforje de pastor e, ante seu encontro com Golias, disse: “...Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o Senhor te entregará nas minhas mãos...” (1 Samuel 17:45, 46).

Ao ponderar o significado espiritual das cinco pedras lisas que Davi escolhera, ocorreu-me que eu também deveria estudar o que a Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde sobre “as pedras angulares do templo”, as quais ela diz que se encontram em postulados. Dos cinco postulados, o primeiro é “que a Vida é Deus, o bem e não o mal” (p. 288). Um estudo em maior profundidade sobre esses postulados fortalece nossa compreensão do fato de que Deus é tudo, e da natureza espiritual do homem, que não está sujeita ao mal. Podemos seguir em frente “armados” com essas verdades.

Os artigos e testemunhos registrados nas páginas desta revista mostram como as fortalezas da mente mortal são derrubadas por Deus, quando as pessoas usam armas espirituais, compreendendo e demonstrando a Palavra de Deus.

Outro exemplo de como confrontar espiritualmente o mal é a atitude de Cristo Jesus diante de Judas. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy escreve: “Judas tinha as armas do mundo. Jesus não tinha nenhuma delas, e não escolheu os meios do mundo para se defender. Ele ‘não abriu a boca’. O grande demonstrador da Verdade e do Amor se manteve em silêncio ante a inveja e o ódio” (p. 48). O título marginal para esse parágrafo é: “Armas de defesa”. Ciência e Saúde também diz: “As armas da intolerância, da ignorância e da inveja tombam ante um coração honesto” (p. 464).  

Tanto a Bíblia como Ciência e Saúde mencionam uma “espada de dois gumes”. Em Hebreus, a Palavra de Deus é descrita como “mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (4:12), e em Ciência e Saúde está escrito que “A Verdade é uma espada de dois gumes, que guarda e guia”, e é descrita como “radiante de misericórdia e de justiça” (p. 538). Para mim, isso indica que o tratamento pela Ciência Cristã requer que se tenha nas mãos a espada de dois gumes, com a afirmação da Verdade e a negação do erro. A poderosa Palavra de Deus penetra como uma espada — ela é rápida e imediata — e cura. Não há necessidade de esperar por essa Verdade — ela está sempre exatamente onde nós estamos, e é realmente poderosa!

Tive a oportunidade de comprovar esse fato quando uma amiga e eu fomos atacadas à mão armada ao entrar em uma galeria de arte onde estava ocorrendo um assalto. Fomos conduzidas a uma sala nos fundos da galeria, amarradas e verbalmente ameaçadas, enquanto o ladrão mascarado apontava a arma para nós. Minha amiga também é Cientista Cristã, e eu sabia que nós duas estávamos orando com veemência. Depois da surpresa inicial de ver-nos confrontadas pelo ladrão, nós duas conseguimos superar o medo, declarando silenciosamente a presença e o controle de Deus. Sabíamos que a Mente divina estava realmente governando a todos nós, incluindo o homem com o revólver. Sabíamos que estávamos a salvo devido à eterna presença de Deus.

Conseguimos vencer o medo que sentíamos, tanto do ladrão como do revólver, que a certa altura disparou sem causar dano a ninguém. Ele revistou nossas bolsas, pegou os nossos documentos e até tirou um anel de brilhante da mão da minha amiga. Mesmo quando isso estava acontecendo, nós nos esforçamos para saber que cada um de nós realmente é feito à imagem de Deus. O homem, portanto, não é nem mau nem desonesto. O ladrão finalmente acabou saindo com muitas obras de arte valiosas, mas sem ferir ninguém.

Conseguimos logo nos desvencilhar das cordas e chamar a polícia. O FBI foi envolvido no caso devido ao valor das obras de arte. Depois de sermos entrevistadas pelas autoridades, prosseguimos com nossas atividades do dia, deixando tudo nas mãos de Deus. Sou grata por dizer que dormi muito tranquilamente naquela noite. Durante os dias seguintes, continuei a orar sobre a situação, declarando que a ordem e a harmonia de Deus preenchem todo o espaço. Nada poderia estar perdido ou ficar fora do controle e da ordem de Deus. Não senti nenhuma animosidade em relação ao ladrão, mas me esforcei para compreender que ele estava sob o governo de Deus, e não sob a influência do mal.

Cerca de um ano depois, recebi uma ligação de um promotor que estava do outro lado do país. O ladrão havia sido capturado e tudo o que havia sido roubado fora recuperado, inclusive o anel da minha amiga. Pediram-me que eu tomasse um avião para ir ao local do julgamento, para servir de testemunha. Em preparação, um psicólogo do tribunal entrou em contato comigo.

Ele me fez muitas perguntas a respeito do que esse incidente havia ocasionado à minha saúde mental e até me sugeriu que o ocorrido devia ter me deixado traumatizada. Respondi que havia sentido apenas gratidão pela nossa segurança e que não tive pensamentos ou sentimentos de ansiedade subsequentes a respeito do roubo. Como o psicólogo pareceu muito surpreso com essa resposta, expliquei-lhe então que eu era Cientista Cristã e mencionei-lhe que havia sido minha fé e confiança no controle de Deus que me permitira ter um senso de completa paz. A propósito, o ladrão foi considerado culpado e condenado pelo crime, e os itens roubados foram devolvidos.

Essa experiência ajudou-me a compreender a importância de “anula[r] nós sofismas”. Minha amiga e eu sabíamos que não poderíamos ceder à tentação de especular sobre o que poderia acontecer. Tínhamos de levar nossos pensamentos “à obediência de Cristo”, sabendo o que era verdadeiro a respeito de Deus e de Sua criação.

Sempre que somos tentados a aceitar as situações negativas imaginadas pela mente mortal, temos, em vez disso, de substituir essas imagens errôneas por uma visão correta, conforme ensinado na Ciência Cristã, ou seja, o poder total de Deus, e o fato de todos estarem verdadeiramente sob o Seu controle. Quando o poder da Verdade e do Amor é compreendido, fica comprovado que a mente mortal não tem nenhum poder.

O estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde nos ajuda a constatar essa fortaleza protetora da Verdade e do Amor em nossa vida. A Verdade e o Amor fornecem as armas e o escudo espirituais, que estão disponíveis a todos.

“Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estais completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie. E não só vós estais protegidos, mas também todos aqueles sobre os quais repousam vossos pensamentos, são dessa forma beneficiados” (Mary Baker Eddy, The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 210).

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