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Original para a Internet

O exemplo do Cristo: reflexo e cura

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 20 de julho de 2020


Na busca de compreensão a respeito da nossa verdadeira identidade, logo aprendemos, na Ciência Cristã, que o homem é em realidade o reflexo de Deus. Mas o que significa isso para nós? As respostas que esclarecem e iluminam esse fato se encontram nas palavras e no exemplo de Cristo Jesus.

Jesus possuía um senso divinamente puro de seu relacionamento com o Pai, e se mantinha sempre firmemente consciente desse fato. Sua sublime metafísica cristã torna muito nítido o que significa dizer que o homem é o reflexo de Deus. Com discernimento divino, ele afirmava esse relacionamento espiritual em termos que captavam a verdade absoluta em relação ao existir, embora fossem tão simples que ele podia usá-los tanto para ensinar seus discípulos como para responder àqueles que o atacavam.

Para os fariseus, ele disse: “eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou” (João 8:42). Conforme a The New English Bible [A Nova Bíblia Inglesa]: “…Deus é a origem do meu existir, e é dEle que eu venho”.

É importante compreender que as palavras do Salvador, “eu vim de Deus”, não significavam que ele tivesse se separado do Pai. Como ele mesmo disse: “…aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada” (João 8:29).

Repetidamente, quando Jesus usava a palavra “eu” em tais afirmações, estava se identificando com o Cristo. O Cristo, ao manifestar à humanidade a verdade eterna a respeito do existir, revela que o homem é um com Deus. O Cristo traz à nossa percepção a realidade de que o homem reflete a natureza de Deus. Nessa compreensão, encontramos a nossa própria identidade real. E também a cura, como Jesus o comprovou.

A exatidão do reflexo

Um dos pontos fundamentais sobre a questão do reflexo, na Ciência, é a exatidão. Em cada ponto e de todas as maneiras a imagem refletida, o homem, coincide exatamente com sua fonte, a Vida, a Mente, o Amor.

Como Cristo Jesus afirmou: “…o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz. Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz … Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (João 5:19, 20, 26).

Existe uma correlação exata entre essa explicação inspirada a respeito do original e do reflexo, e o exemplo dado por Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Teu reflexo no espelho é tua própria imagem ou semelhança. Se levantas um peso, teu reflexo faz o mesmo. Se falas, os lábios dessa semelhança se movem de acordo com os teus. Agora, compara o homem diante do espelho com seu Princípio divino, Deus. Denomina o espelho Ciência divina e, o homem, denomina reflexo. Depois, nota como, de acordo com a Ciência Cristã, o reflexo é fiel ao seu original. Assim como teu reflexo aparece no espelho, assim também tu, sendo espiritual, és o reflexo de Deus” (pp. 515–516).

O reflexo nunca é diferente de seu original. Qualquer suposta diferença — que leve para o pecado ou para a doença, para a escuridão ou para a deterioração, para a ação destrutiva ou para a morte — é impossível na realidade do reflexo divino. O que quer que apresente tal imagem do homem é uma ilusão — uma mentira, totalmente irreal, um mito, um sonho ilusório.

Na Ciência, o homem reflete sempre a harmonia, a substância e a imortalidade da natureza divina e do que Deus é. Ele inclui e expressa todos os atributos e o poder que pertencem ao seu Pai perfeito, Deus. O homem não inclui e não expressa nada — nem um único átomo, pensamento ou condição — que seja, ainda que de mínima forma, diferente da natureza de Deus, o Espírito.

A compreensão dessa verdade é restauradora, porque deixa de fora tudo o que é catalogado como pecado, doença e morte. Essa compreensão destrói o medo. Expulsa o sofrimento. Elimina a carência. Nenhum desses itens ocupa espaço no Deus infinito e perfeito; tampouco podem eles ocupar espaço no Seu reflexo, o homem. A compreensão dessa verdade, por meio da oração profunda e sincera, restaura o senso do existir harmonioso que expressa a Deus, restaura a nossa percepção da nossa própria identidade real. O resultado é a cura.

O reflexo é completo

Outra característica fundamental do reflexo é ele ser completo. Deus é um e uno, e Se expressa a Si mesmo, e nessa expressão o homem reflete toda a ação, toda a inteligência, toda a substância do seu Criador. A imagem refletida manifesta todas as qualidades, elementos e atributos do seu original — e só manifesta esses atributos.

Como reflexo, a imagem é tão completa como seu original. Nas palavras já citadas de Cristo Jesus: “Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz”. Tudo o que Deus expressa pertence ao Seu reflexo, o homem verdadeiro. A infinitude do Amor, sempre se derramando e se manifestando, os recursos ilimitados da Alma, as energias inesgotáveis da Vida, o alcance sem medida da inteligência divina — todas essas são manifestações do Ser infinito; e o homem, como reflexo de Deus, expressa todas elas. 

Assim, o homem, na expressão completa da sua própria individualidade, reflete a plenitude e a perfeição da natureza divina, que não inclui nenhuma qualidade, nenhuma característica, nenhum elemento que não esteja no original. Para o homem não há possibilidade de ser incompleto ou de que lhe falte algo, porque não existe nenhuma possibilidade de que Deus seja incompleto ou de que Lhe falte algo. Não pode haver nenhuma perda, carência ou solidão para o homem, porque não há nenhuma perda, carência ou solidão no Ser infinito que o homem reflete.

O fato de que a Mente é completa e infinita exclui a possibilidade de existir qualquer outra coisa além da própria Mente e seu reflexo. Nenhum medo pode invadir o existir do homem, porque não existe nenhum medo na Mente. Nenhuma força destrutiva pode tocar o homem, porque nenhuma força destrutiva existe na Vida imutável. O existir divino preenche todo o espaço, porque Deus é ilimitável.

O reflexo é completo e infinito, manifestando a natureza do Tudo-em-tudo. O efeito dessa verdade, na medida em que ela prevalece na consciência humana, é excluir qualquer evidência de limitação, mortalidade ou qualquer outro mal, e restaurar, para a nossa compreensão, a evidência da totalidade e perfeição do homem. Essa evidência é a cura.

Consciência e reflexo

Ainda outra parte essencial do reflexo: a consciência. Cristo Jesus explicou isso em termos muito profundos, embora com muita simplicidade, quando disse: “…assim como o Pai me conhece a mim, …eu conheço o Pai…” (João 10:15). 

Deus é o Ser consciente de Si mesmo; portanto, nós O conhecemos como a Mente divina, o Ego divino. O Ego divino, Deus, conhece Seu próprio reflexo consciente, por isso, a manifestação ou reflexo, o homem, reflete esse conhecimento consciente. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy assim descreve o homem: “...a consciente identidade do existir, como mostra a Ciência, na qual o homem é a reflexão, o reflexo, de Deus, ou seja, da Mente, e portanto é eterno; …” (p. 475). 

Dessa forma, uma reflexão, ou um reflexo, é algo que pertence à consciência; de fato, a própria essência da reflexão, ou do reflexo, é a consciência. No uso corrente, a palavra “reflexão” ou “reflexo”, às vezes se refere à contemplação do conteúdo da nossa própria mente, ou dos nossos próprios processos mentais. Assim, na metafísica cristã, a reflexão, o reflexo, refere-se à Mente infinita contemplando o seu próprio conteúdo. A Mente conhece o seu próprio reflexo; e esse reflexo, o homem, é a evidência desse conhecimento divino.

Tendo em vista que esse fato é verdadeiro, o existir consciente do homem está preenchido com a luz de Deus. Foi exatamente o que Jesus deu a entender, quando disse: “…Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso…” (Mateus 6:22). Essa consciência espiritual individualizada é o todo do homem.

Podemos aplicar essa compreensão na demonstração da Ciência Cristã. Na Ciência do reflexo, não há inconsciência, subconsciência, ou consciência subliminar no homem. Há somente a pura luz e a glória, a inocência imaculada e a pureza divina do eterno meio-dia da Alma, manifestado como o existir consciente do homem.

Visto que o homem reflete fielmente o Ego divino, a Mente — em cada aspecto e em cada detalhe do seu existir em conformidade com a natureza de Deus — não pode haver nenhum mal na natureza do homem. Essa verdade, compreendida, age como lei espiritual para governar todo o nosso existir. Por meio do poder do Cristo, que alcança toda a humanidade, essa lei celestial — de que o homem tem consciência de ser bom e perfeito — age no pensamento humano para dissipar os pesadelos do senso mortal e da ilusão do mal. Age como uma lei de recuperação, uma lei de cura, uma lei de preservação, uma lei de progresso.

Podemos recorrer a essa verdade em todos os sentidos. Essa verdade põe a descoberto e desarraiga a causa mental invisível do que parece ser uma doença crônica, e nos capacita para ficar livres de traços malévolos e de impulsos ofensivos.

Visto que essa verdade quanto à reflexão, ao reflexo, é em realidade a lei universal e abrangente do Princípio, ou da Mente, que se expressam por si mesmos, podemos utilizar essa lei para corrigir quaisquer conceitos que possamos ter a respeito dos outros, quando estes pareçam estar governados pela raiva ou pela sensualidade, pelo apego ao ego ou pela vontade humana descontrolada.

Essa mesma linha de raciocínio espiritual nos permite ajudar a anular a maldição ou a mentira mortal que paira sobre as nações, sugerindo que a humanidade seja basicamente tanto má como boa, tanto animal como espiritual e, portanto, condenada a se destruir a si própria por meio da desintegração social ou da guerra nuclear.

Na Ciência do reflexo, exemplificada por Cristo Jesus, o homem é o reflexo divinamente iluminado da Vida e do Amor infinitos. A natureza do homem é boa e o seu existir é imortal. Ele habita no Pai, e todos os atributos do bem, atributos do Pai, também habitam nele. A revelação da metafísica do Cristo, elucidada na Ciência Cristã, está nos permitindo comprovar em grau crescente o poder dessa verdade salvadora, que resgata tanto a nós, como também a toda a humanidade.

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