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Original para a Internet

Prognósticos: o controle é nosso

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 25 de maio de 2020


Nós temos o controle do jogo. Surpreso com essas palavras? Você não é o único. Visto que as previsões a respeito do que está por vir, na pandemia do vírus COVID-19, ficam cada vez mais assustadoras, muitos talvez não sintam que têm o controle da situação, pelo contrário, talvez fiquem com medo e tenham até mesmo a sensação de desamparo. O modelo, que a ciência material apresenta nos noticiários, certamente parece convincente e assustador quanto ao que o futuro nos reserva.

Mas, eis aqui algo que estou aprendendo. Não estamos sem recursos. Uma manchete recente diz: “Como a pandemia poderia se apresentar”, esse é um lembrete de que não importa quão terrível pareça a previsão, ela é apenas um poderia, ou seja, uma série de suposições. Elas são apenas “estimativas” do que poderia acontecer, com base no que conhecemos até agora. Mas, procuram ver o futuro, portanto, não são uma certeza inquestionável. Elas podem mudar. Então, é aí que nós entramos.

Ao redor do mundo, as pessoas estão adotando o isolamento social, na esperança de reverter os atuais prognósticos. Mas, existe algo mais que cada um de nós pode fazer, algo que vai além de tomar precauções humanas.

Ao estudar dois livros muito importantes, a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, eu aprendi como é poderoso o modo correto de pensar, fundamentado em fatos espirituais, para nos ajudar a enfrentar tanto as preocupações atuais quanto o medo do futuro. Esses fatos espirituais não se baseiam naquilo que percebemos com os cinco sentidos físicos, mas sim, no que é verdade a respeito de Deus e do universo criado por Ele. Minhas orações me ajudaram a compreender mais profundamente quais são esses fatos, e como eles podem ser aplicados na prática.

Em poucas palavras, um desses fatos espirituais é que Deus é o bem supremo e infinito. Portanto, tudo o que Deus criou também tem de ser bom. Ciência e Saúde afirma: “Tudo o que está feito é a obra de Deus, e tudo é bom” (p. 521). Segue-se, então, que algo desarmonioso não poderia ser verdadeiramente real e nós podemos rejeitá-lo, com base no claro reconhecimento daquilo que é realmente verdadeiro. Ao abrirmos nosso pensamento em oração à absoluta realidade de Deus, percebemos a presença tangível de Seu bem. Isso dissipa qualquer medo que possamos sentir diante até mesmo das mais assustadoras previsões.

Vários amigos meus, que são Cientistas Cristãos e vivem na Austrália, oraram dessa maneira durante os incêndios que estavam devastando o país, no início deste ano. O Instituto de Meteorologia dissera que não haveria chuvas expressivas até maio e, no início de janeiro, manchetes como esta apareciam com frequência nos noticiários: “Os implacáveis incêndios da Austrália não dão sinais de que vão ter fim” (Jessie Yeung, cnn.com, 13 de janeiro de 2020). Entretanto, menos de um mês depois, “em Sidney e arredores, ocorreram as chuvas mais pesadas e prolongadas dos últimos trinta anos” (Michelle Gooden-Jones: “A chuva pode extinguir os incêndios da Austrália até o final da semana”, nbcnews.com, 11 de fevereiro de 2020), e a seguinte manchete anunciou: “As autoridades da Nova Gales do Sul, na Austrália, comemoram: ‘todos os incêndios estão agora sob controle’ ” (Bill Chappell, npr.org, 13 de fevereiro de 2020).

As previsões tinham sido ininterruptamente negativas. O que poderia ter revertido o terrível prognóstico? 

Embora essa reviravolta possa parecer inexplicável, muitas pessoas ao redor do mundo haviam orado para que essa horrível devastação chegasse ao fim. Eis aqui como uma de minhas amigas, na Austrália, enfrentou aquelas previsões.

Ela me explicou que compreendeu que Deus, o Amor divino, é infinito. Também, que o Amor de Deus por toda a criação, por ser infinito, era certamente poderoso o bastante para cuidar de qualquer situação, não importa quão enorme a escala ou quão catastrófica ela parecesse. Suas orações se basearam nos fatos espirituais, não naquilo que os sentidos físicos dizem sobre o presente ou o futuro. Na medida em que ficava cada vez mais claro para ela que Deus realmente estava no controle da situação, ela foi se sentindo mais em paz, e as previsões perderam o poder de alarmá-la. Ela vislumbrara algo daquilo que é espiritualmente real. Regozijou-se com todos os demais, quando três dias de pesadas chuvas, meses antes do previsto, extinguiram a maioria dos incêndios e reabasteceram as nascentes que estavam meio secas.

Tal como provou minha amiga na Austrália, as previsões podem realmente ser úteis, porque apontam aquilo que devemos especificamente corrigir em nossas orações. Ao orarmos, podemos declarar que tudo o que é claramente oposto ao bem tem de ser destituído de poder. Então, percebemos a diminuição da influência hipnótica do medo, que permeia as terríveis previsões. Em vez disso, podemos aceitar a presença e o poder de Deus ali mesmo, onde uma crise parece estar eclodindo, com incêndios destrutivos ou com previsões de uma doença contagiosa. Aplicar essa perspectiva espiritual à situação pode ajudar e curar.

Nós temos o controle do jogo. Quando ouvimos previsões de desastres, podemos fazer algo a esse respeito. Podemos recuar mentalmente do drama emocional que está sendo previsto, e reconhecer que essas previsões, não importa quão terríveis sejam, não são uma conclusão incontestável. Elas são apenas uma “estimativa” que sempre pode ceder a um resultado muito melhor, como ocorreu na Austrália.

As previsões do mal nunca predizem o que é espiritualmente verdadeiro, pois este é sempre bom. Saber isso nos capacita a fazer algo a respeito das previsões. Podemos desafiá-las, até mesmo revertê-las, com a oração que se baseia no reconhecimento do que é real.

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