Uma noite eu voltei do jantar, depois de ter praticado cross country, e tinha muitas lições de casa para fazer, o que era normal. Senti cansaço e notei sinais de dor de cabeça. Tirei uma soneca e quando acordei a dor de cabeça não havia passado, ao contrário, ela chegara a um ponto em que eu não tinha a certeza de que eu conseguiria orar por mim mesmo. Então, telefonei para um Praticista da Ciência Cristã e pedi ajuda por meio de oração.
O praticista disse que eu podia orar com os fatos espirituais a respeito de mim mesmo, por exemplo, que eu sou um filho perfeito de Deus e que sou puro, inocente e santo. O praticista lembrou-me que, devido a esses fatos espirituais, eu estava a salvo e nada poderia me atacar. Comecei a orar com essas ideias, mas senti que seria melhor passar a noite no setor de Enfermagem da Ciência Cristã, na faculdade. Liguei para os enfermeiros da Ciência Cristã e passei a noite lá.
Depois de uma noite sem sossego, acordei febril, parecia que eu estava com sintomas de varicela e, portanto, não poderia voltar ao meu dormitório (em obediência às leis de saúde pública referentes à suspeita de doença contagiosa). Não posso dizer que eu estivesse afirmando minha identidade espiritual como filho de Deus, embora soubesse que fazendo isso eu poderia me curar. O magnetismo animal, a falsa crença de que haja um poder agindo contra nossa união com Deus, parecia muito agressivo. A essa altura, eu estava permitindo que essa crença falsa entrasse no meu pensamento, e praticamente só esperava que o problema cedesse por si só.
Os sintomas persistiram e se tornaram mais incômodos. Os enfermeiros da Ciência Cristã me traziam as refeições e me ajudavam para que eu me sentisse confortável e bem cuidado. Enquanto isso, ainda estava tendo o apoio do Praticista da Ciência Cristã, que continuava a orar por mim, dando-me ideias e passagens para eu estudar, extraídas da Bíblia e do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy.
Aos poucos, fiquei mais receptivo e menos indiferente à verdade que cura. A passagem de Ciência e Saúde, que engloba o que eu estava sentindo, é esta: “As duras experiências provenientes da crença na suposta vida da matéria, bem como nossos desenganos e sofrimentos incessantes, levam-nos, como crianças cansadas, aos braços do Amor divino” (p. 322). Eu ficara tão cansado e frustrado com aquela espécie de confiança morna em Deus, que realmente “entreguei tudo a Deus” e deixei de lado a vontade humana.
A partir desse momento, comecei a estudar com afinco o pastor da Ciência Cristã, a Bíblia e o livro Ciência e Saúde, para entender com mais clareza que eu reflito a Deus. Também me deparei com um artigo do The Christian Science Journal, de janeiro de 1916, intitulado “A lei divina de ajustamento”, de Adam H. Dickey, estudante da Ciência Cristã e um dos primeiros trabalhadores no movimento da Ciência Cristã. As primeiras frases desse artigo foram para mim muito poderosas. Elas me ajudaram a entender que a lei divina governa a minha vida: “O homem vive por decreto divino. Ele é criado, governado, sustentado e controlado de acordo com a lei de Deus”. Comecei a compreender mais claramente que eu vivo exclusivamente de acordo com a lei de Deus, e não estou sujeito a nenhuma interferência material. Não posso ser influenciado por nada a não ser por Deus, o bem. Imediatamente, comecei a sentir conforto, tanto mental quanto físico. Naquela noite, dormi profunda e completamente a noite inteira.
Continuei a manter contato com o Praticista da Ciência Cristã e a ouvir a Deus sobre o que precisava ser tratado no meu pensamento. Disseram-me que eu tinha de estar livre de todos os indícios da doença, antes de poder deixar aquele local. Embora, a essa altura, eu me sentisse completamente bem, tendo melhorado muito mais rápido do que é comumente esperado dessa doença, disseram que o corpo precisava apresentar total normalidade e saúde, antes de poder voltar às aulas. Orei para compreender que minha cura era completa porque, eu entendi, minha identidade espiritual sempre estivera intacta no reino de Deus.
Meus pais e outros familiares viriam visitar o campus, e eu não tinha a certeza de que pudesse passar o tão esperado fim de semana com eles. Na manhã em que minha família iria chegar, eu acabara de falar com o praticista e logo depois uma enfermeira da Ciência Cristã entrou no meu quarto. Ela havia telefonado para a secretaria municipal de saúde pública e informado sobre meu estado atual. Eles disseram que eu estava liberado para voltar ao convívio com os outros.
Essa cura foi uma manifestação vívida do cuidado de Deus. Sou muito grato pelo poder do amor divino e à Sra. Eddy por nos trazer essa maravilhosa descoberta da Ciência Cristã, que tem tão profundo efeito em minha vida!
Connor D’Amico
Norwalk, Connecticut, EUA
