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Original para a Internet

Uma ex-ativista fala de novas perspectivas sobre as ações que ajudam

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 6 de julho de 2020


No atual clima político — nos Estados Unidos e em muitas outras partes do mundo — o ativismo está recebendo muita atenção. Como alguém que durante muito tempo se identificou como ativista, mas agora é estudante da Ciência Cristã, penso bastante sobre “ativismo”, partindo de uma perspectiva espiritual.

Da forma como eu compreendo as definições comuns de ativista e ativismo, é fundamental a tomada de medidas que promovem a justiça e a reforma. Admiro muitas pessoas que, ao longo da história, realizaram obras nobres, notáveis, e corajosamente tomaram posição a favor de questões humanitárias, tais como a igualdade de direitos para todos.

Desde que me tornei estudante da Ciência Cristã, aprendi que existem diferenças importantes entre o senso humano a respeito das coisas e uma compreensão espiritual sobre o ativismo e a justiça. É crucial distinguir claramente entre os dois pontos da seguinte questão: achamos que nós somos a fonte do bem que podemos fazer, ou vemos que essa fonte é Deus? Será que compreendemos, a cada momento, que é Deus quem nos dá a todos a sabedoria, a justiça e a capacidade de agir? Será que recorremos humildemente a Deus em oração, antes de tomar qualquer decisão ou iniciativa? Ou será que acreditamos ter uma mente humana, vontade e poder próprios, separados de Deus?

Durante minha carreira, ser “ativista” era um ponto importante na forma de eu me identificar como profissional, tanto no sentido mais comum como em um sentido mais voluntarioso. Quando comecei a estudar a Ciência Cristã, por alguns anos refleti intensamente sobre muitas coisas, especialmente sobre a minha identidade. Às vezes, sentia-me como se tivesse perdido todo o senso de minha identidade pessoal. Mas o que eu estava fazendo era renunciar ao meu senso de ser um mortal com vontade humana, a fim de alcançar uma compreensão mais clara e mais humilde a respeito da minha indentidade espiritual. Também gostei de ver que essa forma de renúncia não nos enfraquece e, de forma alguma, nos diminui. Em vez disso, faz exatamente o contrário.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, escreve sobre o efeito fortalecedor e o crescimento espiritual que nos sobrevêm quando entendemos melhor o que é a nossa identidade. Ela explica: “Esse senso científico do existir, que abandona a matéria pelo Espírito, não sugere de modo algum a absorção do homem na Deidade nem a perda de sua identidade, mas proporciona ao homem uma individualidade mais ampla, uma esfera mais extensa de pensamento e de ação, um amor de maior alcance, uma paz mais elevada e mais permanente” (p. 265).

Em meu estudo da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy, também gostei de encontrar histórias de pessoas que desafiaram o pensamento dominante de sua época e tiveram força para enfrentar as injustiças. Os personagens que aparecem na Bíblia, tais como Moisés, Elias, Cristo Jesus e os discípulos foram exemplos notáveis. Mas o que mais percebi nessas histórias, e o que comecei a pôr em prática de maneira mais diligente, foi a forte confiança em Deus e o modo como esses personagens se sentiam muito próximos a Deus — em outras palavras: a humildade. As histórias de ativismo radical foram incrivelmente inspiradoras para mim, e pude constatar que todas as ações tinham uma fonte divina.

Desejando seguir mais de perto os exemplos dos personagens que encontrei na Bíblia, estudei o que a Sra. Eddy diz, em seus escritos, sobre a humildade. Um artigo que me foi especialmente útil, em Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, intitulado “O Caminho”, declara que a humildade “triunfa sobre a carne” (p. 356). A Sra. Eddy também explica: “Jamais podemos elevar-nos, sem que tenhamos baixado a opinião que temos de nós mesmos”. Essas palavras, para mim, queriam dizer que antes de decidir sobre qualquer ação, eu precisava compreender mais profundamente que sou um com Deus, porque sou Seu reflexo, Sua reflexão, ou seja, é Deus quem me governa e me impele a agir, e meu trabalho é ouvir e obedecer.

Essa compreensão resultou em uma contínua rendição da vontade do ego, e em que eu orasse antes e durante a tomada de medidas apropriadas. Muitas vezes tenho orado a Deus, pedindo ajuda para ceder ao que é certo, assegurando-me de que não estou agindo de acordo com interesses próprios, e de que estou disposta a fazer tudo o que vier ajudar e trazer cura. Então, espero antes de tomar uma decisão, até eu ter um forte senso de justiça e convicção, e a confiança de que meu pensamento cedeu a Deus.

Isso não significa que eu tenha acertado todas as vezes. Mas, quando reconheço que dei um passo em falso, eu simplesmente oro para ouvir mais, e confio no efeito do governo de Deus em minha vida, o qual irá ajustar todas as coisas e me ajudará a corrigir o curso de minhas ações.

Quais foram os resultados de eu adquirir uma nova compreensão? No que diz respeito à tomada de medidas, deixei-me ser guiada a entrar e a sair de vários empregos ao longo do caminho. Por vezes, dei passos importantes em meu trabalho, antes mesmo de saber por quê esses passos seriam benéficos para mim ou para os outros. Não faz muito tempo eu até deixei, sem olhar para trás, uma carreira que já durava dez anos, em uma área de trabalho em que eu estava profundamente interessada, unicamente para seguir uma nova orientação, que me parecia mais progressista e mais correta.

Várias declarações na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy, as quais descrevem o relacionamento entre Deus e o homem, têm me dado muito apoio. Cristo Jesus declarou a sua total dependência de Deus: “Eu nada posso fazer de mim mesmo…” (João 5:30) e “…o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (João 5:19). O apóstolo Paulo escreve de forma muito clara que somos a “geração” de Deus (ver Atos 17:28, 29).

A Sra. Eddy descreve que o papel do homem é ser “o humilde servo da Mente que descansa” (ver Ciência e Saúde, p. 119). Ela fala de si mesma como uma “escriba sob ordens”, ao escrever suas obras a respeito da Ciência Cristã (Miscellaneous Writings, p. 311). Ela também nos aconselha: “Todos os servos de Deus são homens e mulheres alertas, de prontidão. Como na antiguidade, estou pronta, com as sandálias nos pés e o cajado na mão, aguardando a palavra de ordem e a revelação sobre o quê, como e para onde. Sejamos fiéis e obedientes, e Deus fará o resto” (Ibidem, p. 158).

Todas essas declarações significaram para mim que, por sermos o reflexo de Deus, somos impelidos a agir de acordo com a sabedoria dEle; que nosso papel é ouvir e obedecer. Com essa nova compreensão a respeito da identidade espiritual do homem e do seu relacionamente com Deus, abandonei o rótulo humano de “ativista”, e agora reconheço que somos “ativados” espiritualmente por Deus. Ciência e Saúde diz: “Se a ação procede da Mente divina, a ação é harmoniosa” (p. 239). Isso explica a importância de fundamentar nossas ações — nosso trabalho diário e nossas decisões — na oração, e em ceder a Deus a cada passo do caminho. Com esse fundamento na oração, e com plena confiança, podemos esperar que aquilo que estivermos inspirados a fazer, seja o que for, contribuirá de forma significativa para a justiça, a saúde e a harmonia, tanto para os outros como para nós.

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