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Original para a Internet

A Verdade derrota o crime

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 2 de setembro de 2021


A Ciência Cristã ensina que há uma única Mente, o bem infinito, e que não há nenhum outro poder além dessa Mente. Ensina também que o homem, quer individual quer coletivamente, é o reflexo dessa Mente, e declara que só essa Mente criou o universo e o controla.

A Ciência Cristã também detecta e denuncia as falsas crenças do pensamento humano e mostra que são erros a serem desmascarados e derrotados pela Verdade. A Ciência também diz a verdade a respeito do erro, demonstrando assim sua nulidade como um suposto poder oposto a Deus. Ao fazer isso, a Ciência Cristã segue os ensinamentos de Jesus, e capacita seus seguidores a compreenderem as palavras do Mestre, imitarem suas poderosas obras e compreenderem sua ressurreição.

A Sra. Eddy escreveu que, se quisermos provar cientificamente a irrealidade do mal, primeiro temos de detectar a alegação do pecado, e em seguida anulá-la. Ao ponderarmos essa importante questão, devemos recorrer às palavras de Jesus, que nunca foi vítima do mal, mas que venceu o erro sob todas as suas formas. No oitavo e no décimo capítulos do Evangelho de João, Jesus se refere ao mal como mentiroso, ladrão e assassino. Esses termos identificam o mal como um criminoso. Em Ciência e Saúde, na página 105, nossa Líder declara que a mente mortal “é a criminosa em todos os casos”.

As fases da crença que parecem estar incluídas no termo “criminalidade” são: conspiração, desdobramento de um plano maligno e o escapar à justiça por atribuir o crime a um inocente. O erro, desde o começo, vem afirmando sua inocência e tentando atribuir a Deus os aspectos do mentiroso e do assassino. Mas o erro não pode fugir da justiça divina, porque a marca da besta está na sua testa. Essa marca não pode ser apagada nem transferida à divindade. O pecador é a mente mortal, e nós não podemos remover as sinalizações de Deus.

Os termos “invasão” e “intrusão” estão também associados à palavra “crime”. A intrusão implica na usurpação de “privilégios, direitos ou similares, pertencentes a outrem”, enquanto a invasão pode ser definida como “entrar com força armada e com intenção hostil”. Será que essas definições não se aplicam tanto ao pecado como à doença, em todas as suas formas?

Qualquer tentativa de invasão da nossa consciência pelo medo, pecado, desânimo ou por outra crença maligna, é um crime de intrusão mental. Isso é evitado, quando sabemos que a consciência real habita na Mente divina, onde o erro nunca entra. A atividade constante do bem na consciência não deixa nenhuma oportunidade para o erro ali permanecer. À medida que a nulidade da mente carnal é claramente discernida, fica comprovada a impotência das alegações da sugestão mental agressiva e do magnetismo animal intencional. Isso está realmente ocorrendo na experiência de todos os que aplicam honestamente os ensinamentos da Ciência Cristã no dia a dia.

Pode-se dizer que todas as alegações de que o erro tenha poder entram na categoria de crime. Em todos os casos, o crime é a negação do fato de que o Espírito é Tudo, e constitui o sofrimento que essa negação traz a quem quer que aceite a mentira. Nenhuma comunidade que abrigue um criminoso é segura. Será que protegeríamos um assassino em nossa casa? Então, quanto mais deveríamos negar espaço, em nossa consciência, ao pensamento agressivo e destrutivo!

Nossa Líder nos adverte para estarmos sempre alerta contra as falsas crenças, assim como estaríamos vigilantes para nos proteger contra a aproximação de assassinos e ladrões. Quando aquele que pensa e age corretamente enfrenta problemas no pensamento ou no corpo, ele deve despertar para anular o erro já nas fases incipientes do crime, por saber que a onipresença e a ação da lei divina nunca permitem que o erro, sob qualquer forma, exista ou penetre no domínio da infinitude, que pertence a Deus.

Às vezes, ouvimos esta observação: “Isso é um crime!” com referência a uma pessoa de caráter amável vitimada por uma doença considerada incurável. É exatamente isso: um crime, em que o inocente é fadado ao sofrimento e o criminoso sai livre. Se o caso fosse tratado a partir desse ponto de vista, a mente carnal seria detida e entregue à justiça divina, o crime seria impedido, e o sofredor, libertado. Doença, pecado, pobreza, velhice e morte são os crimes da mente mortal. Cada alegação de que haja vida, substância e inteligência na matéria é um pecado contra Deus e contra a humanidade. Esses crimes só podem ser permanentemente eliminados pela atuação da lei divina na consciência humana.

Nas diversas épocas, todo o esforço para erradicar o crime, punindo e destruindo pessoas, não deu fim aos delitos. Não seria razoável, então, supor que o criminoso seja outro, que algo mais seja o mentiroso, o ladrão, o adúltero ou o assassino? Como é possível que a justiça cristã tenha perdido de vista a afirmação primordial de Jesus de que a mente mortal, “o valente”, é o que tem de ser amarrado? Visto que a mente mortal é o malfeitor, as crenças falsas são sempre os meios através dos quais o pecado é cometido. Então descartemos as falsas crenças, em vez de condenar pessoas ou grupos de pessoas.

À medida que compreendemos claramente tudo isso, deixamos de nos considerar uns aos outros como inimigos. Já não mais imaginamos precisar nos livrar de indivíduos ou de grupos de indivíduos que parecem ser uma ameaça para a harmonia. Deixamos de temer nossos semelhantes, e nós mesmos não mais pareceremos perigosos para eles. Ficará cada vez mais claro para todos os homens que o único agressor é a mente mortal, e que essa mente é apenas uma ilusão. Então os seus supostos atos de intrusão, invasão, fraude e destruição deixarão de ter o poder de nos prejudicar, e cessarão de parecer que estejam ocorrendo. Dessa forma, o erro irá finalmente para o seu nada inicial, à medida que a humanidade ceder ao reino da Verdade.

Por ser o mal irreal, ele não tem poder nem presença, não tem agente através do qual entrar na nossa experiência e nos roubar algo que tenha chegado a nós por meio da nossa obediência a Deus. O mal não tem o poder de invadir nosso direito de demonstrar continuamente o bem, não tem o poder de nos expulsar da nossa posição de constante desdobramento espiritual, nem de tomar posse de algo que nos serve ou que nos pertence de direito. Lembremo-nos frequentemente de que nossa compreensão espiritual, nossa capacidade de usá-la, e os resultados divinos que dela decorrem, estão “no esconderijo do Altíssimo”, seguros “à sombra do Onipotente”, e permanecerão após o fim de todo o erro, e por toda a eternidade. Aquilo que é criminoso é temporal. Aquilo que é espiritual é indestrutível. Por isso, a jornada humana, aliada à compreensão espiritual, é segura, desobstruída, firme, progressiva, vitoriosa.

A razão pela qual o crime parece prevalecer, hoje em dia, pode ser o fato de que a Ciência Cristã está pondo a descoberto como criminosa a natureza elementar da chamada mente mortal. Nossa Líder escreve em Ciência e Saúde (p. 102) que “os teares do crime” no pensamento mortal estão tecendo “tramas mais complicadas e sutis” nesses últimos dias; mas essas tramas são meramente as teias da ilusão, sem nenhum poder para atrair, ou segurar, ou prender o pensamento que está alerta para a nulidade do senso material e está equipado de compreensão espiritual. A Sra. Eddy diz que é a Verdade “que varre as teias de aranha da ilusão mortal” (Ibid., p. 403). Uma “teia de aranha” é a própria fragilidade. Ela não faz parte daquilo que lhe serve de base. Está presa apenas pelos mais finos fios, que o vento rasga facilmente; e a teia flutua para longe, para nunca mais voltar. A ação da lei de Deus rasga os fios da falsa crença e o erro se desvanece. 

À medida que a Ciência Cristã põe o erro a descoberto, sempre fica evidente que ele é irreal e, portanto, não precisamos temê-lo. Até que todas as fases do erro sejam postas a nu pela Verdade, o erro retém sua aparência de realidade. É bom que seja desmascarada plenamente a alegação de que o mal seja assustador, porque então sua mentira é silenciada pela compreensão a respeito da Mente única, Deus, o bem infinito. O Amor divino realiza essa revelação apenas à medida que o pensamento humano conhece suficientemente a Verdade, a ponto de discernir a irrealidade do erro e comprová-la. O Amor supre, ao indivíduo que busca a Deus, suficiente compreensão espiritual para demonstrar o nada da falsa crença desmascarada.

Lembremo-nos aqui do exemplo da prática da Ciência Cristã que a Sra. Eddy nos dá, começando na página 430 de Ciência e Saúde, cujo primeiro parágrafo tem como título marginal: “Processo em um tribunal mental”. É um caso de crime, de “conspiração infame” contra o “Homem Mortal”, caso esse que a Ciência Cristã põe a descoberto e cura. Na primeira parte do processo, o inocente “Homem Mortal” é acusado e julgado diante do “Tribunal do Erro”. Ali não há nenhuma defesa, e o “Juiz Medicina” pronuncia a sentença de morte. Nesse ponto, a Ciência Cristã assume a causa e apela ao “Tribunal do Espírito”. Como advogado da vítima, e tendo a Bíblia como “código supremo”, a Ciência Cristã fundamenta sua defesa nos fatos espirituais do relacionamento do homem com Deus, para reverter a sentença injusta do “Tribunal do Erro”. A Ciência Cristã exige a prisão do “Senso Pessoal” sob a acusação de “perjúrio, traição e conspiração contra os direitos e a vida do homem”.

Nesse processo, a Ciência Cristã detecta, põe a descoberto e denuncia a sutileza, a falsidade, a injustiça e a intenção assassina do “Senso Pessoal”. Repudia o testemunho dos sentidos, obtém a reversão da sentença do “Tribunal do Erro”, e a recomendação, por parte do Presidente do Supremo Tribunal, de que “as Leis Materiais de Saúde, o Mesmerismo, o Hipnotismo, a Feitiçaria Oriental e a Magia Esotérica sejam executados publicamente”. O caso se encerra com a libertação do “Homem Mortal” e a restauração de sua saúde e de sua liberdade. É feita justiça, e tudo o que parecia ter sido tirado da vítima inocente lhe é devolvido. A defesa da Ciência Cristã curou o doente no “tribunal da Verdade”. Isso pode ser cuidadosamente levado em consideração, em cada caso que chega à Ciência Cristã em busca de cura.

Também no julgamento de Jesus, a criminalidade da mente carnal é denunciada. Tivesse Jesus enfrentado a situação como um ataque pessoal, em que tivesse de se justificar, sua demonstração não teria sido realizada, e ele não teria tido a oportunidade de provar que o mal era impotente para prejudicá-lo. Ele deixou que o mal se revelasse na sua natureza elementar como uma suposta inimizade contra o bem. Em seguida, demonstrou que não existe tal poder ou realidade, na experiência humana ou divina.

Do início ao fim da carreira de Jesus, a mente carnal sempre apareceu como um suposto destruidor do emissário de Deus. Não foi Herodes o Grande, que reinava na época do nascimento de Jesus, ou Herodes Antipas, que estava em Jerusalém na época do julgamento de Jesus, nem Pilatos, ou Caifás, ou mesmo Judas, que foram os criminosos. Nem foram os sacerdotes ou a multidão os que queriam crucificá-lo, pois Jesus não se defendeu contra nenhum deles. Ele até chamou Judas de “amigo”. Ele deixou que a crença toda da mente mortal se dirigisse contra ele, a fim de que, ao ser desmascarada, pudesse ser vista e destruída. Os anjos encarregados de sua proteção durante a experiência terrena, não fizeram mal algum aos homens que o prenderam, mas libertaram Jesus das investidas da mortalidade e expuseram a nulidade da alegação do mal de que podia invadir sua experiência, alterar seu curso ou destruir sua identidade. Jesus ressuscitou triunfante do túmulo e, mais tarde, ascendeu à plenitude da Vida e do Amor infinitos.

É essencial que todo Cientista Cristão mantenha esses fatos em mente de maneira muito clara; que se lembre de que nenhum homem é seu inimigo, e de que ele não é o inimigo de ninguém; que a sua luta é contra a crença errônea e não contra pessoas; que é a lei divina que o livra do mal; que a sua defesa está em Deus; que ele sobreviverá a todas as tentativas do mal, e verá a natureza mortal ceder à natureza divina; e que também contemplará a realidade eterna do bem infinito.

A cada passo do caminho há anjos, divinas intuições que guardam e orientam o verdadeiro Cientista Cristão. Às vezes, esses anjos o escondem onde o senso material não consegue encontrá-lo. Outras vezes, eles o acompanham quando está face a face com sugestões malignas, e o mantêm incólume em meio à luta. De novo, esses anjos vêm ao Cientista Cristão na oração silenciosa e levantam seus olhos para ver as hostes do céu aliadas a seu favor. Finalmente, eles abrem o túmulo do senso material para libertar o pensamento aprisionado e abrir amplamente as portas da harmonia eterna, onde ele poderá entrar como o fiel seguidor da Verdade.

O caminho do Cientista Cristão não é perigoso, mas sim, seguro. Ele comprova a impotência e a irrealidade do mal, em todos os pontos. Não se torna vítima do crime mental, mas sim, demonstra a falsidade da criminalidade, do crime e do criminoso, em cada experiência. Ele constata a presença do céu em toda parte, o fato de que Deus, o bem, é Tudo. Não fica cansado na jornada, porque não tem de lutar contra uma entidade má, mas tem somente de conhecer a Deus, o bem onipotente. Aliás, durante toda sua vivência, ele compreende e ama aquele que nos mostrou o caminho, Jesus, assim como ama nossa Líder, pois eles traçaram o caminho reto e seguro, encurtaram o trajeto e o iluminaram totalmente com a luz divina. Não existe nada que impeça nosso rápido progresso rumo ao céu.

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