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Original para a Internet

De que lado você está argumentando?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 10 de maio de 2021


Todo estudante da Ciência Cristã sabe que esses ensinamentos lhe proporcionam uma nova maneira de pensar, uma nova perspectiva e um novo ponto de vista para o pensamento e a ação. 

Encontramos inspiração e alegria sublimes ao aprender as verdades absolutas a respeito do bem onipotente de Deus e do verdadeiro existir do homem como a ideia espiritual de Deus. É natural amarmos as grandiosas verdades do existir, e elas nos dão força, conforto e paz, que certamente nos vêm de maneira generosa e exuberante. 

No entanto, logo descobrimos que não podemos simplesmente desfrutar de uma felicidade eufórica, ao aceitar essas verdades apenas como teoria. Elas têm de ser vividas, ou seja, devemos torná-las práticas, a cada momento. Chegamos à conclusão de que nossos pensamentos e nossas constatações têm de ser testados pelo padrão da Ciência, o padrão da Verdade. Em outras palavras, compreendemos nossa necessidade de realmente enfrentar nossos próprios pensamentos. Então percebemos como é importante desafiar os pensamentos que batem à nossa porta mental, e aceitar somente aqueles que são bons e verdadeiros à luz da Ciência.

Várias vezes em seus escritos, nossa Líder, Mary Baker Eddy, salienta o quão vital é a escolha minuciosa de pensamentos, na cura metafísica. Por exemplo, ela escreve: “Os doentes inconscientemente argumentam a favor do sofrimento, em vez de contra ele. Admitem sua realidade, ao passo que deveriam negá-la. Deveriam argumentar contra o testemunho dos sentidos enganadores e afirmar a imortalidade do homem e sua semelhança eterna com Deus” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, pp. 394–395).

A Sra. Eddy nos mostra claramente que, argumentar a favor dos sintomas ou da aparência da doença, limitaria nossa capacidade de demonstrar o poder de cura da Mente; isso equivaleria a argumentar contra o nosso próprio sucesso na cura. Ela nos diz: “Tua influência para o bem depende do peso que colocas no prato certo da balança” (Ibidem, p. 192).

Aliás, a Ciência Cristã amplia a aplicação do nono mandamento: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo 20:16), a fim de fornecer um padrão espiritualmente científico de verdade e honestidade para todos os nossos pensamentos. A Sra. Eddy escreve: “ ‘Não dirás falso testemunho’; isto é, não proferirás uma mentira, quer seja mental ou audivelmente, nem te permitirás pensar nela”. Em seguida, referindo-se aos outros Mandamentos, inclusive a esse a que me referi, ela acrescenta: “A obediência a esses mandamentos é indispensável à saúde, à felicidade e à longevidade” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 67).

Para curar na Ciência Cristã precisamos argumentar vigorosamente a favor das verdades a respeito da onipotência de Deus e da integridade espiritual do homem, e negar a suposta realidade da doença e do pecado. Esse método de oração fervorosa — que reconhece sem reservas o poder e a totalidade de Deus como a Mente, o Amor e a Vida infinitos — abre o caminho para que as energias do Espírito tragam restauração ao sofredor, e para que um senso palpável da presença sustentadora do Amor faça com que a dor e o terror desapareçam.

Por outro lado, argumentar (mesmo que com boas intenções) em nome da suposta validade e atividade da doença, do pecado ou da morte, em suas múltiplas formas, constitui uma destrutiva prática mental errônea. Viola o mandamento: “Não dirás falso testemunho”.

A questão levantada aqui se aplica à saúde da nossa sociedade nacional e internacional, bem como à saúde das pessoas, individualmente. As previsões amplamente divulgadas de doenças, desastres e caos são uma espécie de prática mental errônea inconsciente — em especial sob as incessantes formas dramáticas tão prevalecentes hoje em dia nos meios de comunicação social. Se não houver nenhum tipo de resistência contra elas, elas tendem a se realizar por si mesmas; poderão ser no mínimo uma influência depressiva e geradora de medo, que tende a paralisar o pensamento corretivo, construtivo. A prevalência dessa atmosfera miasmática nos leva a ficar gratos pelo jornal The Christian Science Monitor, que consegue, de modo notável, relatar acontecimentos públicos de maneira realista, sem se entregar a previsões negativas. É motivo de gratidão, também, pela Ciência que nos mostra como lidar, por meio da oração, com pensamentos destrutivos.

Essa questão se aplica também à atividade da igreja. Se estivermos insatisfeitos com as decisões tomadas ou com a maneira como compreendemos que as coisas estão sendo feitas, será que não estamos argumentando (mais ou menos inconscientemente) em nome da realidade da inépcia, falta de sabedoria, ou perspectivas sombrias? Ou será que estamos orando sinceramente para compreender que existe apenas uma Mente única onipotente e que só essa Mente governa todas as coisas — incluindo “o reino dos homens”, tal como foi trazido à luz no quarto capítulo do livro de Daniel? Se acharmos que aqueles que nos rodeiam não estão aderindo ao padrão da Ciência, será que estamos gastando nosso tempo em críticas, ao invés de espiritualmente saber a verdade?

Desde que a Igreja de Cristo, Cientista, foi estabelecida, seus detratores estão sistematicamente prevendo sua ruína. Será que vamos nos juntar a esses prognosticadores e nos tornar testemunhas fortemente impulsionadas em favor de sugestões mentais agressivas de fracasso?

Às vezes, um trabalhador sincero poderá perguntar: “O que podemos fazer em uma situação em que um membro influente exerce pressão desagregadora, que divide a congregação?” Mesmo nesse caso, não seria ainda válida a convicção básica de todos os Cientistas Cristãos, a saber, que a oração silenciosa e espiritualmente científica é o meio mais eficaz de desmascarar e neutralizar as artimanhas do magnetismo animal, de resolver as desarmonias humanas, e assegurar o progresso e a cura?

Inquestionavelmente, é necessária muita coragem moral e espiritual para argumentar de maneira sincera a favor dos fatos espirituais do existir, quando todas as evidências dos “sentidos enganadores” nos impulsionam na direção oposta. Mas nosso Deus é um Deus vivo — o Amor que transborda de maneira irresistível — cuja influência sanadora e poderes de atração, sempre em aumento, mudam profundamente o ponto de vista do pensamento humano. A Sra. Eddy nos ajuda a demonstrar isso, ao escrever: “O meio de extrair o erro da mente mortal consiste em inundá-la com a verdade mediante torrentes de Amor” (Ciência e Saúde, p. 201). Quanto mais permitimos que essas “torrentes” prevaleçam em nossa consciência individual, de modo mais eficaz conseguiremos trazer a cura, para nós e para os outros.

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