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Original para a Internet

Sempre alerta

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 18 de fevereiro de 2021


Ao instruir seus discípulos pouco antes da crucificação, Cristo Jesus ordenou-lhes três vezes que “vigiassem” (ver Marcos 13:33–37). Ele insistia na grande necessidade de vigilância espiritual — era necessário que não adormecessem devido a influências sutis. A insistência de Jesus em vigiar ecoa por todo o Novo Testamento, indicando que a vigilância mental é um dos requisitos básicos dos verdadeiros seguidores de Jesus.

Qual é o significado exato de vigilância? Vigilância é o oposto de apatia, cansaço, sonolência, indiferença, embriaguez. Estar mentalmente alerta é permanecer sintonizado com Deus, ouvir sem cessar a voz do Cristo, não importa onde nos encontremos e o que estejamos fazendo. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy descreve o Cristo como “uma influência divina sempre presente na consciência humana” (p. xi), e mais adiante ela faz referência ao “cicio tranquilo e suave” (p. 323). Cada indivíduo pode ouvir a voz do Cristo, a Verdade, que lhe fala diretamente.

A Sra. Eddy sem dúvida considerava essencial essa vigilância ou estado de alerta para com o Cristo. Ela estabeleceu um Artigo no Estatuto da Igreja, intitulado “Vigilância quanto ao dever” (ver Manual dA Igreja Mãe, p. 42), que instrui cada membro a praticar diariamente a autodefesa mental.

A Bíblia nos oferece vários exemplos de pessoas que demonstraram esse estado de alerta ou de vigilância, como resultado da sua íntima conexão com Deus. Um deles é Noé. A Bíblia diz que “Noé andava com Deus” (Gênesis 6:9), o que sugere uma comunhão constante com o Criador. Por essa razão, era natural que Noé ouvisse o aviso e as instruções de Deus a respeito de uma devastadora inundação que viria em breve.

À primeira vista, o Deus do capítulo 6 do Gênesis, no qual essa história é narrada, parece um tirano destrutivo, que está tão desapontado com o comportamento pecaminoso da humanidade, que planeja aniquilá-la por meio de uma inundação catastrófica. Contudo, a partir de um ponto de vista metafísico, Deus é sinônimo de Amor divino e é, portanto, incapaz de manifestar raiva, desapontamento ou destruição. Esse ponto é sempre realçado em Ciência e Saúde. Por exemplo: “As manifestações do mal, que falsamente se apresentam como justiça divina, são denominadas nas Escrituras ‘a ira do Senhor’. Na realidade, demonstram a autodestruição do erro, ou seja, da matéria, e apontam para o oposto da matéria, a força e a permanência do Espírito” (p. 293).

Só uma mentalidade sempre alerta e vigilante poderia ter percebido o perigo iminente, como fez Noé, que percebeu que se tratava da autodestruição do mal. E a Sra. Eddy descreve esta previsão científica em Ciência e Saúde: “Familiarizar-nos com a Ciência do existir nos habilita a estar em comunhão mais completa com a Mente divina, a prever e predizer acontecimentos concernentes ao bem-estar universal, a ser divinamente inspirados — isto é, a alcançar a amplitude da Mente sem limites” (p. 84).

Quanto mais tomamos consciência da nossa união ininterrupta com a Mente divina, Deus, mais claramente ouvimos a direção e a orientação de Deus. É por meio da vigilância e do estado de alerta que exercemos essa percepção espiritual, que nos protege e salva. Quando estamos conscientes da realidade espiritual, estamos equipados para perceber e derrotar as ameaças e as alegações de qualquer coisa que pareça ser oposta ao bem. Assim, podemos prever, de maneira confiável, acontecimentos que não estejam de acordo com a natureza de Deus. Essa presciência divina nos protege de forma infalível e, até certo ponto, protege também àqueles que nos rodeiam.

Noé não só percebeu o perigo a tempo, como também discerniu o plano divino de resgate. Em mensagens angelicais vindas de Deus, Noé recebeu instruções concretas e meticulosas para a construção de um barco, que o abrigou, junto com toda a sua família, como também a numerosas espécies animais, durante a catástrofe.

As mensagens angelicais de Deus estão sempre nos transmitindo especificamente o que precisamos saber. Há alguns anos, desenvolvi o hábito de ficar mais atenta, mesmo antes e durante atividades tão simples como sair para fazer compras. Durante meses, eu também estivera orando, a partir do ponto de vista da Ciência Cristã, para combater o terrorismo mundial.

As mensagens angelicais de Deus estão sempre nos transmitindo especificamente o que precisamos saber.

Um dia, compreendi que precisava parar de dividir mentalmente o nosso assim chamado mundo material, em lugares “mais seguros” versus lugares “mais perigosos”. Em vez disso, eu tinha de me elevar inteiramente acima do conceito de segurança material, para a compreensão espiritual da segurança constante e confiável, independente do tempo e do espaço.

Quando passei a orar dessa forma, despertei para o reconhecimento surpreendente de que não há um único lugar no mundo que seja seguro de maneira perfeita e infalível, a menos que nos mantenhamos alertas às mensagens angelicais de Deus. A proteção e a segurança vêm de Deus, não das circunstâncias materiais. Sentir-se seguro, quando o perigo se aproxima, pode ser fatal. Esse senso falso e traiçoeiro de segurança é descrito assim em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Escritos], de autoria da Sra. Eddy: “O magnetismo animal fomenta a desconfiança e a suspeita onde é devida a honra, o medo quando a coragem deveria ser mais forte, a confiança naquilo que deveria ser evitado, a crença de haver segurança onde existe o maior perigo; …” (p. 211). A verdadeira vigilância científica transmite paz, enquanto ao mesmo tempo nos alerta de maneira específica para o perigo iminente.  

Uma noite, ao orar usando essas ideias, senti a certeza da proteção de Deus, independentemente de onde eu estivesse no mundo. Ficou claro para mim que, mesmo se um ataque terrorista acontecesse exatamente em frente à minha casa, minha família e eu estaríamos completamente a salvo. Esses pensamentos me pareceram estranhos, porque a região onde eu vivia naquela época era segura e pacífica.

O que eu não sabia era que, conforme os noticiários relataram mais tarde, um islamista radical, agindo por conta própria, estivera fazendo planos para um ataque exatamente onde vivíamos. Mas as mensagens angelicais de Deus estavam contrariando esse plano brutal. Embora o ato cruel não tenha sido totalmente evitado, o ataque a uma mercearia foi interrompido de repente, pela intervenção de três corajosos muçulmanos, que mais tarde foram homenageados como os “Heróis de Barmbek”. De maneira abnegada e altruísta, eles arriscaram a própria vida em favor da vida dos outros. Essa intervenção foi uma poderosa manifestação de amor isento de ego.

Exatamente antes do ataque, eu havia planejado fazer compras naquele supermercado, que ficava cerca de duzentos metros da nossa casa. No entanto, fiz uma pausa por um momento, para ouvir a orientação divina. Logo a seguir, ouvi a voz do Cristo, falando-me mentalmente: “Volta para o teu apartamento e faz de novo a ‘Oração Diária’ ”. Obedeci e me dediquei a pensar na “Oração Diária” conforme consta do Manual da Igreja: “ ‘Venha o Teu reino’; estabeleça-se em mim o reino da Verdade, da Vida e do Amor divinos, eliminando de mim todo o pecado: e que a Tua Palavra enriqueça os afetos de toda a humanidade, e a governe!” (p. 41).

Apenas alguns minutos mais tarde, ouvi sirenes e um helicóptero sobrevoando a região. Amigos preocupados começaram a telefonar e a perguntar se estávamos todos bem — eles tinham visto nos noticiários as cenas do ataque.

Por eu ter dado atenção de forma clara e atuante às mensagens angelicais de Deus, minha família e eu havíamos sido protegidos, e possivelmente isso tenha até ajudado a reduzir os efeitos do ataque. As últimas linhas da “Oração Diária” atestam a poderosa influência do Amor divino sobre toda a humanidade.

Podemos estar conscientes, neste exato momento, da onipotência e do poder protetor de Deus. Se estivermos habituados a ser guiados, total ou parcialmente, pela nossa própria agenda, tal mudança de consciência, ou seja, da letargia mental para o estado de alerta ativo, semelhante ao de Noé, pode exigir uma transformação profunda, ou uma mudança de atitude. Quanto mais nos desprendermos da vontade do ego, melhor ouviremos a clara orientação de Deus.

Quando, por meio da vigilância, cultivamos uma união consciente com Deus, a Mente divina, nós nos tornamos cada vez mais capazes de derrotar tudo o que não faz parte da consciência divina, que é inteiramente boa. Isso significa unir-se à Mente do Cristo, onde reina a supremacia de Deus, e significa refleti-la.

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