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Original para a Internet

A base do bom governo

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 24 de outubro de 2022


A humanidade tentou diversos métodos de governo ao longo dos séculos. Enquanto os diferentes sistemas vieram e se foram, e a história registrou variados graus de sucesso, uma coisa se tornou evidente. O governo humano, sob qualquer forma, parece uma mistura de bons e maus elementos. Podemos perceber o mesmo nos tempos atuais. Passos de progresso foram dados, mas parecem muitas vezes ser acompanhados dos problemas dos tumultos econômicos, étnicos e religiosos, além da polarização de classes, sem falar das guerras. Por que é que esses esforços para obter um governo mais evoluído parece envolver dificuldades e sofrimento?

Para responder a essa pergunta, precisamos pensar com profundidade a respeito de quem ou o quê realmente governa o homem. Assim como o governo, a humanidade em geral tende a ser boa e má, com uma dessas qualidades predominando, conforme as circunstâncias. Dentro desse contexto, não é de admirar, então, que o governo “faça eco” a essa modalidade, já que é constituído de pessoas.  

Seria um grande desapontamento se esse fosse o ponto final em nossa busca pela verdade. Mas não é. Necessitamos nos aprofundar muito mais, buscando a verdadeira natureza espiritual do homem criado por Deus e feito à Sua imagem e semelhança. Esse homem — o que você e eu realmente somos — é completamente bom. O homem que Deus criou não é uma mistura de bem e mal, e tem a capacidade de expressar apenas o que é bom. Aprendemos a usar essa capacidade — por meio do estudo da Bíblia, à luz da Ciência Cristã — em vez de ser induzidos ao erro mediante a crença de que podemos ser maus.

Além de dizer que o universo criado por Deus, o qual inclui o homem, é espiritual, a Bíblia afirma também que Deus governa tudo em harmonia e benignidade. Nada que seja desarmonioso ou mau foi criado por Deus. Essa compreensão de que Deus é o infinito bem, ao nos fazer sentir confortáveis, contudo, não faz com que ignoremos o que está acontecendo, enquanto os eventos mundiais se agitam à nossa volta. Ao contrário, torna-nos capazes de trazer a cura para os problemas do mundo, por meio do reconhecimento da realidade do poder de Deus no governo do dia a dia.  

Muitos relatos bíblicos se referem a histórias em que o poder do governo humano foi posto de lado ou enaltecido pelo governo de Deus. Por exemplo, quando o faraó designou José para um cargo elevado em seu reino, José — sempre consciente de sua relação com Deus — usou essa oportunidade para ajudar os egípcios e povos de outros países a sobreviver uma rigorosa escassez (ver Gênesis 41:33–57). Esse relato, assim como outros, mostra que o governo de Deus é demonstrável, independentemente da forma do governo humano — religioso ou do mundo, monárquico ou democrático.  

Aconteceram também exemplos de cura em nossa própria época. As mudanças ocorridas nas Filipinas, a união da Alemanha Oriental com a Ocidental e os acordos de paz na Irlanda e no Oriente Médio, tudo isso indica a lei da harmonia de Deus em ação. Mesmo assim, um trabalho imenso ainda necessita ser feito nessas e em outras áreas.

A chave para a demonstração de que Deus reina no cenário humano está em reconhecer a Deus como o único poder criador e governante em nossa vida. Viver de acordo com Deus nos conduz à harmonia com a lei divina, que conduz apenas ao bem.

Fazemos isso mais efetivamente à medida que compreendemos e vivemos em consonância com os preceitos morais estabelecidos pelos Dez Mandamentos (ver Êxodo 20:1–17) e as Bem-aventuranças (ver Mateus 5:1–12). A síntese que Jesus fez da lei de Deus é também uma base sólida para um bom governo. Ele disse: “...Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas“ (Mateus 22:37–40).

Jesus demonstrou a praticidade dessas leis durante seu ministério, apesar daqueles na hierarquia judaica, que o odiavam, haverem conspirado para sua morte. Jesus estava tão seguro do governo de Deus, que, quando confrontado por Pilatos, uma autoridade romana — que declarou ter poder sobre Jesus para crucificá-lo ou salvá-lo — o Mestre respondeu: “...Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada... (João 19:11). Embora o governo humano daquele tempo tenha atuado para crucificá-lo, a compreensão que Jesus tinha do governo de Deus o resgatou da tumba três dias depois. Essa é uma demonstração inigualável do poder de Deus!

Nos tempos atuais, os governos estão cada vez mais adotando alguma forma de democracia. A palavra democracia é definida em um dicionário como: “governo exercido pelo povo; especialmente, da maioria… um governo no qual o poder supremo é atribuído ao povo e por ele exercido de maneira direta ou indireta por meio de um sistema de representação envolvendo, em geral, eleições livres que ocorrem periodicamente”. Embora essa forma de governo conceda mais liberdade a mais pessoas, tropeçará, se estiver apoiada apenas no senso de que o homem seja tanto bom quanto mau e, portanto, capaz de fazer tanto o bem quanto o mal. 

O perigo a ser evitado, mesmo na democracia, é a crença de que o “poder supremo”, ou lei, esteja no homem e assim possa ser controlado e mudado pelo homem. O supremo poder de Deus não é posse de homem algum, mas é refletido pelo homem. Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O homem só é corretamente governado por si mesmo, quando bem guiado e governado por seu Criador, a Verdade divina e o Amor divino” (p. 106). Isso é o que dá força espiritual à democracia ou a qualquer forma construtiva de governo. À medida que cada indivíduo reconhece que é uma ideia de Deus, cada um pode expressar o governo de Deus por meio da ação divinamente motivada, ou seja, como reflexo. No momento em que essa expressão individual de Deus é negada, suprimida, maltratada ou ignorada, surgem a ignorância e o caos.  

Se ficamos preocupados com o rumo que a maioria está tomando ante o desdobrar-se da expressão humana de governo, ou se sentimos que a minoria ou a tirania está de alguma forma usurpando o poder (seja internacional, nacional, estadual ou local), devemos nos lembrar de orar. Podemos orar reconhecendo que apenas Deus realmente governa. À medida que nos conduzirmos com essa verdade em mente, perceberemos e contribuiremos para os resultados práticos da confiança nessa lei divina. É nosso direito divino ser governados apenas por Deus, e essa verdade nos conduzirá ao rumo certo, de modo que Seu governo será reconhecido por todos os povos.   

Assim, ao orarmos pela sempre crescente demonstração de que Deus governa o homem aqui e agora, não necessitamos ter medo. Estas palavras de Isaías são verdadeiras para todos os aspectos da vida e para qualquer forma de autoridade sob a qual vivamos: “para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre” (9:7).

Esse governo é realmente nosso governo, e traz o bem para cada um de nós.

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