Estava andando por um cemitério local, quando olhei para uma das lápides e notei que a idade nela inscrita era próxima da minha. Consolei-me com o pensamento de que, no meu caso, a longevidade é de família.
De repente, ouvi a mensagem angelical, uma inspiração de Deus, afirmando: “A imortalidade é que é de família!”
Bingo! Poucas palavras, mas foi uma repreensão tão reconfortante! Era Deus me assegurando que, apesar do quadro humano, a Vida real de cada um de nós nunca se esgota. Pelo contrário, ela continua e é imortal, uma existência infinita, porque a Vida é outro nome para Deus.
Jó, na Bíblia, se debateu com seus próprios equívocos sobre a vida, quando disse a respeito do homem mortal: “…nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece…” (Jó 14:2). Mas essa não é a última palavra, apesar das aparências.
Cristo Jesus deu ao mundo uma visão totalmente diferente da Vida, por compreender que ele era o Filho amado de Deus e, como diz a Bíblia, sabia que Deus “…tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus” (João 13:3). Sua ressurreição dissipou permanentemente a ilusão de que a vida esteja na matéria e seja, portanto, transitória.
Mary Baker Eddy, a autora do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, escreve: “As datas cronológicas não fazem parte da vasta eternidade. Os registros de nascimento e de óbito são todos conspirações contra a plenitude do homem e da mulher” (p. 246).
Podemos nos animar com o fato de que a Vida imortal de cada um de nós é a realidade, e o reconhecimento dessa realidade nos permite usufruir diariamente o entusiasmo e a alegria dessa realidade, dizendo como o profeta Isaías: “Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faço…” (Isaías 38:19).