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Original para a Internet

EDITORIAL

Boas-novas

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 19 de setembro de 2022

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 19 de setembro de 2022


Nas décadas que antecederam ao nascimento de Jesus, assim como durante sua vida, eventos e manifestações importantes estavam acontecendo. Na República Romana houve uma grande revolta de escravos liderada por Spartacus; Pompeu Magno sitiou Jerusalém e matou doze mil judeus; uma guerra civil eclodiu em Roma. Júlio César saiu vitorioso da guerra civil e tornou-se ditador, mas logo depois foi assassinado. Por fim, César Augusto tornou-se o chefe do novo Império Romano.

Embora naquela época ainda não houvesse os meios de comunicação que conhecemos hoje, Jesus e seus seguidores provavelmente estavam cientes dos eventos importantes que ocorriam na época. Mas, quando pesquisamos os Evangelhos, que referências a eventos e políticas mundiais encontramos? 

Os ensinamentos de Jesus se concentram na nossa relação com Deus e no fato de que o Cristo, a ideia espiritual de Deus, está sempre conosco, sempre aqui para ajudar e curar. Contudo, uma passagem em que Jesus menciona eventos do mundo é esta declaração feita aos discípulos: “…ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis…” (Mateus 24:6).

Jesus não estava dizendo a seus seguidores para não se importarem com o que estava acontecendo ao redor. Ele desejava que compreendessem que Deus é maior e mais poderoso do que qualquer ameaça de que pudessem ouvir falar. Ele sabia que a única maneira de seguir sua recomendação, “não vos assusteis”, seria obter uma perspectiva mais verdadeira, de que a vida é espiritual e de que cada um de nós é filho de Deus, não é um homem ou uma mulher mortal.

Em tudo o que disse e fez, Jesus provou que o pecado, a doença e a morte não podem vencer a Vida, a Verdade e o Amor divinos. Sua manifestação do Cristo, a qual incluía o conhecimento e a convicção da presença invariável de Deus e da supremacia do bem divino, removia constantemente não apenas o medo, mas toda evidência de qualquer tipo de problema.

 Em suas instruções a respeito de como orar, Jesus ensinou os discípulos a compreender a presença e o poder de Deus. Primeiro, ele disse: “Entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto” (Mateus 6:6). Em seguida, fez aquela declaração da realidade divina a que Mary Baker Eddy se referiu como “oração que abrange todas as necessidades humanas” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 16). Como um todo, a Oração do Senhor fala de elevação acima de um senso meramente material da vida e dos relacionamentos; fala de confiança na lei de Deus, a lei do Amor, eternamente presente.

A mente carnal — que a Sra. Eddy denominou mente mortal, a fonte do pensamento fundamentado na matéria — considera a vida como apenas uma série de altos e baixos das condições materiais que terminam em morte. Com a mentalidade que dá realce a todo tipo de mal, tal pensamento nos daria a visão de uma existência totalmente sem Deus. Mas na interpretação espiritual da linha final da Oração do Senhor: “Pois Teu é o reino, o poder e a glória para sempre”, a Sra. Eddy apresenta a visão cristãmente científica acerca da vida: “Pois Deus é infinito, todo o poder, toda a Vida, toda a Verdade, todo o Amor; está acima de tudo, e é Tudo” (Ciência e Saúde, p. 17). Esta é a boa nova dos Evangelhos: que o reino, o poder e a glória de Deus são sempre verdadeiros, estão sempre conosco, sempre aqui para nos confortar e transformar nossa existência.

Com base na compreensão dessas boas-novas, os apóstolos, por meio da eterna presença do Cristo, a Verdade, navegaram por épocas de divisões, violência e convulsões políticas (ver o livro de Atos, na Bíblia), sem deixar reclamações ou expressões de consternação, mas sim uma crônica inspiradora de curas, conversões, visões espirituais que mudaram vidas, resgates após encarceramentos e segurança em meio a um naufrágio; jornadas cheias de “sinais e maravilhas”. Nós também podemos trazer à luz o bem divino sempre presente e encontrar a nossa, e de outros, manifestação dessa bondade divina, mesmo ouvindo más notícias. 

A fim de não ficarmos perdidos em meio aos problemas do mundo, temos de reconhecer que, apesar de tudo o que vemos ou ouvimos, sempre podemos nos voltar a Deus. Isso não significa ignorar os problemas ou fingir que eles não existem, mas sim refutá-los como Jesus fazia, com a Mente do Cristo, na certeza da onipotência do Amor divino. Dessa maneira, nós não apenas sentimos calma e libertação mas, em última análise, também ajudamos a reverter ou eliminar os males.

A Sra. Eddy escreveu em Ciência e Saúde: “Mesmo agora este mundo material está se tornando uma arena de forças em conflito. De um lado haverá desarmonia e consternação, do outro lado haverá Ciência e paz. A desagregação das crenças materiais pode parecer fome e peste, carência e aflição, pecado, doença e morte, que assumem novas fases até que sua nulidade apareça” (p. 96).

Quando confrontados com reportagens perturbadoras, não precisamos nos perguntar: “Por que as coisas estão tão ruins?” Podemos lembrar que qualquer reportagem que deixa de fora a Deus, o bem, é incompleta e, portanto, não é verídica. Independentemente do que pareça estar acontecendo, sempre podemos encontrar os sinais das boas-novas de Deus e confiar no fato de que elas se manifestarão mais plenamente à medida que plantarmos firmemente nossa esperança, fé e compreensão no bem de Deus.

Caryl Emra Farkas
Redatora Convidada

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