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Original para a Internet

Mary Baker Eddy, o cumprimento da profecia

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 3 de outubro de 2022


Os séculos se passaram, um atrás do outro, dezenove vezes, desde que o homem de Nazaré proferiu palavras sagradas que ele mesmo profetizou que jamais passariam. Elas perduram no pensamento dos homens, como a música das esferas. Foram ouvidas com admiração e reverência. Mas a vasta Ciência nelas contida permaneceu para ser descoberta somente nesta era.

A verdadeira profecia inclui em si a semente que a leva a ser cumprida, que sempre amadurece no tempo determinado. Isaías predisse a vinda de Cristo Jesus, a qual ocorreu cerca de setecentos anos mais tarde. A profecia referente ao Mestre, revelada ao apóstolo João e registrada no décimo segundo capítulo do livro do Apocalipse, anunciou a vinda do Cristo impessoal, a Verdade, em seu significado pleno. A hora designada para esse evento sagrado chegou no século XIX, quando a Ciência do Cristo foi revelada.

Alguém tinha de ser o agente para o cumprimento dessa revelação; alguém que seria escolhido entre todas as pessoas da terra, em um momento em que o passar dos anos obrigaria os homens a trocar o senso material do universo pela ideia espiritual da criação. Tal consciência teria de estar preparada para ouvir a Deus, ouvir e compreender a sabedoria do eterno, ser capaz de transcrever a mensagem para todos lerem, e, em seguida, fundamentar, por meio de provas da cura cristã, o que havia ouvido. A partir do momento em que a maravilhosa descoberta ocorre, é irreversível, não pode haver nem volta atrás, nem hesitação, nem desânimo, nem dúvida, nem a possibilidade de evadir-se das exigências divinas, nem lapso exigido a fim de estar à altura das tarefas em espera. O mensageiro não podia parar até que a jornada de entrega à humanidade fosse cumprida, para que a Verdade, para sempre inalterada, fosse aprendida e vivida por todos os homens.

No ano de 1866, aquela que é conhecida em todo o mundo como Mary Baker Eddy, estava no limiar do infinito e olhou para a existência espiritual. Não a viu como uma possibilidade distante, mas como a eterna e única realidade do existir. A causa da criação foi vista como sendo a Mente, o Princípio, o Amor, o Espírito; e tudo o que emanava dessa causa, como participando dessa essência e natureza divinas. Já não se podia pesquisar a matéria a fim de alcançar sabedoria da Vida. O caminho da compreensão estava apenas no reino do Espírito. Um parágrafo no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria da Sra. Eddy, descreve graficamente seu pensamento: “Os minerais compostos ou substâncias agregadas que compõem a terra, as relações que as massas constituintes têm entre si, as magnitudes, distâncias e revoluções dos corpos celestes não têm importância real, quando nos lembramos de que tudo isso tem de dar lugar ao fato espiritual, pela translação do homem e do universo de volta ao Espírito. Na proporção em que isso ocorre, se constata que o homem e o universo são harmoniosos e eternos” (p. 209).

 Essas palavras da Sra. Eddy indicam a posse de uma força espiritual que levou seu pensamento para muito além do reino da matéria e o manteve fixo na espiritualidade, até que a estupenda recepção da Ciência divina fosse cumprida. Essa força também impunha a obediência do corpo à lei espiritual, de modo que anos de fragilidade física deram lugar à boa saúde; uma confiança vitalícia em Deus desdobrou-se em experiência concreta da presença e do poder sagrados.

Para a Sra. Eddy, a cada período do aparecimento da Verdade o aparente mundo do materialismo tornava-se cada vez mais fraco e tênue, e a criação espiritual ficava cada vez mais nítida, até que a declaração absoluta, de que a mortalidade é nula e a existência divina é tudo, pudesse ser declarada. O funcionamento da Vida e da sua manifestação infinita foi compreendido como sendo a Ciência divina. Não seria esse o cumprimento do ditado de Jesus, de que “quando vier … o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade…” (João 16:13)? Pois a Ciência declara, assim como também demonstra, a onipotência do Princípio divino, Deus.

 A Sra. Eddy, desde que nasceu, foi alimentada e nutrida com profecias bíblicas e criada com base nesses ensinamentos. As Escrituras estimularam em seu pensamento a convicção de que havia chegado a hora de as antigas palavras da Verdade eterna se tornarem mais conhecidas como os fatos reais da existência. Na infância, graças à oração, ela vivenciou a cura de uma febre muito alta. Em outra ocasião, como relatado na Bíblia, ouviu, tal como Samuel, uma voz sagrada que a chamava e à qual respondeu, assim como Samuel havia feito: “…Fala, porque o teu servo ouve” (1 Samuel 3:10). Gradualmente, os anos trouxeram provas inequívocas de sua convicção, até que foi levantada do leito da morte graças a aceitar o relato da cura de um paralítico, cura essa que foi efetuada por Jesus e está relatada no nono capítulo do livro de Mateus. Depois disso, a revelação final das palavras proféticas da verdade contida nas Escrituras desdobrou-se para a Sra. Eddy como a Ciência da Vida eterna.

O desdobramento da visão espiritual faz com que aquilo que é humano tenha menos importância. A magnitude e a glória do existir divino fazem calar o senso pessoal e reduzem a silêncio a ambição humana. Isso não deixa espaço para nada além do intenso desejo de conhecer mais a respeito do homem à semelhança de Deus. Aquilo que é humano não pode impedir o aparecimento daquilo que é divino, mas é abraçado por sua ternura imperativa, até finalmente ceder à Verdade eterna. A humildade humana tem de ser proporcional à compreensão divina. A Líder da Ciência Cristã é um raro exemplo desse truísmo.

A Sra. Eddy declara: “Na revelação divina, o ego material e corpóreo desaparece, e a ideia espiritual é compreendida”. E continua: “A mulher no Apocalipse simboliza o homem genérico, a ideia espiritual de Deus; ela exemplifica a coincidência de Deus com o homem como Princípio divino e ideia divina” (Ciência e Saúde, p. 561). Essa explicação da figura de linguagem usada pelo apóstolo João dá à Sra. Eddy, que foi divinamente iluminada para compreendê-la, um lugar de significativa importância na história da profecia. Ela havia entrado em contato com a substância interior que havia formado as declarações sagradas dos apóstolos, profetas e do mestre metafísico, Cristo Jesus. Havia detectado o plano do Princípio para sua criação eterna, que haveria de durar para sempre. E maravilhou-se diante da beleza do homem à semelhança de Deus.

Não foi tanto por contemplar o efeito que essa grandiosa mulher cristã viu a causa, quanto por contemplar a causa a emitir a própria expressão. A compreensão da Sra. Eddy partiu do original, por isso naturalmente entendeu o derivado. O fio espiritual, do qual fora tecido o pano indestrutível da sabedoria profética ao longo dos tempos bíblicos, foi colocado em suas mãos para que ela pudesse tecer o padrão final da revelação.

O amadurecimento do conceito da verdadeira feminilidade aparece no último capítulo do livro de Provérbios, na Bíblia. Isaías contemplou o êxito do propósito divinamente concedido à feminilidade, conforme registrado no capítulo cinquenta e quatro de seu registro bíblico. Mais tarde, o apóstolo João viu a ideia espiritual da feminilidade trazendo a compreensão a respeito de Deus, compreensão essa que haveria de governar todos os homens com onipotência. Essa sequência continuou seu desdobramento até o advento da Ciência Cristã, graças à maneira como a Sra. Eddy refletiu a Verdade. Nos dias de hoje, em muitas nações, de público a louvam as suas obras de revelar e estabelecer a cura Cristã por meio de um movimento religioso mundial.

Para que os homens não atribuíssem a mensagem da Sra. Eddy meramente ao fervor pessoal e religioso, ela informou ao mundo que era escriba sob ordens, e acrescentou: “…e quem pode se recusar a transcrever o que Deus dita? e não deve tal pessoa tomar o cálice, bebê-lo todo, e dar graças?” (Escritos Diversos 18831896, p. 311). O que Deus ditou só podia ser um cumprimento adicional de Sua Palavra para os profetas bíblicos, pois Deus é a Verdade imutável.

Houve pastores-profetas e reis: aqueles que foram líderes de nações e viandantes no deserto: homens e mulheres inspirados. Essa prerrogativa única não cessou com os povos antigos, mas continua a existir e foi exercida pela Sra. Eddy sob a orientação divina, para o progresso final da humanidade, no percurso dos sentidos para a Alma. Por meio do trabalho sagrado da Sr. Eddy, a glória de Deus ficou mais próxima, e a libertação dos homens, de todas as formas aparentes do mal, prossegue por meio da cura espiritual científica, da maneira que o Mestre ensinou. As crenças de pecado e de doença incutidas pelo ensino estão perdendo domínio, e os portais da morte não podem oscilar eternamente nas dobradiças da ignorância e do medo, mas estão se rompendo sob a pressão do poder da ressurreição compreendida.

O caminho que leva ao cumprimento da profecia é árduo, pois serpenteia por entre a crença humana herdada e arraigada, tocando nas áreas da superstição e dos conceitos errôneos da educação, mas conduzindo sempre para muito além, ao reino da revelação. Com a entrega da mensagem da Ciência Cristã ao mundo, ou seja, das leis do Amor universal, veio também a oposição religiosa, médica e filosófica. A deturpação, a crítica e a ridicularização tornaram o caminho mais difícil para essa mulher solitária. Mas o deslumbramento de toda a sua peregrinação calçou seus pés com a força necessária e encheu seu pensamento de resplendor. Todos os obstáculos foram superados. Ela não foi detida pelo sofrimento, pela pobreza nem pelas tentativas visando a prejudicar tanto a ela quanto a seu trabalho, mas persistiu sob o abrigo do cuidado divino, até que sua missão fosse concluída e o mundo estivesse sentindo a influência da obra de sua vida inteira.

Mais de cem anos se passaram desde a prometida vinda do “Espírito da verdade”. Durante esse tempo, os homens foram despertados para a compreensão de que a Palavra de Deus não necessita de nenhum acessório, tais como vestimenta, cerimonial ou ritual, para ser recomendável à humanidade. A Palavra de Deus contém dentro de si mesma a vitalidade irresistível da indescritível Verdade com a qual abençoa e cura. A Ciência Cristã dispensa do conceito de religião os elementos humanos não essenciais, e o vivifica com a essência da natureza divina. A Ciência Cristã fez com que o estudante do cosmos da física mudasse para a metafísica, o doente trocasse as drogas pela oração, o malfeitor abandonasse o crime pelo Amor que é o Princípio divino. Quem poderá medir a glória adicional que virá dessa maré irresistível!

À medida que a Palavra de Deus continua a revelar aos homens a imortalidade, mostrará o alcance da realização da Sra. Eddy, realização essa que divulgará toda a glória da vida do Mestre e dissipará para sempre as nuvens do senso material. A tradução espiritual das Escrituras, conforme apresentada na Ciência Cristã, transformará o conceito terreno de existência em experiência, o homem sendo o filho de Deus.

 Graças à iluminação inspirada que a Sra. Eddy lançou sobre o testemunho de Cristo Jesus e dos profetas, ela ocupa um reverenciado lugar na vanguarda dos profetas de todos os tempos. Seu trabalho inaugurou uma nova era na compreensão e na prática da Palavra de Deus. A divulgação, feita pelo apóstolo João, dos eventos sagrados que abrangeriam todas as nações na ordem divina, está sendo cumprida por meio da Ciência Cristã. Os séculos estão irrompendo. A humanidade está despertando. 

Da maneira como o “era, e é, e há de ser” da profecia e seu cumprimento apareceram para a Sra. Eddy, ilustraram, não tanto o desenvolvimento do tempo, como o panorama da eternidade. Sobre essa luz todoabrangente, ela afirma: “A Ciência Cristã é mais do que um profeta ou uma profecia: ela não apresenta palavras apenas, mas obras — a demonstração diária da Verdade e do Amor” (Escritos Diversos, p. 373). Aí vemos parte da glória da contribuição feita pela Sra. Eddy ao Cristianismo, ou seja, a apresentação da coincidência, daquilo que foi divinamente prometido, e sua realização. Se a manifestação não tivesse existido eternamente, a mensagem não seria verdadeira. À medida que a humanidade aceita progressivamente a realidade infinita, o passado, o presente e o futuro se fundem no eterno agora, a pregação é confirmada com a prática, a esperança atinge seu objetivo e a fé se desdobra em compreensão científica e espiritual. A profecia e seu cumprimento já não parecem estar divorciados pelo tempo, mas unidos pela Ciência divina. “Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir” (Salmos 33:9). 

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