Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

Nosso primeiro amor

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 30 de maio de 2022


A Ciência Cristã, em seu ministério de cura e regeneração, abrange todas as fases de nossa vida. É por isso que, quando alguém é curado do pecado ou de uma doença, passa por uma mudança definitiva de pensamento. Muitas vezes, concomitante à cura, sentimos uma elevação espiritual, uma paz indescritivelmente maravilhosa. Compreendemos que o mal não tem poder e é irreal. Passamos a ter uma nova perspectiva à medida que nos aquecemos na luz divina, a beleza do Amor divino!

Esses gloriosos lampejos da realidade divina são frequentemente chamados de experiências no “cimo do monte”. Marcam o novo nascimento na Ciência divina, que traz liberdade, saúde e paz. Em sua mensagem à igreja de Éfeso, João, o autor do Apocalipse, usou o termo “primeiro amor” para descrever a experiência “cimo do monte”, de zelo espiritual e inspiração, que surge quando o Cristo sanador aparece pela primeira vez no coração dos homens.

É nesse ponto de desenvolvimento espiritual que sentimos o grande desejo de ajudar a espalhar o evangelho do reino, conforme revelado na Ciência Cristã, e desejamos ser membros de uma Igreja de Cristo, Cientista. Como é maravilhoso quando surgem oportunidades de trabalharmos com os outros nessa grande missão! À medida que o tempo passa e vão surgindo problemas que exigem muito amor, paciência, comedimento e tolerância, é possível que às vezes sintamos nosso zelo e entusiasmo diminuir. Esse é o momento em que a vigilância, o estado de alerta e maior consagração são necessários. Podemos tirar muitas belas lições do estudo das mensagens do autor do Apocalipse às sete igrejas na Ásia. Uma coisa é certa: muitos dos mesmos problemas básicos, com os quais aqueles primeiros cristãos foram confrontados, se apresentam a nós hoje, quando nos esforçamos para plantar, regar e fazer frutificar a ideia espiritual de Igreja e tudo o que a Igreja significa para nós.

João, em sua doce e bela forma de expressar-se com amor, advertiu os cidadãos da cidade de Éfeso a não abandonar seu primeiro amor, a não deixar que as coisas materiais e transitórias ofuscassem aquelas que são espirituais e permanentes. Vamos fazer uma breve análise de alguns dos problemas que a igreja de Laodiceia enfrentou naquela época. Seus problemas não eram diferentes de alguns que enfrentamos hoje em dia. Os historiadores afirmam que os laodicenses eram pessoas de grande riqueza material. A cidade era um centro bancário e manufatureiro, que produzia suprimentos medicinais, em especial um colírio para curar a cegueira. Havia fábricas que produziam o melhor tecido feito de lã. Havia pouco interesse, se é que havia algum, nas coisas espirituais. Mesmo assim, uma igreja cristã foi estabelecida, uma das sete igrejas da Ásia.

A mensagem aos laodicenses, como revelada a João por meio de um anjo, foi esta (Apocalipse 3:15–18): “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente… Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”.

Talvez o erro da indiferença, da apatia, junto com a indolência em relação às coisas do Espírito, seja o mal mais sutil com o qual nos deparamos hoje em dia. Nossa Líder, Mary Baker Eddy, faz referência ao mal da indiferença, em “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras”, no capítulo “Desmascarado o magnetismo animal”. Na página 102, sob o título marginal “Agentes ocultos”, lemos esta significativa declaração: “Tão secretos são os métodos atuais do magnetismo animal, que fazem cair esta época na armadilha da indolência, e produzem, sobre o assunto, exatamente aquela apatia que o criminoso deseja”. Observe que o magnetismo animal produz apatia, que cega nossos olhos quando tentamos enfrentá-lo. Às vezes ficamos propensos a culpar as pessoas pelas discórdias de uma igreja e, portanto, assim deixamos de ver que as discórdias são o magnetismo animal malévolo em ação. São atividades impessoais do mal, que estão fora do templo de Deus.

É verdadeiramente significativo que a mensagem para a igreja em Sardes tenha sido para que fossem vigilantes, pois a igreja estava sofrendo com a falta de vigilância. Estar vigilante era o que a protegeria dos dardos do mal.

E que alegria é saber que havia a igreja de Filadélfia, um símbolo da verdadeira Igreja, a estrutura do Amor e da Verdade.

Sentimos o zelo e a inspiração, a fidelidade e a pureza preencherem nossa consciência, ao recebermos a iluminação das palavras de nossa Líder (Poems [Poemas], p. 6):

“A flecha má não vem, Senhor,
De quem vigia e tem amor.”

Quando Cristo Jesus proclamou (Lucas 17:21), “O reino de Deus está dentro de vós”, ele realmente revelou a missão do Cristo, ou seja, trazer a luz da Verdade à consciência humana. A missão do Cristo é nossa missão como membros da Igreja de Cristo, Cientista. Nossa consciência do homem espiritual, de sua perfeição e existir imortal, é essa luz da Verdade. Para manter essa consciência temos de manter nosso próprio pensamento claro e puro.

O que se exige de um Cientista Cristão hoje não é menor do que quando o apóstolo Tiago declarou, quase dois mil anos atrás (Tiago 1:27), “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”.

“Religião pura”, não do tipo superficial que busca ser popular, que é inconstante. Não percamos nosso zelo, nosso primeiro amor. Nossa igreja precisa de nós, mais do que nunca. Os campos já branquejam, estão prontos para a colheita, e mesmo assim, como no tempo do Mestre, “os trabalhadores são poucos” (Lucas 10:2). A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “O que mais necessitamos é orar com o desejo fervoroso de crescer em graça, oração que se expressa em paciência, mansidão, amor e boas obras” (p. 4). São esses os quatro requisitos para abençoar: paciência, mansidão, amor e boas obras. Nosso poder de curar é proporcional ao nosso refletir o Amor divino. Temos de amar, e temos de amar com o amor que vem de Deus.

O mundo precisa muito de nossa luz, nossa compreensão de que o homem é a expressão de Deus! A humanidade precisa muito aprender que todos são filhos da luz, filhos do dia! Não podemos permitir nenhuma falta de inspiração, nenhuma falta de amor despojado de ego, nem podemos permitir que a dedicação do pensamento ao trabalho de cura seja diminuída pela apatia e pela indiferença. Em vez disso, que se possa dizer de cada um de nós, como Cientista Cristão: Você não abandonou seu primeiro amor.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

More web articles

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.