Este ano, minha mãe, minha filha e eu estamos lendo juntas a obra principal de Mary Baker Eddy sobre a Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de capa a capa, compartilhando nossa inspiração via Zoom. É uma linda maneira de relembrar uma cura que tive há algumas décadas.
Meu marido e eu queríamos ter filhos, e durante alguns anos vínhamos orando diligentemente a esse respeito; ao mesmo tempo, um pensamento continuava me vindo, de que eu deveria ler Ciência e Saúde de capa a capa. Eu nunca tinha feito isso, embora a Sra. Eddy tenha recomendado: “Lede este livro do começo ao fim. Estudai-o, ponderai-o” (p. 559). Eu pensava que já estava lendo o livro por ler os trechos da Lição Bíblica semanal, que se encontra no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, e que eu já estava ocupada demais. Mas então, um dia, finalmente peguei o livro para começar a lê-lo do início ao fim, e encontrei minha resposta sanadora — na página um! Logo ao início dessa primeira página estão as seguintes palavras de Cristo Jesus: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que Lho peçais”. A Senhora Eddy escreve, na primeira frase dessa página, que “tudo é possível a Deus”.
Esse fato ficou tão claro para mim, que escrevi na margem: “Saber com a Mente de Deus”. Eu não estava pensando no filho de Deus com uma mente humana; eu estava pensando como filha de Deus, com a Mente que é Deus, a Mente que eu refletia. Deus me deu a clara compreensão de que eu necessitava deixar de lado todas as outras prioridades e planos, e acolher essa preciosa ideia de ser mãe. Se eu estava disposta a ceder à orientação de Deus, e conseguira encontrar minha resposta na primeira página do livro, eu sabia “do carinho e do amor do Pai querido” (Ciência e Saúde, p. 366), que estaria sempre conosco, guiando e cuidando de todos nós. Desse modo, compreendi que teríamos um bebê. Dentro de um mês, tivemos a confirmação de que eu estava grávida.
Quatro meses se passaram. Meu marido estava em nossa igreja, conduzindo o culto de domingo à noite como Primeiro Leitor. Eu estava em casa na cozinha, preparando o jantar, pois tínhamos planejado receber amigos da igreja em nossa casa após o culto. De repente, tive uma dor tão forte no útero, que caí no chão. Rastejei até o telefone e liguei para a praticista da Ciência Cristã que, durante a gravidez, estava nos apoiando diligentemente por meio da oração. Também contatei a igreja e deixei uma mensagem, avisando que não era um bom momento para recebermos convidados em casa para jantar.
No dia seguinte, minha mãe dirigiu várias horas para vir ajudar a cuidar de mim, e a primeira coisa que ela fez foi colocar um cartaz na cabeceira da minha cama, dizendo: “Toda formosura é a filha do Rei no interior do palácio…” (Salmos 45:13).
Eu estava lutando contra o medo de ter um aborto, o que me fez pensar na história bíblica de Jacó em Peniel (ver Gênesis 32). Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: “Jacó estava sozinho, lutando contra o erro — debatendo-se com o senso mortal de que a vida, a substância e a inteligência existam na matéria com seus falsos prazeres e dores — quando um anjo, uma mensagem da Verdade e do Amor, lhe apareceu e lhe tocou a articulação, ou seja, a força do seu erro, até que Jacó reconheceu a irrealidade do erro; e a Verdade, que desse modo foi compreendida, deu-lhe força espiritual nesse Peniel da Ciência divina” (p. 308). No mesmo livro, no Glossário de nomes e termos bíblicos, Jacó é definido em parte como: “Inspiração; a revelação da Ciência, na qual os chamados sentidos materiais cedem ao senso espiritual da Vida e do Amor” (p. 589).
No dia seguinte, eu não conseguia me sentir em paz. Em um momento muito sombrio, pensei que teria de desistir e aceitar a ideia de que eu ia ter um aborto, mas meu marido permaneceu maravilhosamente inspirado. Junto com a praticista, foram insistentes. Não abriram mão do caso e não me deixaram desistir, pedindo para eu me manter firme, assim como eles estavam, e que eu me agarrasse à verdade de que o bebê era uma criação espiritual de Deus. Como resultado, senti como se eu estivesse dando consentimento para elevar-me na compreensão e convicção da existência como totalmente espiritual, até que a tendência a ceder, e a luta, cessaram. Foi uma atração rumo a Deus, até que a influência terrena foi interrompida e a liberdade alcançada. A dor passou, e consegui levantar-me da cama totalmente livre, tanto mental quanto fisicamente.
Essa cura foi um marco na minha compreensão da Ciência Cristã. Aprendi uma grande lição sobre a importância de ceder apenas a Deus, algo mencionado trinta vezes no livro Ciência e Saúde. Cinco meses depois, dei à luz uma linda garotinha. Isso foi há 23 anos, e nossa filha nos trouxe imensurável alegria.
Sou muito agradecida a Cristo Jesus e Mary Baker Eddy, assim como pela Ciência do Cristianismo que esta nos legou.
A Sra. Eddy escreve: “Algumas pessoas cedem lentamente ao toque da Verdade. Poucas cedem sem luta, e muitas relutam em reconhecer que cederam; mas, a não ser que se faça essa admissão, o mal vai se vangloriar de ser superior ao bem. O Cientista Cristão se alistou para minorar o mal, a doença e a morte; e os vencerá por compreender que eles são o nada, e que Deus, o bem, é Tudo” (Ciência e Saúde, p. 450).
Ceder à verdade e à espiritualidade abençoa não só a nós mesmos, mas também aos nossos entes queridos e ao mundo.
Jan Duke
St. Louis, Missouri, EUA