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Original para a Internet

O zelo pode ser algo bom

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 30 de maio de 2022


Talvez o menos conhecido dos doze apóstolos escolhidos por Jesus tenha sido um homem chamado Simão Zelote, ou Simão, o Zelote. Além de sua designação como apóstolo, nada mais é dito dele nas Escrituras, embora alguns estudiosos o associem a um partido político da época, os Zelotes — um grupo radical empenhado em derrubar à força o domínio romano sobre a Judeia.

Embora seja improvável que Jesus tenha escolhido Simão Zelote devido ao extremismo político, talvez tenha reconhecido em Simão uma característica absolutamente essencial para a missão radical de cura e redenção cristã — essa característica é o zelo espiritual. Muito tem sido dito sobre a necessidade de humildade, pureza e amor na atividade sagrada da cura. Igualmente importante, porém, é uma qualidade que o apóstolo Paulo chama de “zelo por Deus”. No entanto, ele acrescenta uma nota de advertência sobre um determinado tipo de zelo, o zelo “não com entendimento” (Romanos 10:2).

O melhor tipo de “zelo” é realmente o ardor da convicção, uma devoção e fervor que nos levam a agir. Repleto de sabedoria espiritual, esse tipo de zelo é uma força que, de maneira penetrante como o raio laser, por assim dizer, remove qualquer resistência à mensagem de salvação cristã. Todavia, quando tem por base a vontade pessoal ou a autojustificação, o zelo realiza pouco do que é bom, e muito do que é destrutivo para o progresso espiritual.

Às vezes, adeptos de várias religiões, partidos políticos e correntes filosóficas tornam-se excessivamente zelosos em suas crenças e práticas. As incontáveis guerras em torno da política partidária, travadas em nome da religião, são exemplos pungentes de como o zelo pode ser mal dirigido. Carregada de intensa emoção, tal perspectiva mental torna-se cega para pontos de vista diferentes ou para as preocupações legítimas dos outros.

O zelo espiritual, por outro lado, é uma evidência do ilimitado amor de Deus por Sua criação. Enraizado na permanência da Verdade, esse tipo de zelo não é movido pelos sempre inconstantes ventos das opiniões, mas age de acordo com a orientação, estabilidade e sabedoria da Mente infinita. Seu objetivo não é a conversão, de um sistema de valores para outro, daqueles que são vistos como não iluminados, mas sim, o esforço para que a humanidade perceba a realidade divina — que às vezes talvez pareça imperceptível, mas que Deus conhece o tempo todo. É a energia da Vida universal trazendo à tona eternamente os fatos espirituais do existir e cumprindo o propósito sagrado de Deus.

O zelo que nasce do Espírito reconhece o governo de Deus sobre o universo e evoca um desejo sincero de fazer a vontade do infinito — o que só pode ser para o bem de todos os envolvidos. O zelo “não com entendimento” privilegia o planejamento humano em detrimento da orientação divina. Menos vontade humana e mais humilde obediência ao governo infalível de Deus nos permite ouvir e, então, seguir a mensagem que Deus está nos enviando. Nas palavras de Isaías, podemos dizer de nossos melhores esforços para fazer o que é certo: “…O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Isaías 9:7).

A cura por meios espirituais requer um humilde reconhecimento da onipotência e onipresença do Espírito, onde a doença nunca teve, não tem, nem poderia ter fundamento algum. Ou seja, é a cura na qual a vontade humana se rende ante a percepção da perfeição espiritual, exatamente onde os sentidos materiais afirmam o contrário. E é a consciência e a evidência da realidade espiritual, a mensagem de Deus e a manifestação de nossa vida eterna nEle. A compreensão desses fatos espirituais, em última análise, ajusta, corrige e saneia a discórdia.

Por meio do tratamento pela Ciência Cristã, tive muitas curas rápidas, inclusive de fraturas, queimaduras, gripe e uma infecção renal. Em uma ocasião, no entanto, quando tive um problema sério devido ao contacto de uma planta venenosa com minha pele, a cura parecia estar demorando muito. Finalmente percebi que minha determinação excessivamente zelosa em obter a cura era apenas obstinação da minha parte. Eu estava focando na minha capacidade pessoal em vez de recorrer a Deus — a fonte de toda cura. Quando substitui essa vontade pessoal pela paciência e reconheci que todo o poder pertence a Deus, comecei a compreender mais claramente a perfeição inviolável de minha existência espiritual. Pouco depois, os efeitos da hera venenosa despareceram completamente.

Aprendi com essa experiência o quão importante e eficaz é o zelo espiritual. Em seu artigo “Caminhos que são vãos”, Mary Baker Eddy ressaltou esse fato espiritual. Ela escreve: “Aqueles que são os mais autênticos amigos da humanidade e são conscienciosos em seu desejo de fazer o que é certo e de levar uma vida cristã e pura, deveriam ser mais zelosos em fazer o bem, mais atentos e vigilantes. Então serão proporcionalmente bem-sucedidos e obterão resultados gloriosos” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 213).

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