Há alguns anos, nosso distrito escolar escolheu uma nova superintendente para as escolas. Ela era muito inteligente, tinha opiniões e ideias fortes, e era habilidosa em implementar suas ideias, mesmo diante de uma resistência já enraizada.
Uma de suas ideias era reorganizar o departamento do qual eu era (e ainda sou) chefe. Embora não houvesse nenhuma proposta de mudança de pessoal, haveria mudanças em toda a atividade de ensino. Comecei a achar que os anos de especialização e experiência que cada professor acumulara em sua matéria seriam desperdiçados e acabaríamos ficando com professores “inexperientes” em cada série, o que não traria nenhum benefício aos alunos. Como vocês podem imaginar, os professores não ficaram nem um pouco felizes e me pediram para agendar uma reunião presencial com a superintendente. Tínhamos certeza de que depois de ouvir nossos argumentos ela relevaria, e não daria continuidade a essa grande mudança.
Na reunião, professores com 35 anos de experiência fizeram apelos emocionados, alguns em meio a lágrimas, para que os planos não fossem implementados, mas a superintendente estava irredutível. Ela me disse após a reunião: “Eles simplesmente têm medo de medo de mudanças”. Fiquei chocado; ela participou da reunião, mas aparentemente não ouviu nada do que foi dito. E agora, o que iria eu fazer?
Não sei se vocês são como eu, ou não, mas às vezes preciso dar murro em ponta de faca antes de ouvir — realmente ouvir — a Deus. Logo depois que me afastei da superintendente, um pensamento angelical me veio à mente: “Essa pessoa não está no comando; Deus, a Mente divina é que está”. Vi que seria feito apenas aquilo que era o certo para os professores e todos os alunos, e todos seríamos abençoados, incluindo minha chefe. E foi então que me libertei dos pensamentos que refletiam apenas meu desejo pessoal sobre o assunto e pensei: “...não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42).
A mudança proposta pela superintendente só aconteceria no ano letivo seguinte, portanto, todos retomamos nossas atividades daquele momento — instruir nossos alunos — e deixamos a questão de lado. Somente dois anos depois de a superintendente sair do distrito é que me dei conta de que a grande mudança nunca ocorrera. Ninguém reivindicou vitória nem admitiu derrota; simplesmente nada aconteceu.
Como vocês podem imaginar, senti-me muito grato por mais essa prova do cuidado amoroso de Deus e de Sua orientação perfeita. Lembrei-me desta afirmação da Bíblia: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5, 6).
Lembrei-me desse incidente recentemente ao orar sobre as próximas eleições. Tenho lido e ouvido muito sobre os candidatos. Consequentemente, votarei naquele que considero ser um bom líder, mas também me lembrarei do que aprendi sobre a verdadeira liderança: que Deus, a Mente divina, está sempre no controle. Não importa o resultado da eleição, aquilo que for melhor para os cidadãos de nosso país e para o mundo será feito. Não deixarei que rótulos partidários me levem a pensar que as pessoas estão no comando — Deus está no comando.
Mary Baker Eddy declara em A Ciência Cristã frente ao panteísmo: “Orai pela prosperidade de nosso país… Orai para que a presença divina continue a guiar e a abençoar a autoridade máxima de nossa nação, as pessoas ligadas ao cargo executivo, e o sistema judiciário de nosso país; para que conceda sabedoria ao nosso Congresso e sustente a nação com o braço direito de Sua retidão” (p. 14).
Deus guia nossos líderes. Seu amor guia toda a Sua criação espiritual, na qual cada ideia útil está para sempre no lugar certo. Nossas orações por nossos líderes garantirão que nosso(a) próximo(a) presidente será abençoado(a) e que será uma bênção para nosso país.