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Original para a Internet

A matéria não é importante

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 17 de abril de 2023


A matéria parece ser substancial, predominante — até mesmo preponderante — às vezes útil, mas também capaz de afetar a saúde de maneira assustadora e dolorosa. Como pode ela não ter importância? Essa é uma pergunta válida. Muitos entendem que uma compreensão mais espiritual a respeito do que é a substância, conforme revelada pelos ensinamentos da Ciência Cristã, que estão fundamentados na Bíblia, tem um efeito benéfico sobre a saúde.

Descoberta por Mary Baker Eddy em 1866, a Ciência Cristã começa com Deus, a Mente divina, a quem pertence toda a substância. Como Deus é eterno, a substância só pode ser imperecível. Mas, a substância é material? Alguns dicionários definem matéria como substância física — o oposto de mente ou espírito. Muitos acreditam que a substância do corpo humano seja matéria, carne, e que ela pode deteriorar-se e adoecer.

Para provar que a matéria não tem substância, e alcançar a cura da mesma forma como tantas pessoas já alcançaram, começamos reconhecendo que Deus é a única substância. Deus, o Espírito, não pode adoecer nem deteriorar-se. A substância do Espírito é espiritual. A Bíblia se refere a um “patrimônio superior e durável” como a substância divina e espiritual (ver Hebreus 10:34). Independentemente da aparência que tenha, a matéria não é realmente substancial ou duradoura.

Vários relatos bíblicos mostram que a matéria não tem substância. Por exemplo, três homens hebreus lançados em uma fornalha ardente como punição por sua fé, saíram dessa experiência ilesos, por terem a compreensão a respeito de Deus e total confiança nEle (ver Daniel cap. 3). Cristo Jesus e seu discípulo Pedro andaram por sobre as águas. Jesus curou todos os tipos de doença — inclusive uma mão ressequida, hemorragia, paralisia, mudez e cegueira — sem o uso de medicamentos ou de quaisquer outros meios materiais. Ele também ressuscitou várias pessoas que haviam sido consideradas mortas. Além disso, depois que Jesus foi crucificado, declarado morto e sepultado em uma tumba fechada com uma pedra, ele ressuscitou, e a pedra que fora firmemente colocada na entrada foi removida. Esses exemplos mostram que a matéria e suas leis não são o que parecem ser. Mas seria isso verdadeiro apenas na época retratada na Bíblia?

Durante seu ministério de cura, a Sra. Eddy provou que a matéria não tem substância. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, ela explica como a substancialidade de Deus, o Espírito, pode ser comprovada, de maneira prática, ainda hoje. Dois exemplos de seu trabalho incluem a cura instantânea de um câncer que causava deformação, e a cura rápida de um menino aleijado desde o nascimento, que tinha os dois pés tortos. Novamente, pode-se perguntar se essas curas se restringiam ao ministério pessoal da Sra. Eddy. Não, porque numerosos casos de cura confirmados e bem documentados continuam a ocorrer até hoje por meio da compreensão que advém do estudo da Ciência Cristã. Eu também estou comprovando a eficácia dessa Ciência gradualmente, em meu dia a dia.

Quando comecei a estudar a Ciência Cristã, li em Ciência e Saúde: “A substância é aquilo que é eterno e incapaz de manifestar desarmonia e sofrer deterioração” (p. 468). Essas palavras me pareceram agradáveis e memoráveis, mas só começaram a fazer sentido para mim depois de uma experiência que tive anos atrás. Enquanto passava a ferro uma peça de roupa, pronta para assistir a uma aula do Curso Primário da Ciência Cristã, que tem a duração de duas semanas, o ferro escorregou e, ao pegá-lo, instintivamente, senti seu calor arder na palma da minha mão. Estávamos aprendendo no curso que a verdadeira substância é o Espírito. Então, o primeiro pensamento que tive naquela manhã foi de que a matéria não pode ferir a matéria. Naquele momento, tive a certeza disso. Instantaneamente, a sensação de queimadura parou e não havia mais sinais que indicassem que um ferro quente havia queimado a minha mão. Fiquei admirada, mas comecei a compreender um pouco melhor que a matéria não é substancial.

Então, o que é necessário para obtermos a cura? Primeiramente, precisamos decidir sobre o que é real: Deus — a Mente infinita e perfeita, isto é, o Espírito ― ou a matéria. Apenas uma das opções pode ser real, porque elas são opostas entre si. A Sra. Eddy escreve: “A saúde não é um estado da matéria, mas da Mente …” (Ciência e Saúde, p. 120). Adquirimos a compreensão, mesmo que gradual, de que a saúde não é inerente à matéria, quando estamos dispostos a aceitar o Espírito, a Mente, como a única substância real. Essa é uma ideia radical, mas que nos coloca no caminho da cura.

Reconhecer a substancialidade do Espírito, apesar do testemunho contrário dos sentidos materiais, ajuda-nos a começar a refutar a suposta realidade da matéria, com base na compreensão, e não de maneira superficial. A cura na Ciência Cristã não consiste em consertar a matéria, nem em aprimorar a criação sempre perfeita de Deus, mas em espiritualizar o pensamento, destruindo, dessa forma, a crença material. O Cristo, a influência divina na consciência humana, revela a verdade libertadora, que resulta em cura em nossa experiência de vida.

Estudos em curso na área da física pressupõem que um quark, que é um componente fundamental da matéria, é composto de energia. Isso dá o que pensar. Em seu livro A Unidade do Bem, publicado pela primeira vez em 1887, a Sra. Eddy incluiu um artigo intitulado “Não existe matéria”, que traz esta declaração: “Se Deus é o Espírito, e Deus é Tudo, certamente não pode haver matéria; porque o divino Tudo tem de ser o Espírito” (p. 31). Mais adiante, ela acrescenta: “Mais uma prova disso é a demonstração, de acordo com a Ciência Cristã, de que por subjugar e rejeitar as alegações da matéria (ao invés de concordar com elas) o homem melhora física, mental, moral e espiritualmente” (p. 36).

Não há substância verdadeira que esteja fora ou separada do Deus infinito, o Espírito. O que quer que afirme ser o oposto do Espírito infinito não pode ser substancial. Portanto, a matéria não tem importância. Simples assim.

Moji George
Redatora-Adjunta

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