Certa manhã, há poucos anos, acordei bem cedo. Normalmente, eu não costumava estar totalmente desperta naquela hora. Mas, em vez de ficar querendo saber o porquê disso, senti-me inspirada a orar.
Repeti em silêncio um poema escrito por Mary Baker Eddy intitulado “A Oração Vespertina da Mãe”, cuja primeira estrofe é a seguinte:
“Ó, doce presença, paz, alegria e poder,
ó Vida divina, a quem pertence cada hora do porvir;
Tu, ó Amor, que proteges o voejar vacilante da avezinha,
mantém bem alto o voo do meu filho, esta noite!”
(Escritos Diversos 1883–1896, p. 389)
Continuei orando, ponderando profundamente sobre cada uma das estrofes do poema, e, cerca de uma hora depois, o telefone tocou. Era a minha filha que, naquela época, morava no alojamento estudantil da faculdade onde cursava o primeiro ano. Ela me disse que, quando se preparava para fazer uma corrida com sua colega de quarto, naquela manhã, por alguma razão decidiu levar apenas um dos fones de ouvido, para ir escutando música enquanto corria. Como ela não conhecia o campus muito bem, e ainda não havia amanhecido completamente, foi seguindo a colega. Elas correram pela cidade e acabaram entrando em uma propriedade arborizada.
De repente, minha filha ouviu um sussurro vindo do alto de uma árvore. Ela olhou para cima e viu um caçador com um rifle. Ele estava tentando chamar a atenção dela, falando baixo, para alertá-la de que, assim como ele, havia vários outros caçadores nas árvores, os quais caçavam naquele bosque. Ela e a colega saíram rapidamente dali. Minha filha ficou muito grata por não estar usando os dois fones de ouvido, apenas um, o que lhe permitiu ouvir o alerta do caçador. Ela se sentiu protegida.
Enquanto conversávamos, fizemos o cálculo e concluímos que, considerando a diferença de fuso horário entre a localização dela e a minha, eu havia acordado e começado a orar no mesmo horário em que ela iniciara sua corrida.
Sou muito grata pela clara mensagem angelical que me inspirou a orar com aquele poema, cuja última estrofe diz: “Nenhuma armadilha, peste ou dor…” E armadilha é uma palavra relacionada com a atividade do caçador.
O fato de minha filha ter sido protegida é uma comprovação destas palavras do poema: “O Amor é nosso refúgio; …” e “Seu braço [o braço de Deus] cinge a mim, aos meus, e a todos”. Sou imensamente grata pelas mensagens angelicais que nos mantêm vigilantes e alertas.
Wendy Spencer
Carpinteria, Califórnia, EUA
Sou a filha mencionada no testemunho acima. Saí com minha colega de quarto para fazermos uma corrida matinal, e ela dissera que achava conhecer o caminho, mas, ao corrermos entre as árvores, de repente ouvi alguém sussurrar “Oi” acima de mim — a princípio, pensei que fosse Deus falando! Mas, ao olhar para cima, vi um caçador vestido com roupa camuflada, e ele disse que eu e minha amiga poderíamos facilmente ser confundidas com um cervo; por isso, se prosseguíssemos, certamente seríamos alvejadas. Rapidamente tomamos o caminho de volta. Quando terminamos a corrida, eu estava agitada e, para me acalmar, liguei para minha mãe. Quando ela me contou que havia acordado muito cedo e ficara em oração exatamente na hora em que eu estava fazendo minha corrida, senti gratidão e conforto. Dei-me conta de que o que parecia ter sido uma situação perigosa da qual havíamos escapado, em realidade tinha sido uma prova da proteção divina.
Emma Herman
Saint Louis, Missouri, EUA