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Original para a Internet

Depois das eleições

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 9 de janeiro de 2023


Quando as eleições terminam e aqueles que foram eleitos se preparam para assumir seus cargos, os eleitores ficam propensos a considerar que já cumpriram com seu dever e não têm mais nada a fazer. Mas não é bem assim. Aquele que vota está inserido na política tanto quanto aquele que recebeu o voto. Quanto mais o eleitor compreender isso, tanto mais seguirá lealmente apoiando o governo.

O partidarismo desempenha um papel útil nas campanhas eleitorais, mas o vencedor é imediatamente convocado a submeter o partidarismo restritivo à arte de exercer a liderança com sabedoria e em prol de todos. Em um momento em que os discípulos de Cristo Jesus discutiam entre si sobre qual deles deveria ser o maior, o Mestre estabeleceu uma regra que pode ser aplicada a todos: “o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve” (Lucas 22:26).

Talvez aquele que vencer a eleição não seja a escolha pessoal de um determinado eleitor. Mas, como foi a escolha da maioria do eleitorado, o vencedor tem o direito e a obrigação de representar todos os eleitores. Na condição de seu representante no governo, ele tem direito, na medida do possível, ao apoio inteligente de todos aqueles a quem representa.

Nas relações humanas o verdadeiro valor está na capacidade de ajudar a trazer à tona o melhor daqueles com quem estamos conectados. Se esperamos que o outro manifeste qualidades que demonstrem competência política, nós mesmos precisamos deixar de lado nosso partidarismo restritivo. Isso pode significar a superação de preconceitos e animosidades pessoais em favor do bem comum. E isso se torna possível quando nossa atenção se concentra mais no Princípio do que na pessoa. Os Cientistas Cristãos aprendem a ver o governo em termos de Princípio e lei, e quanto mais percebemos esse fato com clareza e persistência, mais evidência encontramos da ação correta no procedimento dos que ocupam cargos na área governamental.

Podemos, e devemos, orar pelo cargo para o qual homens e mulheres são eleitos e, assim, elevar nosso conceito sobre o cargo. E, então, relacionar o cargo ao governo divino e estabelecer em pensamento suas potencialidades.

A menos que o façamos conscientemente, acabaremos inconscientemente expondo o cargo às maquinações da mente carnal que, como Paulo declarou, “...é inimizade contra Deus, pois não está sujeit[a] à lei de Deus, nem mesmo pode estar" (Romanos 8:7).

O governo humano torna-se mais capaz de regulamentar e controlar as condições nas quais um povo vive quando se baseia no governo divino. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Deus dotou o homem com direitos inalienáveis, entre os quais estão o governo de si mesmo, a razão e a consciência. O homem só é corretamente governado por si mesmo, quando bem guiado e governado por seu Criador, a Verdade divina e o Amor divino” (p. 106).

Embora a história posterior de Salomão deixe muito a desejar, sua atitude inicial em relação ao seu papel como rei inspirou muitos a perceber que, ao buscar exaltar a retidão em nossas deliberações e ações, somos capazes de exercer mais sabedoria em tudo o que fazemos.

No terceiro capítulo de 1 Reis temos o relato de um sonho em que Deus pergunta a Salomão o que este queria que Ele lhe desse. Salomão contou as realizações de seu pai, Davi, ao procurar exaltar a verdade, a integridade e a retidão de coração em tudo o que fazia. Então, ao perceber as responsabilidades que haviam sido colocadas sobre seus ombros na condição de novo rei, Salomão respondeu: “Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal”.

Os servidores governamentais do povo que ora para ter a capacidade de discernir “entre o bem e o mal" receberão o apoio de todos aqueles que reconhecerem esse anseio e se unirem nessa oração. Esse tipo de apoio revelará o melhor de que o titular do cargo for capaz nas funções para as quais foi designado e também ajudará a enriquecer espiritualmente o cargo.

Encontramos o precedente para esse apoio na mensagem para A Igreja Mãe proferida pela Sra. Eddy em 1898, com o tema: Christian Science versus Pantheism [A Ciência Cristã frente ao panteísmo]. Sob o título “Oração pelo país e pela igreja”, a Sra. Eddy exortou seus seguidores com as seguintes palavras: “Orai pela prosperidade de nosso país e por sua vitória quando em armas; para que a justiça, a misericórdia e a paz continuem a caracterizar seu governo, e governem todas as nações. Orai para que a presença divina continue a guiar e a abençoar a autoridade máxima de nossa nação, as pessoas ligadas ao cargo executivo, e o sistema judiciário de nosso país; para que conceda sabedoria ao nosso Congresso e sustente a nação com o braço direito de Sua retidão” (p. 14).

Então, o papel de cada cidadão não é apenas votar com sabedoria, mas também apoiar em oração aqueles que estão ativamente envolvidos na condução dos assuntos relacionados ao governo de sua nação.

Quanto mais inteligentemente as leis são estabelecidas e obedecidas, mais elas deixam os cidadãos livres para dar a melhor contribuição possível à vida social e econômica da nação. A moral e a ética irão permear com mais eficácia os pensamentos mais íntimos daqueles que são eleitos para servir, à medida que essa mesma moral e ética permearem nossos pensamentos, ou seja, o pensamento dos cidadãos, que são a razão de o governo existir.

Tudo aquilo que leva a sólidos processos governamentais tem sua origem em Deus, o Princípio divino. É por isso que as orações sinceras dos cidadãos em apoio a seus representantes governamentais ajudam a produzir o mais elevado governo que o povo é capaz de obter.

Ralph E. Wagers

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