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Original para a Internet

Nós acreditamos em reencarnação?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 19 de junho de 2023


Quando Cristo Jesus declarou: “…antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58), deu destaque a um dos temas mais importantes do seu ministério. Mais do que ninguém, Jesus sabia qual era o significado, o propósito e a origem da verdadeira existência. E, por saber tudo isso, ele era reconhecido como o Cristo por aqueles discípulos que vislumbravam as verdades espirituais que ele estava ensinando e demonstrando.

Mas, na ocasião, os ouvintes que refutavam o que ele dizia, não compreenderam a relevância das palavras de Jesus e tentaram apedrejá-lo, acusando-o de dizer blasfêmias. Como podia esse filho de um carpinteiro de Nazaré afirmar, com tanta confiança, que tinha uma individualidade e uma natureza distintas, e que existia até mesmo antes de Abraão, que havia fundado a nação hebraica cerca de dezenove séculos antes!

Jesus tinha uma percepção aguçada da verdade de que a vida do homem é sempre a emanação do existir divino e imortal de Deus, não tendo, portanto, nem começo nem fim. Ao vencer o túmulo e ascender, Jesus provou que compreendia plenamente a natureza espiritual da existência. A vida eterna, a vida que está em Deus e que é de Deus, como Jesus demonstrou, é o único verdadeiro existir. E fica claro que o senso espiritual da Vida, Deus, que Jesus ensinou, é a antítese da crença em reencarnação.

Embora hoje em dia haja bastante interesse no assunto, o conceito de reencarnação não é novo. Ele tem uma tradição que remonta a milhares de anos, nos ensinamentos do budismo e de outras religiões orientais. Basicamente, a reencarnação é a crença de que a chamada alma, ou espírito, de uma pessoa deixa o corpo após a morte, e acaba renascendo em outro corpo que, algum tempo depois, também vem a morrer, repetindo o ciclo. Atualmente, muitas pessoas, inclusive alguns psicoterapeutas, estão analisando a possibilidade de tratar certos problemas psicológicos buscando as causas em uma suposta existência humana anterior que o paciente teria esquecido. Trata-se do método denominado “terapia de vidas passadas” e, conforme observado em uma revista, “o movimento sobre vidas passadas está se beneficiando da decepção com as terapias convencionais, do medo da morte e do interesse atual pelo ocultismo” (Time, 3 de outubro de 1977, p. 53).

À primeira vista, pode parecer que a teoria da reencarnação expanda os limites da experiência humana. Mas, por depender de um padrão de realidade baseado na matéria, não passa de uma perspectiva de vida limitada e limitante. Ela não tem realmente nenhum potencial de acabar com a incerteza da humanidade acerca do propósito da vida ou a respeito do futuro. Além disso, ela não pode jamais eliminar completamente o medo da morte nem a aceitação da crença na morte. É necessário um senso de vida muito mais substancial do que a crença de vida, morte e reencarnação na matéria, para que a humanidade finalmente compreenda as palavras de S. Paulo: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Cor. 15:55).

E quanto ao conceito de preexistência que Jesus expôs ao declarar: “Antes que Abraão existisse, eu sou”? Poderia ser, de alguma forma, comparado com a reencarnação? De modo algum! A Ciência Cristã explica que o entendimento acerca da verdadeira preexistência faz com que tenhamos uma compreensão mais completa do nosso relacionamento atual com Deus e nos liberta das restrições do pensamento e da vida materiais. 

Existe uma correlação direta entre a verdadeira preexistência e a coexistência com Deus. De certa forma, esses termos podem ser considerados quase sinônimos. A preexistência espiritual tem como premissa que Deus, a origem, sempre existiu, e que a expressão de Deus, o homem, sempre existiu. A coexistência espiritual significa que Deus, a Vida eterna, sempre existe, e que Seu reflexo, o homem, também sempre existe. Mas, a preexistência e a coexistência não são físicas, porque Deus é o Espírito e o homem à Sua imagem é espiritual — não é um homem mortal ou material. A Sra. Eddy explica: “A Ciência inverte a evidência do senso material com o senso espiritual de que Deus, o Espírito, é a única substância; e de que o homem, Sua imagem e semelhança, é espiritual, não material. Essa grandiosa Verdade não destrói, mas sim dá substância à identidade do homem — em conjunto com sua imortalidade e preexistência, ou seja, a coexistência espiritual com seu Criador” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 47).

Quando reconhecemos que a natureza espiritual atual do homem não está presa ao tempo, nós nos damos conta de que é improdutivo buscarmos na falsa evidência material apresentada pelo corpo, ou nas histórias hipotéticas de vidas físicas anteriores, a indicação de algo realmente importante sobre a verdadeira identidade do homem. A crença em uma suposta vida e mortalidade anterior não pode dar testemunho em favor da identidade real de alguém como a semelhança do Espírito, Deus.

Uma analogia que Cristo Jesus apresentou a alguém que queria ser seu discípulo é um lembrete de que não é recomendável um apego ao passado nem a curiosidade sobre circunstâncias anteriores. Jesus disse: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lucas 9:62). A exigência cristã é que trabalhemos agora o senso de existência. A autodisciplina e o sacrifício visam a demonstrar que estamos “aptos” para a harmonia consciente com Deus, sem precisar esperar. O propósito do Cristianismo de promover o progresso espiritual expulsa todo fascínio com a crença em reencarnação.

Em 1895, entre os artigos a serem incluídos em uma compilação de reportagens, a Sra. Eddy selecionou um relato sobre a Ciência Cristã publicado no jornal Daily Inter-Ocean de Chicago. O repórter escreveu o seguinte sobre os Cientistas Cristãos: “Eles se opõem diametralmente à filosofia do Karma e da reencarnação, que são os fundamentos da teosofia. Mantêm com estrita fidelidade os que acreditam ser os ensinamentos literais de Cristo” (Mary Baker Eddy, Pulpit and Press [Púlpito e Imprensa], p. 38).

O mundo necessita aderir ao exemplo extraordinário da vida eterna que nos foi deixado pelo Mestre. Nós vivemos agora, e é no agora que estamos trabalhando pela nossa salvação. O empenho em compreendermos agora a individualidade espiritual permanente liberta o indivíduo para que ele seja o que verdadeiramente sempre é — a ilimitada expressão de Deus, a Vida divina. 

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