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Original para a Internet

Você é movido pela compaixão?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 23 de novembro de 2023


A compaixão nos move de muitas maneiras diferentes, talvez especialmente durante a época das festas de fim de ano, nas quais as pessoas oferecem trabalho voluntário em entidades beneficentes, doam brinquedos, servem refeições em abrigos ou realizam outros atos de caridade. Esses atos abençoam o doador e o receptor, e abrem a porta para a possibilidade de ver um ao outro como a Bíblia diz que Cristo Jesus via a cada um — já completo e são.

Mais do que qualquer outra coisa, o coração compassivo anseia por curar as dores dos outros. O Evangelho de Marcos descreve como Jesus respondeu com compaixão, quando um homem que sofria de lepra veio até ele. O homem disse: “…Se quiseres, podes purificar-me”. E o relato diz: “Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo!” (1:40, 41).

É justo perguntar: “Minha compaixão é suficiente para curar?” A compaixão que depende dos altos e baixos da bondade pessoal não está à altura dessa tarefa. A Bíblia, porém, nos ajuda a sentir a mesma compaixão que moveu Jesus, por mostrar que tal compaixão tem conexão com o Amor divino, a fonte do amor que nunca seca. O profeta Isaías fala do amor compassivo de Deus como sendo ainda mais constante do que o amor de uma mãe por seu precioso bebê: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Isaías 49:15). Ninguém está fora da consciência amorosa que Deus, a Mente infinita, tem de suas próprias ideias. Essa imagem de afeto nos fala sobre a união de Deus, nosso Pai-Mãe, com Seu filho, nossa verdadeira identidade espiritual.

Os Evangelhos mostram que Jesus via cada indivíduo não como alquebrado ou ferido por duras circunstâncias humanas, mas como amado, cuidado, valorizado e abraçado por Deus. A compaixão do tipo “…não me esquecerei de ti”, que não vê separação entre Pai-Mãe e filho, é a que traz a transformação da consciência humana necessária para curar os males. O Salvador curava por meio de sua compreensão de que a individualidade espiritual única de cada um de nós é a perfeita semelhança de Deus, nosso Criador. Por isso, as cadeias mentais de pecado e doença desprendiam-se dos corações receptivos que vinham até ele em busca de ajuda.

Nem todos são voluntários em organizações beneficentes, mas todos nós podemos ser sanadores em nosso contato diário com familiares, colegas de trabalho ou conhecidos. Temos a oportunidade de praticar a compaixão cristã que Jesus exemplificou, que vai muito além de um programa bem-intencionado, e que leva à cura. Talvez pareça que temos pouco a oferecer, mas podemos pelo menos começar. Sentir o amor de Deus por nós faz com que desejemos transmiti-lo pois, ao reservar um tempo para amar os outros, aprendemos a respeito do amor ilimitado de Deus por todos. Querer ajudar, deixando-nos guiar por nosso mais profundo afeto pelos filhos do Amor, torna-se a norma, não a exceção, em nosso dia a dia. Essa é a atuação do Cristo em nós; traz à tona o verdadeiro homem que reflete a natureza de Deus como a Verdade, a Vida e o Amor. 

Mary Baker Eddy seguiu fielmente Cristo Jesus. Ela vivenciou tristeza e carência muitas vezes em sua vida, e ansiava por ajudar qualquer um que estivesse sofrendo. Mas sua força era mais do que um terno coração. Seu íntimo protesto contra tudo o que era diferente do Amor, Deus, levou-a a descobrir a Ciência Cristã e seu poder de regenerar vidas humanas. “Chamei-a Cristã”, disse ela, “porque é compassiva, benéfica e espiritual” (Retrospecção e Introspecção, p. 25). Ao curar dezenas de pessoas com doenças mentais, emocionais e físicas, ela descobriu as regras da compaixão e da cura cristã.

A Sra. Eddy descreveu assim uma dessas regras: “É necessário que haja uma mudança nos afetos humanos, que se volvam do ego para a benevolência e para o amor a Deus e ao homem; é necessário mudá-los de maneira a termos somente um Deus único e uno, amando-O supremamente e ajudando nossos irmãos” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 50).

Nós também devemos ser movidos pela compaixão, porque misericórdia, bondade, justiça — as forças do Amor divino, Deus — estão sempre em ação no reflexo do Amor. Talvez seja difícil deixar de focar no que achamos que precisa ser consertado na vida de alguém, ou especialmente na nossa. Mas a compaixão nos impele a orar para ver mais a natureza divina que Jesus via nas pessoas. Essa oração é atendida à medida que o Amor vai nos dando uma visão elevada a respeito do outro como sendo o reflexo completo de Deus, satisfeito e amado. A oração varre o medo e traz a paz e a harmonia do Amor divino para nossa vida.

Talvez precisemos de mais graça e menos materialidade, menos preocupação com o ego, menos dúvida, raiva, orgulho ou ganância. Tais traços de caráter não têm nenhum vestígio do Cristo sanador. Em contraste, a compaixão oriunda da mansidão, da paciência e da intuição espiritual sempre nos ajuda a perceber possibilidades de cura. Essas qualidades espirituais estão repletas do amor a Deus e têm aquela consciência do bem disponível que o Cristo, o espírito da Verdade, nos concede.

Sentir-se permanentemente preso a dificuldades e incapaz de ajudar os outros, ou acreditar que os outros é que estão presos a dificuldades, é a influência entorpecente daquilo que a Ciência Cristã chama de mente mortal, porque é a crença de que tenhamos uma mente separada de Deus, que possa dizer se estamos bem ou mal. A mente mortal oferece apenas sua própria visão da vida física perecível, a qual leva as pessoas a desistirem de si mesmas e dos outros.

A compaixão não nos permite aceitar esses relatos e suas perspectivas sombrias a respeito do progresso. Ao aceitarmos a união do homem com Deus, constatamos que nossas experiências diárias se transformam em campo de treinamento para a esperança, a gratidão e a cura. Alguns dos frutos dessa prática são relatados todos os anos nos cultos de Ação de Graças, bem como nas reuniões de testemunho semanais, nas Igrejas de Cristo, Cientista, em todo o mundo, quando as pessoas presentes agradecem por terem sido curadas pela Ciência Cristã.

Estar bem, em segurança e satisfeitos é o que queremos para nós e para os outros. Essa promessa se cumpre por meio da compaixão que movia Jesus. O Cristo eleva nossos pensamentos até a realidade de nossa filiação espiritual com Deus, a qual expressa a sabedoria da Mente, a vitalidade da Vida e o poder sanador do Amor. Tendo o Cristo como nosso modelo, podemos reconhecer as oportunidades de cura. Aliás, tendo a compaixão do Cristo como nosso guia, podemos responder à pergunta “Sou movido pela compaixão?” com um sincero “Sim!” 

Susan Stark
Gerente de Redação

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