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Original para a Internet

A Páscoa e sua mensagem de regeneração

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 25 de março de 2024


A regeneração está no âmago do evento da Páscoa, ocorrido há dois mil anos. Jesus de Nazaré foi levado a julgamento por pressão das autoridades religiosas, que sentiam o próprio prestígio ser ameaçado pelos ensinamentos a respeito do amor de Deus por todos, e pelas obras de cura sem precedentes que Jesus realizava. Ele foi condenado por Pilatos, o governador romano, e crucificado. A história continua conforme Jesus havia previsto: ele ressuscitou depois de três dias, para provar que o Amor e a Vida são divinos, e não podem ser destruídos pelo ódio.

Eu conheço a história de Jesus desde criança mas, quando me tornei adulta, precisei compreender seu significado. Não bastava acreditar. Encontrei orientação na prática da Ciência Cristã que, ao mesmo tempo, salvou minha vida durante uma emergência. Eu fiquei totalmente paralisada e comecei rapidamente a perder as funções normais, inclusive a visão. Meu marido começou a ler para mim trechos do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, e eu ouvi um pensamento claro que corroborava a verdade que vinha buscando. O problema, que posteriormente foi identificado clinicamente como sendo potencialmente fatal, desapareceu imediatamente. No entanto, o efeito mais importante para mim foi que vivenciei o início de uma regeneração que me compeliu a pesquisar para saber como isso havia acontecido.

Encontrei algumas respostas na parábola de Jesus sobre o filho pródigo (ver Lucas 15). Ela conta a história de certo filho mais novo que, depois de arruinar sua vida com decisões ruins, volta para a casa do pai, faminto e sem nada. O pai o recebe com amor, dizendo: “…este meu filho estava morto e reviveu…” (Lucas 15:24). O filho pródigo não tinha morrido e voltado à vida; o que fizera foi abandonar as anteriores maneiras de pensar e viver. E contrariamente à sua expectativa, foi acolhido na casa do pai para usufruir do bem que sempre estivera à sua espera. O sacrifício de seus antigos hábitos mentais resultou em sua regeneração — em uma espécie de ressurreição.

Ao considerarmos a história da Páscoa, podemos nos perguntar: por que Jesus se sacrificou? Certamente cada um pode encontrar sua própria resposta a essa pergunta. Acaso não foi por total amor a Deus e ao próximo? O enorme sacrifício de Jesus possibilitou que outros começassem a se dar conta de que eram valiosos para Deus, de que eram dignos, amados e indispensáveis, porque Jesus demonstrou que a morte não era o fim de tudo. A ressurreição dele provou que a vida existe apesar de atos de ódio, e que a vida está acima das alegações de que dependamos da matéria, porque Deus é a Vida.

O total desprendimento demonstrado por Jesus, e a prova subsequente de que a existência espiritual é uma realidade presente, também levou seus discípulos a um ministério isento de ego. Relatos bíblicos mostram que os discípulos também curavam e, em alguns casos notáveis, até ressuscitaram mortos. O senso de vida que eles tinham havia sido radicalmente expandido pelo sacrifício e ressurreição de Jesus.

O exemplo de Jesus, sacrificando o ego e curando, pode ser universalmente aplicado a toda a humanidade, em todas as épocas. Ele ilustra o fato de que a regeneração requer uma mentalidade liberta do ego. Podemos começar, como o filho pródigo, sacrificando velhos hábitos e velhas maneiras de pensar focadas principalmente em nosso próprio ego, e passando a ter um interesse mais universal.

Somos naturalmente guiados a deixar de pensar no ego pessoal, quando compreendemos como Deus ama e vê Sua criação. Essa compreensão mais elevada de que Deus é a Vida ilimitada e de que, por sermos filhos de Deus, cada um de nós reflete essa Vida verdadeira, guia nosso coração e nosso pensamento para mais perto do Espírito e, realmente, é como se nos ressuscitasse, pois permite que nosso pensamento seja transformado pelo espírito-Cristo que Jesus exemplificou.

Jesus ensinou que devemos abandonar o foco no senso imperfeito de nós mesmos e passar a ter pensamentos e atos mais elevados. Isso talvez pareça um sacrifício da individualidade, mas, de fato, revela uma identidade mais profunda e mais satisfatória. Como lemos em Ciência e Saúde: “Esse senso científico do existir, que abandona a matéria pelo Espírito, não sugere de modo algum a absorção do homem na Deidade nem a perda de sua identidade, mas proporciona ao homem uma individualidade mais ampla, uma esfera mais extensa de pensamento e de ação, um amor de maior alcance, uma paz mais elevada e mais permanente” (p. 265).

O pensamento ressurrecto volta-se para fora, é mais abrangente, mais bondoso e menos materialista, e faz com que percebamos que todos estão incluídos na Vida perfeita. Nossa perspectiva elevada contribui para elevar o espírito da humanidade. O egotismo, o medo e a tristeza diminuem, o coração e o pensamento são renovados, e o corpo corresponde a essa mudança, frequentemente com uma cura necessária. O pensamento que resulta dessa ressurreição assevera o valor eterno de cada indivíduo perante o Deus infinito que a todos criou.

O sacrifício e a ressurreição demonstrados de modo concreto falam ao coração de cada um, sempre que o pensamento se eleva acima do ego e se volta para aquela consciência que vive para abençoar os outros. Essa é a vida que “reviveu”, como reviveu o filho pródigo! 

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