No ano passado, comecei a me sentir muito mal com sintomas da Covid-19. Meu marido e eu amamos a Ciência Cristã e já tivemos curas notáveis em nossa família. Contudo, essa doença parecia ter grande destaque, devido à cobertura midiática mundial e ao medo generalizado da pandemia.
Nessa época, eu também estava me sentindo sobrecarregada em meu trabalho de mãe. O emprego de meu marido era gratificante, mas exigia muito dele e, durante esse período em especial, acabei ficando com toda a responsabilidade de cuidar de nossos filhos. Quando o mais novo ficou doente, fui tomada pelo medo. Eu não conseguia pensar com clareza, muito menos orar como aprendi na Ciência Cristã. Então, quando o mais velho acordou também agitado e doente, eu me senti desamparada e sozinha. Telefonei para uma praticista da Ciência Cristã para pedir-lhe que orasse por nós.
A praticista falou algumas verdades fortes e confortadoras, o que me ajudou. Com as duas crianças chorando e parecendo precisar constantemente que eu as confortasse, voltei-me em oração ao nosso Pai divino, nosso Pai-Mãe Deus. Lembrei-me de uma frase do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy: “As duras experiências provenientes da crença na suposta vida da matéria, bem como nossos desenganos e sofrimentos incessantes, levam-nos, como crianças cansadas,
aos braços do Amor divino” (p. 322).
Naquele momento, uma vizinha e amiga que também é Cientista Cristã passou por nossa casa para nos deixar algo. Ela imediatamente viu minha necessidade. Nós duas estávamos passando por uma situação parecida por termos de ficar isoladas de outras pessoas, devido aos protocolos da Covid-19. Que bênção foi ela aparecer por lá e oferecer ajuda! Para mim, essa foi uma prova do cuidado ilimitado e sempre presente de Deus.
A visita de minha amiga me ajudou a sentir a presença do Amor, Deus, em meu coração e em meu lar. O sentimento de solidão e desamparo começou a diminuir. Ela se ofereceu para ficar um pouco com meus filhos para que eu pudesse organizar algumas coisas em casa. Com muita gratidão, deixei os dois meninos com ela e subi para orar. Naquele momento de quietude, percebi que estava sentindo muita pena de mim mesma. Estava preocupada sobre como conseguiria descansar e quem cuidaria de mim. Fiquei muito grata por já ter uma praticista da Ciência Cristã orando por mim e meus filhos. Eu sabia que o trabalho da praticista estava apoiando toda a família de maneira fundamental e que eu podia sentir alívio por isso.
Então tive a inspiração de telefonar para uma grande amiga que também é Cientista Cristã e tem filhos pequenos. Ela me falou esta simples e profunda verdade: “Seus filhos vão ficar bem, porque Deus existe”. Isso pode parecer que ela fez pouco caso, se for tirado do contexto, mas foi dito com tanto amor e com uma convicção espiritual que discernia o que estava realmente acontecendo, apesar da situação humana. Deus existe! E por Deus ser o Amor infinito e todo-poderoso, meus filhos estavam, e sempre estarão, seguros. Não existe a menor possibilidade de eles ficarem separados de Deus, que tudo e a todos inclui. Enquanto conversávamos, senti o medo começar a se esvair como um balão murchando.
Antes de desligar o telefone, minha amiga mencionou algo dos ensinamentos de Cristo Jesus. Ela disse que eu poderia ver meus filhos como “meus irmãos” pois temos o mesmo Pai-Mãe divino, Deus, que estava cuidando de todos nós (ver Mateus 12:46–50). O senso de responsabilidade que me fazia sentir pressionada e ansiosa desapareceu. Fiquei em paz e pronta para descer e cuidar de meus filhos. Tudo isso aconteceu em muito pouco tempo.
Quando deixei as crianças com minha amiga, eles estavam chorando e apresentando vários sintomas. Quando voltei, eles já estavam contentes, brincando e rindo. Sempre me lembrarei dessa cena. Resplandecia de Amor divino. Meu filho mais velho estava completamente bem. Ele nem mesmo fungava mais. O mais novo e eu começamos a melhorar e logo estávamos bem. Continuamos a seguir o protocolo da quarentena, regozijando-nos o tempo todo com essa preciosa prova de cura. Foi um período sagrado, em que fiquei a sós com Deus e no qual minha família pôde desfrutar da liberdade da cura espiritual. Logo estávamos de volta às nossas rotinas diárias.
Lembro-me desses momentos de extrema necessidade e vejo a mão de Deus me guiando e cuidando de minha família. É uma dádiva preciosa conhecer a Deus e sentir-me cuidada por nosso divino Pai-Mãe. Essa cura me vem ao pensamento com frequência. Ela me mostrou o poder do Cristo, a Verdade e, com relação à Ciência Cristã, me provou mais uma vez seu “valor infinito e sua base firme” (Mary Baker Eddy, Escritos Diversos 1883–1896, p. 232).
Shannon Nordling
Bowen Island, British Columbia, Canadá