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Original para a Internet

Trabalhar em harmonia, independentemente da linha política

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 3 de outubro de 2024


Abordar questões de interesse público e encontrar soluções é algo que eu adoro fazer. Mas como partidos políticos opostos priorizam valores diferentes e têm visões contrastantes sobre o que se deve fazer, pode ser frustrante tentar encontrar soluções que tenham um denominador comum. Muitos problemas deixam de ser resolvidos, o que faz com que as pessoas se irritem e não tenham disposição de trabalharem juntas.

Em meu envolvimento com as questões públicas, eu constatei que posso tratar, por meio da oração, esses empecilhos ao progresso. Aprendi na Ciência Cristã que cada um de nós é uma expressão espiritual de Deus — uma ideia da Mente divina, da Mente única, que governa a todos, sempre. Como, então, seria possível haver conflitos ou entraves entre ideias espirituais que são todas oriundas da mesma Mente? Minhas orações me ajudaram a ver que isso é impossível.

Concentrar-me em conflitos, entraves e outros tipos de desarmonia, significaria enxergar as pessoas como mortais, em vez de vê-las como ideias espirituais criadas por Deus. Então, comecei a reconhecer que a criação de Deus é espiritual e harmoniosa, e passei a fundamentar meu pensamento a respeito das pessoas e das questões a serem resolvidas, partindo dessa base sanadora.

No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, está escrito: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’; aniquila a idolatria pagã e a cristã — tudo o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; anula a maldição sobre o homem, e não deixa nada que possa pecar, sofrer, ser punido ou destruído” (p. 340). Afirmo que por Deus estar governando cada pessoa e o universo, Ele está adequada e harmoniosamente colocando em ordem toda a Sua criação. Deus precisa de Seus filhos, valoriza-os e tem o lugar correto para cada um; não dispensa, não perde nem se esquece de nenhum deles. E, por serem provenientes da mesma fonte, todos os indivíduos, embora únicos, estão naturalmente em harmonia uns com os outros.

Eu gosto de pensar em analogias, a respeito de as ideias de Deus se ajustando e trabalhando em conjunto. Por exemplo, Deus é como um maestro cujas mãos, direita e esquerda, trabalham juntas para conduzir os músicos no desempenho de melodias maravilhosas. Uma sinfonia não seria formada por uma nota apenas, tocada repetidas vezes; a sinfonia tem muitas notas distintas que se unem lindamente em singularidade, variedade, completude e apoio mútuo. Da mesma forma, Deus tece Suas variadas ideias não em uma composição uniforme, mas em um arranjo agradável e congruente, com contrastes de cor e luz, que o tornam harmonioso, interessante e significativo.

Por sermos filhos de Deus, nós coexistimos de modo coordenado, cooperativo e colaborativo. A contribuição individual de cada um é digna de reconhecimento, e todos nós podemos sentir nossa união uns com os outros e com a nossa fonte comum e infinita. É natural apreciarmos e sermos receptivos às contribuições de todos, as quais na verdade se originam, sem exceção, em Deus. Cada uma delas expressa o zelo, cuja definição em Ciência e Saúde é, em parte, “A animação refletida da Vida, da Verdade e do Amor” (p. 599). Vida, Verdade e Amor são nomes para Deus que têm base na Bíblia, e todos nós expressamos o vigor da Vida, a pura harmonia da Verdade, e somos a prova do fato de que o Amor é uno e único.

Reconhecendo que todos somos unidos no Cristo, a Verdade demonstrada por Jesus, o apóstolo Paulo escreveu: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28). Em meu país, poderíamos dizer: “Não pode haver democrata nem republicano, porque todos nós somos um em Cristo Jesus”.

Paulo também propõe esta recomendação prática: “Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. … Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem-definida em sua própria mente. … Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros” (Romanos 14:1, 5, 19).

Eu tive a oportunidade de colocar esses conceitos em prática, quando a falta de ação legislativa e o conflito em relação a um assunto de grande importância para mim, me levaram a concorrer a um cargo público. Apesar de não ter sido eleita, eu continuei a orar a respeito daquele assunto, para encontrar uma solução sanadora. Por fim, aquele que de início foi meu oponente, seu sucessor e eu apoiamos harmoniosamente o mesmo projeto de lei, e desenvolvemos um apreço sincero entre nós. Em discurso público, o sucessor agradeceu e creditou nosso êxito à minha isenção de medo e de raiva, e reconheceu meu esforço para construir pontes sobre as fronteiras partidárias. Uma visão espiritual sobre o assunto, e sobre o outro partido, trouxe cura a todos.

Podemos reconhecer e respeitar a expressão de Deus em todas as pessoas e ver nossa união espiritual com elas. Não nos deixemos induzir a ver o próximo como inferior, mas, em vez disso, vejamos a todos como filhos amados de Deus. Ele expressa em nós amor suficiente para revelar e ampliar a pura verdade espiritual a respeito de cada um. 

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