Em 1996, eu e minha esposa nos mudamos para o Texas, e vendemos a casa no estado da Virginia, que havia sido nosso lar por mais de 20 anos. Diversos anos se passaram, e chegou o momento em que não havia mais razão para ficarmos no Texas. Nessa mesma época, eu recebi uma oferta de emprego que ia além de minhas expectativas, e que significava fazer as malas e voltar para o bairro em que havíamos morado anteriormente, na Virginia. Mas, o preço dos imóveis havia subido muito, e não tínhamos mais condições de comprar de volta nossa antiga casa. Teríamos de procurar em algum lugar bem mais afastado, onde as casas se enquadrassem na faixa de preço que podíamos pagar.
Essa perspectiva era bem desagradável e, após visitar um grande número de imóveis, percorrer muitos quilômetros e dedicar muitas horas à procura de uma casa, estávamos exaustos e desanimados. Voltamo-nos para Deus em busca de orientação e, naturalmente, começamos a pensar mais na ideia de “lugar”, ponderando sobre nosso lugar na criação de Deus. Reconhecemos que poderíamos ser receptivos a Deus, o Amor divino, que nos aponta o caminho adiante, fazendo-nos prosperar, abençoando-nos e aproximando carinhosamente a necessidade do suprimento, em benefício de todas as partes envolvidas.
Depois de orarmos muito, surgiu a ideia de pensarmos em “lugar” de outra maneira — pensar em “dar lugar”, o que significa ceder. Nós precisávamos parar de pedir, de determinar, de nos esforçar e, em vez disso, com sinceridade ouvir a orientação de Deus e seguir a direção que Ele nos indicasse. Então, abandonamos nosso esforço pessoal e deixamos que Deus, o Princípio divino, nos mostrasse como nossa necessidade seria atendida. Como Jesus disse: “…não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42).
Em pouquíssimos dias, fomos levados a uma casa novinha, que o próprio arquiteto estava mostrando; ele havia acabado de anunciá-la. A planta era perfeita, o preço era justo e o tempo de deslocamento até o trabalho era menor do que o previsto.
Que lição inestimável! Nós aprendemos a deixar de conduzir o assunto com base em nossa vontade pessoal e a ceder, dar lugar, à graça de Deus.