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Original para a Internet

Cinco verdades espirituais

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 23 de junho de 2025


Quando um líder religioso hebreu perguntou a Jesus “…Qual é o principal de todos os mandamentos?”, ele respondeu: “…O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força” (Marcos 12:28–30).

Essa declaração descreveu, com muita ênfase, o fundamento sobre o qual se assentava o ministério do Mestre. A própria base da capacidade de Jesus de curar os doentes, ressuscitar os mortos e realizar todas as suas outras obras maravilhosas  era a sua compreensão de que Deus, o Espírito, é o único poder.

Essa maneira de ver as coisas ia contra as crenças em muitos deuses, nas quais se apoiavam as outras culturas de sua época. A ideia do monoteísmo, no entanto, não era nova para os judeus. Jesus havia sido educado nesse ensinamento, e sua resposta ao escriba citou quase que literalmente uma passagem do Antigo Testamento (ver Deuteronômio 6:4, 5).

O que diferenciava Jesus era seu compromisso, isento de ego, de honrar o Deus único em todas as circunstâncias. O reconhecimento de que Deus é todo o poder tinha primazia em seu pensamento, e ele ensinava seus seguidores a fazerem o mesmo. O registro das curas que resultaram dessa dedicação não foi igualado por ninguém, nem antes nem depois de seu ministério — e ele sempre dava o crédito a Deus.

Logo após curar o homem que havia 38 anos sofria de uma enfermidade, Jesus afirmou: “…Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. E acrescentou: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou” (João 5:17, 30). É muito encorajador saber que ele também prometeu que aqueles que cressem nele conseguiriam fazer as obras que ele fazia, e até maiores (ver João 14:12).

Compreender que Deus é uno e único foi particularmente importante para mim quando, há algum tempo, tive alguns problemas físicos. Tudo começou com uma dor no cotovelo, que limitava o uso do meu braço. Parecia que eu o havia deslocado.

Graças ao estudo da Ciência Cristã, que nos ensina a curar nos dias de hoje do mesmo modo que Cristo Jesus curava, eu sabia que, por meio da oração, poderia me libertar desse problema. Assim, concentrei meus pensamentos no que havia aprendido a respeito de Deus e de Sua criação. Enquanto orava, cinco verdades espirituais foram se tornando mais claras para mim: só há um Deus, uma lei, uma causa, um efeito e uma criação. Para que eu me lembrasse desses fatos espirituais, eu os denominei “as cinco verdades”. Não se tratava de uma fórmula, mas de um lembrete dos ensinamentos de Jesus.

A Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, deixou instruções claras em seus escritos a respeito de como podemos colocar em prática esses ensinamentos. Ela afirma que há um único Deus, que está sempre presente e é inteiramente bom. Deus governa tudo, por isso não pode haver mais de um poder ou presença no controle. Comecei a ver que era falsa a percepção de que havia uma força material tentando, de alguma forma, ser outro deus para me controlar e causar dor.

Em espírito de oração afirmei que existe apenas uma lei — a lei divina da saúde e da harmonia, que está em vigor neste exato momento — e que essa é a única lei que sempre existiu. Esse pensamento silenciou o medo de eu ter transgredido alguma outra lei que afirmava que eu havia forçado demais o braço e que deveria sofrer as consequências.

Essa teoria perniciosa se origina na mente mortal — uma expressão cunhada pela Sra. Eddy para descrever uma suposta mente separada de Deus. Ela afirma em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “…a matéria não pode sofrer. Só a mente mortal sofre — não porque uma lei da matéria tenha sido transgredida, mas porque uma lei dessa mente, assim chamada, foi desobedecida” (p. 184).

Em seguida, ponderei que Deus é a única causa, e que o bem é o único efeito possível. Aprendemos na Ciência Cristã: “Toda a substância, a inteligência, a sabedoria, a existência, a imortalidade, a causa e o efeito pertencem a Deus” (Ciência e Saúde, p. 275). Como poderia haver uma causa ou efeito material, se Deus é o único poder e a única presença? Por isso, a saúde — a consciência de que o homem é inteiramente bom, perfeito e harmonioso — se origina em Deus, a Mente única, não na matéria. Essa conclusão refutou a crença de que o problema com meu cotovelo pudesse ter uma causa legítima e um efeito desarmonioso legítimo.

Orei reconhecendo a verdade sobre minha identidade como progênito espiritual de Deus — uma ideia de Deus — de acordo com a resposta à pergunta “O que é o homem?” na página 475 de Ciência e Saúde. Nela lemos que existe apenas uma criação, que inclui o homem, e que essa criação é espiritual. A Bíblia nos diz que o homem é criado à “imagem” e “semelhança” de Deus, e que tudo o que Ele cria é “muito bom” (Gênesis 1:26, 31). Isso refutava a crença de que eu havia sido criado materialmente, e de que era mortal.

O poder dessas verdades ficou evidente para mim, e os sintomas diminuíram consideravelmente. No entanto, houve um retrocesso no quadro físico quando, de repente, também comecei a sentir dor na cabeça e no pescoço. Contudo, em vez de me sentir desanimado, devido aos problemas que pareciam estar aumentando, agarrei-me ainda mais firmemente à verdade de que existe um único Deus, uma única lei, uma única causa, um único efeito e uma só criação, e a dor começou a ceder.

Continuei orando e me lembrei deste trecho de Ciência e Saúde que faz referência a Jesus, “…cujas orações humildes eram profundos e conscienciosos protestos a favor da Verdade — da semelhança do homem com Deus e da unidade do homem com a Verdade e o Amor” (p. 12). Mais adiante lemos: “Elevando o pensamento acima do erro, ou da doença, e argumentando com persistência a favor da verdade, destróis o erro” (p. 400).

Assim, esforcei-me para me conscientizar ainda mais disso em meus “protestos a favor da Verdade” com respeito aos sintomas que sentia. Continuei a estudar a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy, a ler os periódicos da Ciência Cristã, e a me dedicar ao estudo da Lição Bíblica semanal que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Eu sabia que precisava protestar contra o mal, refutá-lo com veemência, afirmando as cinco verdades e, com persistência, argumentar a favor dessa verdade a meu respeito. Continuei orando e, com gratidão, constatei que meu cotovelo, cabeça e pescoço estavam completamente curados, e que eu recuperara total liberdade de movimentos.

O que chamou minha atenção durante aqueles dias de oração foi a importância de me apoiar conscientemente em minha união com Deus, independentemente do que os sentidos materiais estivessem alegando. Embora essa não fosse uma ideia nova para mim, compreendi que precisava, com mais firmeza, me recusar a acreditar que possuo uma identidade mortal e material. Essa percepção limitada e mortal é, de fato, uma mentira traiçoeira de que exista mais de um Deus. Contudo, por meio dos “profundos e conscienciosos protestos a favor da Verdade” podemos ter a expectativa de comprovar que a verdade prevalece em nossa vida por meio da cura.

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