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Original para a Internet

Orar pelos cargos do governo

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 15 de setembro de 2025


Os peixes-beta machos não gostam de compartilhar o aquário com outros machos. Brigam e se mordem, até um dos dois morrer. Não sabem trabalhar em equipe. Voltam-se uns contra os outros. Também chamados de peixes-de-briga-siameses, são conhecidos por sua agressividade, que lhes foi incutida.

Ao longo das últimas décadas, muitos países têm visto um aumento em brigas e agressividade parecidas, entre seus cidadãos. Há divisões, e muitos países estão polarizados entre leis, diretivas, ou até mesmo personalidades políticas. Embora cada um tenha o próprio senso daquilo que deveria ser feito em determinadas circunstâncias, meu pensamento geralmente se volta a esta resposta da Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, quando lhe perguntaram a respeito de sua orientação política: “Na realidade, não tenho nenhuma, a não ser ajudar a apoiar um governo justo; amar a Deus acima de tudo, e meu próximo como a mim mesma” (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos, p. 276).

Então, como podemos apoiar um governo justo, cujas características sejam a moralidade, a justiça e o respeito à lei e à ordem? E como podemos apoiar quem ocupa cargos no governo a expressar virtude, justiça e honestidade? Orar pelos departamentos do governo pode nos indicar um caminho a seguir, quando um país está lidando com a divisão interna. Na minha opinião, essa oração significa compreender espiritualmente a que se destina tal departamento, o que representa, e as qualidades necessárias para fazer cumprir com suas obrigações.

Por exemplo, eu moro nos Estados Unidos e oro, com regularidade, em apoio ao cargo de presidente. Isso inclui reconhecer que a realidade espiritual, revelada na Bíblia, especialmente na vida e no ministério de cura de Jesus, é sempre verdadeira, quer as evidências físicas imediatas deem prova disso, ou não. Por meio do raciocínio espiritual, podemos reconhecer e afirmar que o cargo pertence a Deus, a Mente onipotente, e é governado por essa Mente. Por isso, cada indivíduo a ocupá-lo está, na realidade, sob o controle da única e una Mente divina. O cargo é sustentado por Deus, e a sabedoria, a economia e o amor fraternal o permeiam, por meio da orientação divina.

Orar desse modo, torna impessoal nosso senso sobre o cargo, e, ao invés de vermos uma pessoa no comando, começamos a perceber que Deus, o bem, está ao leme, guiando Sua criação perfeita. Isso inclui o indivíduo que desempenha o cargo, cuja identidade verdadeira e espiritual é o reflexo de Deus, feita à Sua imagem e semelhança.

Certa vez, quando chefes religiosos se aproximaram de Cristo Jesus, tentando fazê-lo cometer um erro, disseram: “…Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te importas com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens; antes, segundo a verdade, ensinas o caminho de Deus; é lícito pagar tributo a César ou não? Devemos ou não devemos pagar?” Jesus respondeu: “…Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (ver Marcos 12:14, 17).

Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a pessoalidade de César e a autoridade suprema de Deus. Ele nunca promoveu a derrubada do governo de César, mas sim a derrubada do mal, por meio do reconhecimento de que toda a glória e o poder pertencem a Deus, o bem. Nós também podemos dar “…a Deus o que é de Deus” e rejubilar-nos na autoridade e no poder divinos, que estão atuando em todos os gabinetes, ao redor do mundo. Mas como?

Encontrei uma resposta proveitosa nas palavras de uma das primeiras praticistas e professoras da Ciência Cristã: “Aquele que está empenhado no trabalho de cura aprende, por meio de sua compreensão a respeito do Princípio divino, a detectar rapidamente o erro que tem de ser destruído, para que a cura possa ser vivenciada, e a Sra. Eddy deixa isso bastante claro em todos os seus ensinamentos. Ela explica, àqueles que estudam suas obras, que tanto o medo quanto o pecado têm de ser postos a descoberto e destruídos pela verdade, e o praticista que discerne qualquer fase do erro — hipocrisia, desonestidade ou impureza — no pensamento do paciente, deve, antes de tudo, acender a luz da Verdade nas profundezas do próprio pensamento, e dali expulsar o qualquer desses erros que ainda permaneça. Então estará pronto para enfrentar amorosamente, e com eficácia, a tarefa que lhe foi incumbida: a de perfeitamente curar a consciência humana que chegou até ele em busca da ajuda que apenas a Ciência divina pode dar” (Annie M. Knott, “Spiritual discernment,” [Discernimento espiritual] Christian Science Sentinel, 15 de março de 1919).

Em nossa oração pelos cargos do governo, curar primeiro o nosso próprio pensamento nos prepara para impessoalizar qualquer mal que pareça estar presente. Ao eliminar de nosso próprio pensamento toda crença no poder do mal, tal como o ódio, a raiva ou a falta de sabedoria, purificamos nosso senso a respeito daquele departamento, e substituímos qualquer consciência do mal pelo que compreendemos ser real e verdadeiro a respeito do governo de Deus.

Ao orarmos, nenhuma raiva, raciocínio material nem repulsa deveriam entrar em nosso pensamento, para nublar a visão espiritual daquilo que Deus está fazendo, e já fez, pela humanidade. Apenas a perfeição de Deus e de Sua criação deve permanecer em nosso pensamento, se desejamos obter uma clara percepção da autoridade e do poder de Deus nos acontecimentos humanos. Na realidade, o cargo não pode ser invadido pelo ódio, pela ignorância, pela vontade própria ou pelo sentimentalismo. A mente mortal, a suposição de uma mente contrária a Deus, não detém nenhum cargo, pois está fora da lei divina, lei essa que a Ciência divina — a verdadeira perspectiva de Deus e Sua criação — revela ser a única lei. A mente mortal é impotente na toda-presença da Mente divina, Deus.

Nossas orações pelos cargos do governo podem ajudar a apoiá-los, a apoiar seu propósito e as qualidades espirituais necessárias para sustentá-los. Isso naturalmente abençoa os indivíduos que os retêm, e todos cuja vida será afetada pelas decisões resultantes do trabalho desses cargos.

A Sra. Eddy escreve: “Orai pela prosperidade de nosso país e por sua vitória quando em armas; para que a justiça, a misericórdia e a paz continuem a caracterizar seu governo, e governem todas as nações. Orai para que a presença divina continue a guiar e a abençoar a autoridade máxima de nossa nação, as pessoas ligadas ao cargo executivo, e o sistema judiciário de nosso país; para que conceda sabedoria ao nosso Congresso e sustente a nação com o braço direito de Sua retidão. …

“Que nosso Pai-Mãe Deus, que outrora nos preparou uma mesa no deserto e ‘na presença dos nossos adversários’, nos estabeleça na mais santa fé, assente nossos pés firmemente na Verdade, a rocha do Cristo, a ‘substância das coisas que se esperam’ — e nos inunde com a vida e a compreensão de Deus, e a boa vontade para com os homens” (A Ciência Cristã frente ao panteísmo, pp. 14, 15).

A agressividade não nos foi incutida. Os filhos de Deus não são cheios de conflitos e raiva, pelo contrário, dão evidências do governo divino de Deus. Por isso é natural que todos oremos para reconhecer esse fato e, sobre essa base, oremos pelos cargos do governo, para que todos sejam abençoados.

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