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Original para a Internet

Estamos em condição de sermos generosos?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 15 de dezembro de 2025


Afinal, há tantos motivos para não sermos generosos. Não apenas em relação aos nossos pertences — nosso dinheiro e bens materiais. Mas também em relação às nossas ideias: e se outra pessoa as copiar e levar o crédito por elas? E se doarmos, de bom grado, nosso tempo e nossas habilidades, e alguém se aproveitar de nós? Além, é claro, da possibilidade de acabar precisando do dinheiro ou das coisas que estamos pensando em doar. 

Partindo de uma perspectiva pessoal, a decisão de sermos generosos pode não parecer óbvia. Ainda assim, Cristo Jesus ensinou: “…de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8). Mas, e se acharmos que não recebemos de graça — se nos faltam ideias, habilidades, tempo ou dinheiro?

Jesus não iniciou seu comando usando um “se” — “se de graça recebestes, de graça dai”. Sua ordem parte da ideia de que temos recebido da graça. Essa não era uma suposição da parte dele. Jesus sabia que a fonte de nosso suprimento é Deus, o bem. No Sermão do Monte, ele nos garante que ao buscarmos primeiro “…o seu reino e a sua justiça …todas estas coisas …serão acrescentadas” (ver Mateus 6:25–34). A Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, explica esse ensinamento, quando escreve: “Deus te dá Suas ideias espirituais, e elas, por sua vez, te dão o suprimento diário” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 307). 

Voltar-se a Deus em oração, silenciar a vontade própria e ouvir humildemente a orientação de Deus — e depois mudar o modo de pensar e agir conforme essa orientação — é uma boa maneira de buscar o Seu reino. No reino de Deus, tudo é, e tem de ser, semelhante a Ele. Por isso, é totalmente natural abandonarmos um senso errôneo a nosso respeito, de que sejamos egoístas, limitados e carentes. As mensagens angelicais que Deus nos envia nos dão a certeza, conforme está em Gênesis 1:26, 27, de termos sido criados à Sua imagem e semelhança. Visto que Deus é bom e belo, nós, na realidade, também somos bons e belos. E porque Deus é Tudo — infinito e perfeito — não Lhe falta nada. Logo, por refletirmos a Deus, a nós também não falta nada. Ele cria tudo, e tudo o que Ele cria é bom e completo, sem nada faltar, e isso inclui cada um de nós.

Quando reconhecemos que Deus é a fonte de todo o bem, não relutamos em ser generosos. Ele, de fato, nos provê, a todos, com abundância. Podemos passar adiante o que Ele nos dá, sem jamais temer que se esgote.

Talvez acreditemos que concretamente nos falte algo, e que isso nos impede de doar. Mas essa não é a realidade. O que nos breca é uma visão incorreta sobre nós mesmos, como carentes e separados de Deus e de Sua provisão infinita. Quando, porém, compreendemos quem somos, como filhos de Deus — Seus herdeiros, como Paulo diz (ver Romanos 8:16, 17) — então compreendemos também que Ele está sempre derramando para nós Sua generosidade. Quando realmente entendemos isso, temos sempre o suficiente, inclusive para compartilhar com generosidade, porque estamos usufruindo de uma fonte infinita.

E essa não é a única área em que nossa generosidade cresce. Ao nos reconhecermos como a criação amada de Deus, o Espírito, também somos capazes de reconhecer nosso próximo da mesma maneira, percebendo a nós mesmos e aos outros como espirituais, não materiais — como bons, amáveis, honestos, atenciosos e dignos. Ou seja, tornamo-nos mais generosos não apenas em relação ao que temos para dar, mas também no tocante à nossa percepção sobre o próximo. Essa visão correta inclui necessariamente que a saúde e o suprimento estão presentes para todos, mesmo quando parecem faltar. Tal compreensão pode levar, e leva, à cura.

A Bíblia conta que isso se realizava constantemente no ministério de Jesus, que sempre via os outros como Deus os vê. Em certa ocasião, relata o livro de Mateus, ele curou os enfermos em meio a uma multidão de muito mais de cinco mil pessoas que haviam se reunido em busca de sua ajuda (ver Mateus 14:14–21). Ao anoitecer, porém, a mesma multidão permanecia ali, e Jesus estava diante de todas aquelas pessoas, agora famintas.

Seus discípulos o aconselharam a enviá-las às vilas mais próximas, para se alimentarem. Mas Jesus não viu a necessidade disso, e mandou que os discípulos lhes dessem o que comer. Eles ficaram perplexos. Tudo o que tinham disponível eram cinco pães e dois peixes. Talvez fosse o suficiente para alimentar Jesus e os discípulos, mas, e os “cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças”? 

Jesus não teve o menor receio de compartilhar o que havia com quem viera aprender com ele e ser curado. Ele tomou os pães e peixes, os abençoou e entregou-os aos discípulos, para que os distribuíssem. Não só todos ficaram satisfeitos, como restaram 12 cestos cheios das sobras.

Talvez não estejamos, no momento, demonstrando tal abundância como fez Jesus. Mas, ao crescermos espiritualmente, começamos a enxergar tudo a partir de uma perspectiva mais espiritual e a perceber, pouco a pouco, a abundância em que nosso Pai celestial nos envolveu. Tornamo-nos menos temerosos de perder alguma coisa por doarmos aos outros. Compreendemos que eles são, assim como nós, os amados filhos de Deus, o Amor, alimentados pelo mesmo pão celestial que nos alimenta.

Todos os argumentos contra sermos generosos e expressarmos uma natureza generosa se dissipam à luz da graça e da glória de Deus. Dessa graça recebemos, então a partir dessa graça podemos dar!

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