No ano passado, quando trabalhei cuidando de cavalos na estrebaria de um acampamento, nenhum dos meus colegas ali estava se sentindo bem. Eu também tinha os mesmos sintomas, e sentia desconforto para falar.
Decidi orar como aprendera na Escola Dominical da Ciência Cristã, e entrei em contato com uma praticista da Ciência Cristã, pedindo-lhe que me apoiasse por meio da oração. Ela me falou da ideia inspiradora de que a Verdade, ou seja, Deus, é a única comunicadora. A Verdade está me comunicando aquilo que é verdadeiro a meu respeito, o dia todo, todos os dias. Essa comunicação que vem diretamente da Verdade está ao alcance de todos. Isso me ajudou a pensar de maneira diferente sobre o que falavam as pessoas que estavam comigo na estrebaria. Passei a reconhecer que apenas as mensagens vindas da Verdade são válidas.
Procurando uma nova perspectiva sobre o tema, olhei no dicionário a definição do verbo comunicar. Gostei destas três ideias:
1. “Transmitir; dar a outrem”
2. “Transmitir conhecimento; revelar”
3. “Entrar em comunhão com alguém, como, por exemplo tomar parte na ceia do Senhor”
A terceira ideia se refere a Jesus, e logo me lembrei da seguinte passagem do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, na qual a autora, Mary Baker Eddy, fala do modo como Jesus enxergava as pessoas e se comunicava com elas. Ela escreve: “Jesus reconhecia na Ciência o homem perfeito, que lhe era visível ali mesmo onde os mortais veem o homem mortal e pecador. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes. Assim, Jesus ensinou que o reino de Deus está intacto e é universal, e que o homem é puro e santo” (pp. 476–477).
Depois disso, quando ouvia conversas sobre preocupações a respeito de doenças, eu procurava me empenhar para “reconhecer o homem perfeito” — afirmando a perfeição espiritual que existe realmente em todas as pessoas. Conforme explicado na Bíblia e em Ciência e Saúde, Deus nos fez à Sua imagem e semelhança e, por Ele ser perfeito, nós, como Seu reflexo, expressamos essa perfeição. Desse modo, quando reconhecemos a perfeição de Deus, vemos também o “homem perfeito”. Eu sabia que só é verdade aquilo que é real espiritualmente, e tinha a certeza de que todos nós podemos reconhecer a verdade sobre nós mesmos e sobre cada pessoa.
Percebi que poderia “reconhecer o homem perfeito” de duas maneiras. Em primeiro lugar, negar mentalmente que algo que não fosse a semelhança de Deus, o bem, pudesse estar presente, e declarar a eterna presença do bem, ou seja, Deus. Segundo, em vez de falar a respeito de como “solucionar” o problema da doença a partir de um ponto de vista humano, eu poderia compartilhar com meus amigos algumas ideias de como podemos pensar na questão a partir de uma perspectiva espiritual mais elevada.
Compreendi também que eu não deveria permitir que a dor de garganta me impedisse de fazer o que precisava ser feito. Visto que Deus, o Espírito, me fez espiritual, os sentidos materiais não podiam me informar quanto à minha capacidade de participar em alguma atividade. A minha origem estava em Deus, de quem vinha minha energia, e Ele executava todo o movimento e toda a comunicação. Eu O estava refletindo.
Consegui completar todas as atividades e me fazer ouvir, mesmo quando precisei falar em voz alta. Tive também algumas conversas agradáveis, e pude mencionar ideias a respeito de como estava colocando em prática os ensinamentos da Ciência Cristã para cumprir as diversas tarefas durante o verão. Fiquei curada da dor de garganta rapidamente.
Sou muito grata pelas oportunidades de crescer espiritualmente e de compartilhar os ensinamentos da Ciência Cristã.