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Original para a Internet

Reconhecer com gratidão nossas infinitas bênçãos

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 6 de outubro de 2025


Lemos na Bíblia, no Evangelho de Lucas, que dez leprosos pediram ajuda a Jesus, que vinha demonstrando o poder de cura que acompanha a compreensão a respeito de Deus. Jesus curou todos eles (ver Lucas 17:11–19). Contudo, somente um voltou para lhe agradecer. Ou seja, todos os dez foram abençoados, mas somente um reconheceu a bênção.

O que o homem que retornou ganhou que os outros perderam? Em outras palavras, que diferença faz quando expressamos gratidão pelo bem que recebemos? A Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, responde a essa pergunta da seguinte maneira: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido? Então faremos uso das bênçãos que temos e assim estaremos preparados para receber mais” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 3).

Nove dos dez leprosos receberam a bênção e foram embora, sem mostrar nenhum interesse nem saber o que os havia curado. Ao retornar, aquele que veio agradecer demonstrou que seu olhar havia se voltado para os céus, para o Princípio, Deus, a verdadeira fonte de toda a cura. Os outros nove leprosos agiram como garimpeiros procurando ouro em um córrego. Foram curados — encontraram alguns fragmentos e pepitas que haviam se soltado de sua fonte e sido levados pela correnteza. Mas aquele que estava grato não se contentou em peneirar a lama para tirar o cascalho e ver o que poderia encontrar. Ele se voltou diretamente para a fonte, de onde o ouro, ou seja, a cura, tinha vindo.

Um depósito mineral, isto é, uma fonte material de ouro, acabará se esgotando. Mas as bênçãos que Deus nos concede são infinitas. Se nosso olhar e nossa confiança estiverem voltados para o que é terrenal, para a matéria e para o materialismo — tudo aquilo que alega ser o oposto do bem ou a ausência dele — estaremos negando que Deus seja o único Criador e a única fonte de todo o verdadeiro existir. Se esperamos encontrar substância e poder na matéria, esse pensamento inevitavelmente limitará o bem que conseguiremos enxergar, até mesmo no plano da experiência humana. Isso não significa que o bem não esteja ao nosso alcance — ele sempre está. Significa que nós não estamos conseguindo enxergá-lo.

Quando reconhecemos algo, aceitamos a ideia de que ele existe ou de que é verdadeiro. Antes de podermos ver as bênçãos de Deus se manifestarem plenamente  em nossa vida, precisamos reconhecer que Deus, o Amor divino, e Suas bênçãos existem, são reais. Na mesma proporção em que acreditamos na realidade da matéria, deixamos de acreditar no bem que Deus concede. Mas quando começamos a compreender que o existir é totalmente espiritual, inteiramente semelhante a Deus, e que, portanto, o homem, a expressão de Deus, também é inteiramente espiritual, nossa fé na matéria começa a se dissipar, mesmo que lentamente.

É claro que, a essa altura, nenhum de nós abandonou completamente a crença na realidade da matéria! Todavia, quando nos voltamos para Deus e somos humildemente receptivos, estamos permitindo que o Cristo, a verdadeira ideia de Deus, atue em nossa consciência, comece a destruir nossa fé na matéria e abra nossos olhos para o sempre presente bem divino, que nos envolve em perfeita saúde e segurança. Um dicionário define o termo perfeito como aquilo em que “não falta nada de essencial ao todo”. A Sra. Eddy escreve: “…o reconhecer a perfeição do Invisível infinito confere um poder que nenhuma outra coisa pode outorgar” (A Unidade do Bem, p. 7).

É por isso que a gratidão pelo bem que Deus, o Amor divino, proporciona — um reconhecimento daquilo que o Amor é, e do que ele faz por nós — é muito poderosa. A gratidão nos firma no bem de Deus, fortalecendo nossa compreensão a respeito da presença constante e do poder ininterrupto desse bem. Diminui nosso medo quando enfrentamos desafios, porque sabemos que Deus, o Espírito, é capaz de satisfazer a qualquer necessidade que possamos ter. E, quando compreendemos que essa afirmação é verdadeira para nós, porque é verdadeira para todos, ficamos mais confiantes.

Certa vez, comecei a apresentar sintomas do que parecia ser uma forte alergia sazonal, algo que eu nunca havia tido. Ao orar para me libertar do problema, de repente me dei conta de que, enquanto orava por mim, para compreender que alergias não fazem parte do reino de Deus, sem perceber eu estava aceitando a alegação de que esse era um problema que outras pessoas tinham. Eu precisava reconhecer que Deus é realmente perfeito e que toda a Sua criação expressa essa perfeição. Fui então tomada por um senso de admiração e reverência pela magnitude da obra de Deus e, em seguida, por um profundo sentimento de gratidão. Os sintomas de alergia começaram a desaparecer. Em poucos dias, embora as plantas e o pólen permenecessem os mesmos, os sintomas desapareceram por completo e nunca mais voltaram.

A primeira frase do Prefácio do livro-texto da Ciência Cristã nos diz que, quando nos apoiamos em Deus, nossos dias são “repleto[s] de bênçãos” (Ciência e Saúde, p. vii). Apoiar-se em Deus é reconhecê-Lo, e reconhecê-Lo é ser grato. Se a gratidão é o preço a pagar para receber bênçãos, parece que vale a pena ser grato!

Lisa Rennie Systma  
Redatora-Adjunta

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