Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

Você é o resultado do perfeito Amor

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 6 de outubro de 2025


Ultimamente, tenho me deparado muito com esta frase: “Você tem problemas? Tudo bem, isso acontece”. Sou grato pela compaixão que normalmente motiva essa afirmação. É importante que as pessoas saibam que não precisam ficar com vergonha pelo que estão enfrentando, nem têm de aparentar coragem devido à família, aos amigos ou até mesmo para o bem da carreira profissional — não importa o que esteja acontecendo, elas são amadas e valorizadas.

Mas o que dizer da suposição implícita de que seja realmente normal termos um ou mais problemas “incorporados” à nossa identidade? Em outras palavras, acaso as experiências de desarmonia são simplesmente parte integrante de quem somos?

Quando criança, eu tinha convulsões dolorosas sempre que participava de atividades esportivas. Também tinha de ficar atento ao brincar ao ar livre, para ter a certeza de que conseguiria entrar em casa rapidamente, caso começasse uma crise. Meus pais e professores sempre foram muito atenciosos e estavam sempre vigilantes para me ajudar, cuidar de mim e me confortar, quando necessário.

Minha família sempre encontrara na Ciência Cristã o método mais eficaz de cuidar de nossa saúde e de lidar com os problemas, e, mesmo quando criança, eu costumava orar, ao enfrentar desafios. Então, foi natural para minha família e para mim recorrer a Deus para tratar também desse problema, embora, em determinado momento, meus pais tenham consultado um profissional da saúde. O médico não conseguiu dar um diagnóstico nem oferecer uma solução eficaz.

Embora continuássemos a orar e mantivéssemos a expectativa da cura, em determinado momento comecei a me identificar com esse problema, muitas vezes me referindo a ele como “meu problema”, até que uma grande mudança aconteceu antes de eu entrar na sexta série, na escola. O praticista da Ciência Cristã que estava me dando tratamento metafísico perguntou-me: “Você é perfeccionista?” Foi uma pergunta interessante, e até hoje pondero sobre suas implicações. Foi uma nova maneira de olhar as coisas, mais especificamente ao considerar como eu poderia tratar de um problema específico por meio da oração. Até que ponto eu acreditava ser minha responsabilidade consertar as coisas? Será que eu estava interessado em subordinar meus esforços humanos à ação incessantemente perfeita de Deus?

Com isso em mente, melhorei minha expectativa com relação ao novo ano letivo, quando minha turma de educação física começaria a jogar futebol americano. Eu queria muito participar. Durante o verão, lembro-me de que conscientemente mudei minha maneira de pensar sobre a questão das convulsões: tomei a decisão de não mais me referir ao assunto como “meu problema”. Não era meu problema, para eu resolver com meus próprios perfeccionistas esforços humanos; era apenas um problema. Foi então que comecei a mentalmente ceder espaço ao cuidado e ao controle sempre presentes de Deus.

Essa mudança em minha premissa e abordagem não foi o fim do problema, mas abriu a porta para eu tomar em consideração a próxima grande ideia: se tudo o que eu estava aprendendo na Escola Dominical da Ciência Cristã era verdade, eu devia ser capaz de jogar futebol. O fio condutor que sempre sustentou minha experiência na Escola Dominical era o fato de que Deus, o bem, é o Criador do homem, e que o homem — cada um de nós — expressa a Deus, o Espírito, por meio do poder dEle, Deus, não pelo esforço humano. Era impossível eu deixar de ser espiritual. E ser espiritual é o mesmo que ser plenamente harmonioso, sem nenhum traço de desarmonia.

Foi interessante o quanto isso chamou minha atenção. Eu havia frequentado a Escola Dominical minha vida inteira, e gostava muito. Mas naquele verão, de repente percebi que aquilo que eu estava aprendendo ali era verdadeiro. Embora minha experiência naquele momento ainda não manifestasse a perfeita harmonia divina, isso não significava que o que eu estava aprendendo não fosse verdade; devia significar, isso sim, que permanecer firme naquilo que aprendia podia mudar minha vida para melhor. A Verdade divina podia ter efeito prático na minha vida, levando à liberdade física.

Então pedi a meus pais, professores e instrutores que me deixassem participar das aulas de educação física e do recreio na quadra. (Já estava cansado de ficar jogando no computador ou fazer trabalhos escolares extras, enquanto meus amigos se divertiam na quadra!) Os adultos apoiaram essa decisão, desde que eu prometesse não forçar demais e pedisse ajuda, se necessário. Meus pais e eu continuamos a orar, e nossas orações me ajudaram a compreender melhor meu relacionamento com Deus.

Foi preciso um pouco de persistência, mas sou muito grato por ficar completamente curado e terminar a sétima série totalmente livre desse problema. A cura veio, não pelo meu próprio poder, mas em concordância com esta orientação, que posteriormente encontrei em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy: “…temos de agir como possuidores de todo o poder dAquele em quem existimos” (p. 264).

A Sra. Eddy não escreveu sobre conceitos filosóficos abstratos ou maneiras de alcançar obstinadamente mais coisas boas na vida. Por meio do profundo estudo da Bíblia, ela descobriu que, em poucas palavras, Cristo Jesus não estava mentindo, quando disse: “…está próximo o reino dos céus” (Mateus 3:2). Próximo de cada um de nós, seja no espaço, seja no tempo.

A recomendação de Ciência e Saúde, portanto, não é um chamado para “fazer de conta até conseguir”. Pelo contrário, é um convite a considerarmos como cada um de nós, criados à imagem e semelhança de Deus (como nos descreve a Bíblia), pode viver — pensar, falar e agir — com a autoridade e a expectativa do bem que caracterizam o reflexo de Deus. Lemos na Bíblia: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança” (Salmos 62:5).

Em vez de aceitar um conceito das coisas com base no que as circunstâncias informam, podemos deixar que a onipotência de Deus — o Espírito puro, o Amor divino — nos dirija e nos leve a reconhecer que temos a capacidade de viver em liberdade. Então nossas expectativas não estarão fundamentadas em experiências passadas, diagnósticos atuais ou medo do futuro. Podemos esperar em Deus — reconhecer Sua presença e ativamente servi-Lo — e deixar que nossas expectativas reflitam Sua natureza totalmente boa.

Essa cura continuou a evoluir para uma vida repleta de atividades vigorosas, incluindo um profundo foco na dança, jogos diários de Frisbee na faculdade e atividade física regular.

Afinal, não estava tudo bem, se me conformasse com o problema. Minha identidade não dependia nem estava envolta em desarmonia. A harmonia do Deus único e infinito, e de Sua criação, simplesmente significa que não pode haver desarmonia. E a harmonia de Deus não “conserta” a desarmonia; a harmonia é a única coisa que existe. E esse é um ponto vital. Deus é a fonte e a substância de toda a existência, portanto só existe o bem. Isso é verdade para todos, não importa se acreditam em Deus ou não. O poder de Deus não depende de nós, é inerente a Ele.

Não importa o quanto as coisas pareçam estar boas ou ruins, ou como sempre pareceram estar, a Ciência do Cristianismo que Jesus ensinou e viveu está aqui, oferecendo a doce e sanadora garantia do cuidado sempre presente do Amor divino e a confiança em que cada um de nós é o amado resultado desse perfeito Amor.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

More web articles

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.