O Natal é uma época muito feliz do ano. Gosto muito de decorar a casa (e de ver a decoração que os outros fazem), de cantar músicas natalinas e de escolher presentes para os familiares e amigos.
Há alguns anos, em dezembro, quando trabalhava como professora em tempo integral, eu estava particularmente ocupada com os preparativos para as festas natalinas. Poucos dias antes das férias de Natal, eu não estava me sentindo bem. Sentia dor de garganta e dificuldade para engolir, principalmente alimentos sólidos.
Durante as férias, meu marido e eu viajamos para passar o Natal com a família dele. Durante a longa viagem de carro, ficou mais difícil para mim engolir, até mesmo líquidos, falar ou revezar no volante com ele. Na estrada, pernoitamos em um hotel, e pedi a meu marido para contactar uma praticista da Ciência Cristã e pedir apoio por meio da oração. Ele falou com ela, pois eu não conseguia falar, e depois me entregou o telefone para que eu ouvisse as ideias inspiradoras que ela compartilhou a respeito de Deus, o Espírito, sobre mim e minha natureza inteiramente espiritual por ser criação de Deus.
No dia seguinte, quando chegamos, embora eu quisesse participar das festividades, me mantive afastada e aproveitei o tempo em que estava sozinha para ponderar a respeito do verdadeiro significado do Natal. Ao pesquisar os escritos de Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, fui me lembrando de que o Natal não consiste de enfeites, músicas natalinas nem correria para comprar presentes. Especialmente inspirador foi este trecho de um artigo intitulado “O que o Natal significa para mim”, o qual ela escreveu para a revista The Ladies’ Home Journal: “Eu gosto de comemorar o Natal em quietude, com humildade, benevolência, caridade, deixando que a boa vontade para com o homem, o silêncio eloquente, a oração e o louvor expressem meu conceito do aparecimento da Verdade” (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos, p. 262).
Na véspera do Natal, meu marido e eu fomos jantar na casa de uma amiga. Os filhos dela, todos já adultos, moravam distante, ela havia se divorciado recentemente, estaria sozinha no Natal pela primeira vez, e nós quisemos lhe dar nosso apoio. Eu estava sem comer havia vários dias, mas, ao entrarmos na casa dela, encontrei o verdadeiro sentido do Natal: o espírito do Amor divino.
Enquanto meu marido e ela conversavam, antes do jantar, todos os sintomas que eu estivera sentindo se dissiparam. Consegui comer um jantar completo — com sobremesa e tudo. O ato de ajudá-la, fazendo-lhe companhia, mostrou-me o significado do Natal: sentir e expressar o amor de Deus que cura. Eu estava aprendendo que a “humildade, benevolência, caridade …a boa vontade para com o homem” poderiam ser meu presente — para dar e para receber. Eu estava sentindo, pela primeira vez, o efeito sanador do verdadeiro senso espiritual de Natal.
Daquele momento em diante, pude engolir e falar livremente. Sentia-me alegre. Eu continuo a apreciar as festividades natalinas, mas jamais esquecerei o senso espiritual de Natal.
Mary Valentine
Evanston, Illinois, EUA
