Aprendemos na Ciência Cristã que Deus é onipotente, onipresente e onisciente. E, visto que Deus é bom, deveríamos naturalmente ter a expectativa de que Seu governo seja bom — justo, correto e incorruptível, e expresse cordialidade e honestidade. Lemos na Bíblia: “…Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gênesis 18:25).
Então, como podemos vivenciar essa realidade em nossa vida diária? Podemos começar reconhecendo o que é verdadeiro. “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não existe outro poder nem outra Mente — que Deus é o Amor e, por isso, Ele é o Princípio divino”, escreve Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. “Para captar a realidade e a ordem do existir, na sua Ciência, tens de começar por reconhecer que Deus é o Princípio divino de tudo o que realmente existe” (p. 275).
Recentemente passei por uma experiência que me mostrou a importância de considerar esse ponto de vista espiritual no início de qualquer situação em nossa vida. Recebi em minha correspondência uma intimação com a foto do local onde funciona minha empresa, tirada durante o horário comercial. Dizia que eu estava violando uma portaria municipal e que deveria comparecer em juízo em uma data específica para pagar uma multa de algumas centenas de dólares. Compareci, e lá encontrei muitos outros empresários bastante aborrecidos.
Quando chegou minha vez de falar, perguntei à juíza se ela poderia anular a multa, que eu achava injusta. Ela respondeu que não tinha autoridade para fazer isso. Solicitei um adiamento de data e perguntei com quem eu precisaria falar para que a penalidade fosse cancelada. Recebi essa informação e minha solicitação de adiamento de data foi atendida.
Admito que demorou mais de uma semana para eu conseguir superar a irritação e a raiva. Eu precisava adquirir um senso mais elevado de que Deus é o Amor infinito, e confiar nessa verdade. Ponderei sobre várias declarações contidas em Ciência e Saúde: “O poder da Ciência Cristã e do Amor divino é onipotente” (p. 412); “Deus é infinito, portanto sempre presente, e não existe nenhum outro poder nem outra presença” (p. 471); “Nenhum poder pode resistir ao Amor divino” (p. 224).
Munido com um senso mais claro do Amor, e confiante na presença de Deus, fui ao órgão municipal indicado e pedi para falar com os funcionários encarregados do assunto. A mulher que havia tirado as fotos e seu chefe vieram falar comigo. Eu disse que queria falar a respeito da multa que me havia sido imposta, e que me parecia injusta. Disse-lhes também que podiam esperar apenas gentileza e cortesia de minha parte.
Conversamos com cordialidade por alguns minutos, e eles concordaram que a notificação era injusta. Enquanto o chefe voltava para a sala dele para retirar a notificação do banco de dados, fiquei conversando com a mulher que havia tirado as fotos. Não demorou muito para que ela perguntasse se eu era um pastor. Respondi que não havia sido ordenado pastor, mas que, naquela época eu estava ajudando a conduzir os cultos na nossa filial da Igreja de Cristo, Cientista, ocupando o cargo de Leitor. Fiquei feliz em lhe falar sobre o grande amor que Deus tinha por ela.
Quando o chefe voltou, nós nos despedimos e fui embora. Enquanto me dirigia para o estacionamento para pegar meu carro, a mulher saiu do prédio correndo, estendeu as mãos para mim e perguntou se eu poderia orar com ela. Segurei as mãos dela, e vivenciamos um momento muito especial orando juntos no estacionamento.