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Tratamento pela Christian Science

[O texto em inglês dêste editorial é encontrado à página 149]

Da edição de outubro de 1954 dO Arauto da Ciência Cristã


O Tratamento pela Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronunciado: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã. é suscetível a uma definição muito extensa. O seu propósito secundário é o de destruir o pecado, aliviar a sensação de sofrimento e prover harmonia nos interesses humanos. Mas seu objetivo principal é fazer com que a individualidade humana tome conhecimento do vasto e eternamente presente reino do Espírito. A prática da Christian Science é a Ciência de tratar moléstias por meio da Mente divina; a mente humana não é um fator nêste tratamento. O objetivo sendo espiritual, os meios de atingi-los devem também ser espirituais; os pensamentos que constituem o tratamento emanam da Mente divina, Deus, e refletem esta Mente. Êles são simples e impessoais; inteligentes e cheios do terno desejo de abençoar. O tratamento pela Christian Science é mais que um mero método mental de cura; é a forma divina de revelar o homem como sendo êle a exemplo de Cristo, perfeito e livre.

No Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), Mary Baker Eddy devota todo o capítulo “A Prática da Christian Science” à instrução na cura e no tratamento. No referido capítulo, ela examina as causas mentais das indisposições físicas e mostra como a Ciência deve ser aplicada mental e espiritualmente na cura dos males mortais. O capítulo principia com uma descrição da cura de Maria Madalena por Cristo Jesus, do seu profundo arrependimento e a resolução de se reformar, e da compaixão do Mestre, isenta de condenação. São quase seis páginas em que a nossa Líder escreve sôbre o espírito necessário na cura, de preferência à letra ou o argumento nela envolvido. Diz Mrs. Eddy (pág. 365): “Se o Cientista tem bastante afeto cristão para lograr seu próprio perdão e louvor que a Madalena mereceu de Jesus, então é êle suficientemente cristão para praticar de uma maneira científica e tratar os seus pacientes com compaixão; e o resultado corresponderá à intenção espiritual.”

É preciso que a pessoa se arrependa ela própria do pecado e do materialismo antes que possa aliviar os outros do peso das imposições agressivas do mal, e isso pela compreensão clara da sua irrealidade. É preciso ter conseguido o seu próprio perdão rejeitando a crença de que existe uma mente mortal malévola e que o homem é menos que a imagem de Deus. É preciso estar constantemente atento ao fato de que é a pureza da sua própria identidade real vindo à luz que lhe torna possível ver o seu paciente como Deus o faz — espiritualmente puro e perfeito.

Sem estas considerações cristãs não se pode esperar estabelecer um melhor senso presente da saúde, ou harmonia, para o paciente. Embora o tratamento pela Christian Science não seja estereotipado, é sempre baseado na compreensão da totalidade de Deus e da perfeição da Sua criação e a inexistência da matéria e suas imperfeições, por mais rápido ou exaustivo que venha a ser o tratamento.

Cada um de nós está só com Deus. Cada um é responsável pelo que crê ou aceita como real. Cada um deve aprender a silenciar os sentidos físicos que parecem ser os seus próprios e utilizar-se do senso espiritual para discernir o verdadeiro estado das coisas. Mrs. Eddy diz (Rudimentos da Ciência Divina, pág. 13): “Afirmar que a harmonia é o real e a discórdia é o irreal e, depois dar atenção especial ao que, segundo a sua própria crença, está doente, é científico; e se o praticista se compenetra da verdade, o paciente se liberta.” Nenhuma crença dos mortais pode privar-nos de perceber os fatos da existência real. O Mestre disse aos seus discípulos que não se alegrassem porque os espíritos se sujeitavam a êles, mas, sim, por estarem os seus nomes “escritos nos céus” (Lucas 10:20). O seu ensinamento de que o reino dos céus está dentro de nós indica que qualquer mudança para o bem que se dá em nossa experiência é uma transformação íntima.

Uma mudança para o bem no pensamento do nosso paciente é evidência de um senso melhor se manifestando no nosso próprio pensamento. Censurar ou pessoalmente condenar um paciente indica que nós mesmos não estamos curados da nossa concepção pessoal da situação. Mas a humilde oração da parte de quem cura, invocando a pureza que lhe faz ver o homem na semelhança de Deus, faz com que êle receba o toque cristão do poder que dissipa o mal.

O ideal do estudante da Christian Science é poder curar instantâneamente, ser tão consistentemente imbuido da natureza divina a ponto de poder refletir, sem grande esfôrço, a luz espiritual que destroi o êrro. Até que êste último seja conseguido, porém, de maneira infalível, o método por argumento científico que Mrs. Eddy desenvolveu escrupulosamente deve ser utilizado com inteligência. Isto promove um desenvolvimento espiritual ordenado e é uma necessidade quando se encontra resistência à Verdade. Mrs. Eddy diz no Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos), página 352: “Sòmente pelas energias divinas, devemos nos afastar de nós mesmos e nos aproximarmos de Deus, de tal maneira que a nossa consciência seja o reflexo da divina, ou, então, por argumento e a consciência humana tanto do mal como do bem, vencermos o mal.”

Se curamos por meio de argumento, como todos somos obrigados a fazer por vezes, o nosso tratamento deve ser feito de forma a convir ao caso. Devemos nos valer das afirmativas e negativas específicas de maneira que provem a presença da realidade e a ausência, a inexistência, do êrro; e quanto mais específico fôr o argumento, mais efetivo será o tratamento. Cristo Jesus possuia o senso intuitivo que conhecia a necessidade do paciente. Não era uma habilidade psicológica humana, mas a utilização da sabedoria que êle refletia de Deus e que lhe possibilitava empregar seus breves argumentos na destruição da evidência do mal.

Às vezes o êrro em questão era pecado, como no caso do enfermo do tanque de Betesda (João 5:14) a quem êle disse: “Não peques mais.” Às vezes tratava-se de libertação do medo, como quando disse a Jairo (Lucas 8:50): “Não temas.” Em certas ocasiões, o Mestre empregava o meio mais positivo de construir sôbre o bem que o paciente já havia demonstrado, como quando disse aos dois cegos que o seguiram (Mateus 9:29): “Seja-vos feito segundo a vossa fé.”

Em todos os casos, o Cientista Cristão precisa discernir e negar especìficamente o que o êrro está intentando fazer, seja degradar o senso moral do paciente, controlá-lo pelo medo, separá-lo de Deus e dos seus companheiros pela malícia, ou talvez fazê-lo escravo pela lassitude espiritual. E o Cientista precisa afirmar as verdades que destroem o êrro. O “Sim, sim; Não, não” de Cristo Jesus vem a ser a afirmação e a negação da prática da Christian Science. Nem um dos dois deve ser negligenciado ou omitido.

De tudo, o mais importante na cura científica é continuar o trabalho metafísico até que a ação mesmérica do mal seja silenciada por meio da compreensão clara de que Deus, o Espírito, é Tudo, que Êle é o único agente curador, e que os nossos esfórços são apenas a evidência da presença do bem onipotente e único. Então, quando a tranquilizante, pacífica atmosfera do Espírito é sentida e a tangível substância das ideias divinas é realmente atingida, podemos descansar na segurança de que a vontade de Deus fez-se lei na nossa experiência presente. Somos encorajados a progredir no uso absoluto do tratamento pela Christian Science como meio de nos acordarmos à presença dos céus em tôda a sua perfeição e glória.

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